20 minutos à Benfica, os melhores da era Mourinho!!
Décima jornada do campeonato e uma sempre exigente deslocação a Guimarães, para defrontar o Vitória, que esta época está a desiludir
01 Nov 2025 | 23:41
Décima jornada do campeonato e uma sempre exigente deslocação a Guimarães, para defrontar o Vitória, que esta época está a desiludir
Décima jornada do campeonato e uma sempre exigente deslocação a Guimarães, para defrontar o Vitória, que esta época está a desiludir e a ocupar um modesto décimo primeiro lugar.
Depois de uma boa exibição frente ao Arouca e outra menos conseguida frente ao Tondela, para a Taça da Liga, este iria obrigar um Benfica no seu melhor, um Benfica que tem de começar a elevar a sua qualidade exibicional, para níveis que correspondem à qualidade individual dos seus atletas e Mourinho tem de ter a capacidade de juntar tudo isso e entregar o coletivo, a envolvência e o entrosamento que isso implica.
Quanto ao onze, esperado o regresso de Rios à zona central do meio campo, assim como Pavlidis e, quiçá, Prestianni, retirando Schjelderup do alinhamento inicial.
Confirmava-se então o onze, com a linha de 4 com Tomás e Otamendi no eixo, Aursnes e Dahl nas alas, Rios e Enzo na zona central, Lukebakio e Prestianni nos corredores e Sudakov no apoio a Pavlidis.
Estavam lançadas as cartas e cabia à equipa garantir os 3 pontos em Guimarães.
Os homens da casa entraram agressivos, a pressionar o Benfica logo à saída e a pressionarem Trubin logo aos 2 minutos, que demora a bater a bola e cede o primeiro canto. Corredor central muito denso e a obrigar os centrais das águias a apostarem na bola longa e a errarem mais vezes o passe.
Aos 9 minutos, bom lance de Lukebakio, a consquistar a linha de fundo e a cruzar para Prestianni, que remata sem força e bate num defesa. No seguimento do lance, transição rápida do Vitória, lá está a incapacidade do meio campo em conseguir fechar as linhas de passe e já dentro da área de Trubin, a defesa reagiu rápida e conseguiu cortar o lance.
Rios e Aursnes fazem os primeiros ensaios de longe, mas passam ao lado da baliza vitoriana.
Minuto 20 e o Benfica até conseguia chegar à área do Vitória, mas falhava a altura da decisão, quer por via do passe, de mais uma finta, ou do remate falhado.
Benfica estava por cima no jogo, com posse de bola, a rematar muito mais, mas faltava pragmatismo. Prestianni perdia muita bola, o criativo argentino estava demasiado perdulário e assim se perdiam muitos dos ataques das águias. A partir dos 25 minutos, a equipa liderada por José Mourinho começou a perder algum controlo do jogo e o Vitória, em 10 minutos, fez múltiplas aproximações perigosas à baliza de Trubin, tanto que praticamente igualava os 6 remates do Benfica, até aquele momento.
Sudakov, mais uma vez, passava ao lado do jogo, apenas aos 34 minutos deu um ar de sua graça, ao receber dentro da área e, ao rodar, atira às malhas laterais.
Benfica tinha de apostar no lado direito novamente, pois Lukebakio, no início, já tinha executado alguns lances perigosos por aquele corredor.
Abria o jogo e entrava numa fase mais faltosa, com o Vitória a começar a recuar mais as suas linhas, depois das "pilhas" iniciais estarem a ficar sem bateria.
Passavam os primeiros 45 minutos e sem grandes oportunidades de parte a parte e o empate justificava-se, apesar do maior ascendente dos visitantes.
Como usual, um Benfica incapaz de gerar lances de golo, mesmo apesar de conseguir chegar à área, a ausência de condições para Pavlidis faturar, é o denominador comum deste Benfica e, começava a ser expectável que este jogo poderia ficar decidido num lance fortuito.
Regresso dos balneários e duas substituições imediatas nos encarnados: saía um displicente Prestianni e um apagado Sudakov, entrando Barreiro e Schjelderup. Isto presumia que Rios ia subir no terreno e jogar mais perto de Pavlidis e isso é algo que venho defendendo há muito, que Rios tem de jogar mais à frente.
Minuto 48 e falhanço incrível para as águias: mais uma vez Lukebakio trabalha na ala, cruza com régua e esquadro para a cabeça de Barreiro, com o guardião vimaranense a defender como podia e, na recarga, Pavlidis falha a baliza por completo. Duas grandes oportunidades num só lance.
Dois minutos volvidos, novo cruzamento de Lukebakio e agora era Rios a surgir ao segundo poste, de cabeça e atirar junto ao poste. Em 2 minutos o Benfica criava 3 excelentes oportunidades para inaugurar o marcador.
