Na minha ótica existem dois gravíssimos erros de liderança nesta triste época e que se tornaram decisivos nos resultados obtidos.

Há sensivelmente um ano, quando o clube iniciou uma trajetória descendente, quase ia perdendo o título para o FC Porto e chegou a ter 10 pontos de avanço, eu critiquei a falta de comunicação e liderança de Rui Costa. No entanto reconheci que a estratégia de não existir comunicação resultou, pois, obtivemos um ano em termos de títulos notável e com uma intervenção de proximidade desportiva do nosso presidente.

Num momento em que a necessidade de liderança assertiva e visão clara nunca foi tão importante, muitos olham para a figura do presidente Rui Costa, esperando por palavras e ações que possam restaurar a confiança tanto dentro como fora de campo. A única intervenção recente foi um pedido de desculpas pelo desempenho vergonhoso que aconteceu no Dragão, onde relembro perdemos por 5-0.

Na minha ótica existem dois gravíssimos erros de liderança nesta triste época e que se tornaram decisivos nos resultados obtidos.

O primeiro, do treinador, quando aceita a reclamação de saída do Di María, no primeiro jogo no Bessa, inadmissível para um treinador do Benfica. Quando um jogador se acha maior que o clube que representa, está tudo estragado. Veja-se a 2ª passagem de Jorge Jesus pelo Benfica, em que se achava mais importante que o clube que representava. No Benfica dá sempre mal resultado. Que saudades do REI Eusébio.

A partir deste jogo a liderança do treinador só podia ser salva pelos resultados ou se tivesse tido a CORAGEM de tirar Di María de campo sempre que se justificava, situação essa que nunca aconteceu, bem pelo contrário, demonstrando quem liderava no campo o Benfica era o DI Maria (estilo Cristiano Ronaldo).

O segundo, do Presidente, ao não vir a público criticar a eliminação das meias-finais da taça da liga com o Estoril. Na minha opinião, nesse momento começa o declínio definitivo desta época, igual ao ano anterior com a diferença de não termos dez pontos de avanço no Campeonato.

Um Presidente do Benfica não se pode esconder e quando vê que perdemos a possibilidade de ganhar o primeiro título (não troféu) da época, daquela maneira ……desculpem, mas tem de “soltar os cães” quer para fora, quer para dentro.

A liderança em tempos de crise exige mais do que apenas tomar decisões internas; EXIGE COMUNICÃO transparente e frequente com todas as partes interessadas. O silêncio pode ser tão prejudicial quanto decisões mal tomadas, criando um vácuo de informação que é rapidamente preenchido por especulações e incertezas. Neste contexto, uma palavra firme e clara do Presidente Rui Costa a dizer que não se podia repetir ESTORIL, tenho a certeza que tinha colocado TODOS a cerrar fileiras e tinha de todos os sócios o apoio sobre a exigência de GANHAR TÍTULOS no BENFICA.

A história do Benfica é rica em momentos de grandeza, mas também em superação de adversidades. Esta não é a primeira vez que o clube enfrenta desafios, nem será a última. No entanto, a forma como esses desafios são enfrentados define o caráter e o futuro do clube. A liderança do Presidente Rui Costa será decisiva, não apenas nas próximas semanas, mas também poderá ser determinante nos anos vindouros.