53 minutos e livre a 30 metros da baliza vitoriana, zona frontal, com Lukebakio a bater o livre e permite uma excelente intervenção do guardião contrário.
Na sequência do canto, inaugurava o marcador em Guimarães, Tomás Araújo a subir ao primeiro andar, primeiro poste e coloca o esférico na baliza dos visitados. Dava justiça, agora sim, ao marcador, o Benfica, depois de 4 grandes oportunidades, consegue concretizar a última e a colocar-se na frente.
Barreiro entrou muito bem, deu aquele ímpeto no primeiro terço de pressão, o que permitiu ao Benfica recuperar a bola mais cedo. Precisamente o luxemburguês sofre uma entrada imprudente de Blanco, que recebe ordem de expulsão.
Em pouco mais de 10 minutos, parecia que a vida estava bem mais facilitada para as águias, com o golo inaugural e o Vitória a jogar com menos um. Isto dava possibilidade de gerir o jogo e não arriscar tanto, embora continuasse a ser perigoso a transição ofensiva dos vimaranenses e aos 59 minutos mostravam mesmo isso, depois de um erro num passe de Tomás, com Samu a atirar por cima da trave.
Mas o Benfica tinha entrado muito bem e aos 62 minutos, boa rotação da equipa, a girar o flanco da esquerda para a direita, Aursnes vai à linha de fundo e cruza rasteiro e para trás, Barreiro não chega e sobra para Dahl, que envia um autêntico míssil à baliza de Castillos, sem chances e ampliava a vantagem para 2 golos. Tranquilidade para a equipa e Mourinho, que poderia, a partir dos 70/75 minutos, poupar peças fulcrais para a Champions de quarta feira, mas para isso, era crucial manter os níveis de concentração e não deixar o Vitória respirar.
Curioso que não foi Rios a subir no terreno, mas sim Barreiro que estava mais subido, estava a funcionar como pivot entre as linhas defensivas no último terço e baralhava, por completo, o posicionamento dos homens da casa. Leu bem Mourinho a perceber que a equipa precisava de mais intensidade no último terço, tinha de correr mais que o adversário e não tanto da capacidade técnica de Sudakov, que diga-se, tarda em se afirmar na equipa.
72 minutos e nova grande chance para o Benfica, com Schjelderup a desenvencilhar-se do seu opositor, cruza ao segundo poste, onde surge Barreiro sozinho, mas atira quase à figura do guardião vimaranense.
Lukebakio saía aos 83 minutos, entrando João Rego e o Benfica geria o jogo a belo prazer, não valia a pena manter a intensidade, gerir o esforço era a nota dominante, nesta fase.
84 minutos e nova grande defesa de Castillo, a corresponder a um tiro exterior de Enzo.
88 minutos e Rego marcava o terceiro, com Schjelderup a trabalhar à esquerda, passa atrasado para o remate fora da área de Enzo, o guardião defende para a frente e o João apenas teve de empurrar.
Vitória, justíssima, dos encarnados, mantendo-se colados a Sporting e na expetativa do que fará o Porto amanhã. Vencer em Guimarães é sempre complexo e exige muito da equipa e, depois dos primeiros 45 minutos, o Benfica faz, na era Mourinho, os melhores 20 minutos em qualidade exibicional, não só na envolvência da equipa, mas pela quantidade de oportunidades que conseguiu criar.
Barreiro e Schjelderup mudaram a qualidade de jogo dos comandados de Mourinho: o primeiro deu a intensidade e a criação de espaços que a equipa precisava no último terço ofensivo e o norueguês deu acutilância no corredor esquerdo, que tanto faltou a Prestianni no primeiro tempo, mas, sem dúvida, Barreiro a ser o homem do jogo. Notas positivas para a dupla do meio campo e de centrais. Pavlidis foi hoje o ponto de marcação cerrada do Vitória e, por vezes, é necessário para que outros surjam, o que hoje aconteceu.
Todos os olhos postos agora na Champions e na vitória sobre o Leverkusen, não pode ser de outra forma, isto se o Benfica quer ainda ter aspirações na liga milionária.
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Apontamento Vermelho e Branco: Unidos para ser temidos
A prova de que a culpa é estrutural é que uma ‘chicotada psicológica’ costuma dar um ânimo que muda muita coisa. No Benfica, nem o nome Mourinho o consegue.
Dependentes da criatividade individual e do brilhantismo do Deus grego!
Um Benfica que não soube corresponder ao favoritismo durante os primeiros 45 minutos, só ganhou vida depois das primeiras alterações efetuadas por José Mourinho
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31 Out 2025 | 03:00
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30 Out 2025 | 00:13
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