Como assim? Reforço do Benfica faz companhia a Leandro Barreiro no...Luxemburgo

A equipa B do Benfica desloca-se ao Wham Stadium para enfrentar os ingleses do Blackburn Rovers, a contar para a 2ª jornada do Grupo B da Premier League International. Na antevisão do jogo, marcado para as 19h00 desta quinta-feira, 17 de outubro, Nélson Verríssimo, treinador das águias, acredita que os rivais podem “criar problemas”.

Em declarações à BTV, Nélson Veríssimo, ao lado de João Veloso, revelou que a receita para travar a "dimensão física" do rival é "manter a identidade, o ADN e a fome" que têm caracterizado as águias ao longo das últimas rondas.

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"Quando falo em fome, é mentalidade, é ambição, é o lutar em todos os jogos para tentar vencer, e é isso que temos de pôr em prática no jogo que vamos fazer com o Blackburn", explicou. Também João Veloso antecipa "um típico futebol inglês" de uma equipa com um "jogo mais direto, mais físico".

Manter a identidade, o ADN e a fome

De relembrar que os encarnados vêm de uma vitória, no passado dia 6 de outubro, frente ao Chaves (1-0). Após o duelo em terras inglesas, o Benfica segue na Liga Portugal 2, com o Tondela na mira, no jogo a realizar dia 26 de outubro, pelas 18h00.

Atualmente, na tabela classificativa da Liga, o Benfica segue em terceiro lugar, com os seus 16 pontos, pelas sete vitórias. À sua frente, no topo da tabela, está o Penafiel, com 18 pontos, e, em segundo lugar, o Tondela, com os mesmos pontos que os encarnados. Na tabela da Premier League, o Benfica segura o sexto lugar do Grupo B, com um ponto.

Romário Baldé foi um dos jovens formados no Seixal, embora nunca se tenha estreado pela equipa principal do Benfica. Agora, e numa entrevista ao diário desportivo Record partilhada esta quinta-feira, 17 de outubro, o extremo, atualmente ao serviço do Wuhan Three Towns, da China, recordou a sua saída do Clube da Luz, tendo inclusive começado por abordar a grande penalidade falhada nos quartos de final da Youth League frente ao Shakhtar Donetsk, que ditou a eliminação dos pupilos encarnados. 

“Não, não pesou na carreira, foram outros fatores extra campo que fizeram com que não tivesse chegado onde devia. Se tivesse marcado aquele penálti, se calhar não tinha ficado no Benfica”, começou por dizer o avançado de 27 anos. 

Inventavam coisas sobre mim e fechavam-me portas

“Havia polémica com a renovação, estive com a Lazio e o Dortmund, mas acabei por não assinar, muito por causa de pessoas que estavam no Benfica, que inventavam coisas sobre mim e fechavam-me portas. Sobre esse lance, senti-me mal, por não termos ganho, mas no dia seguinte ninguém me disse nada. Era assim que marcava os penáltis, as pessoas sabiam que não tinha sido brincadeira”, prosseguiu Romário Baldé em conversa com o Record. 

“Após o meu primeiro ano de júnior, era dos melhores. Devia ter tido, e merecia, uma oportunidade na equipa principal do Benfica. Não é dito por mim, mas por pessoas do clube. Fica o sabor amargo. Foram sempre questões fora de campo, pessoas a quererem meter-se… Mas as coisas acontecem por algum motivo e fiz o meu caminho”, disse ainda o extremo. 

Cortaram-me as pernas no meu melhor momento

“No final da época anterior, fui ao estágio da seleção sub-19, mas acabei por não ser convocado. Depois, segui com a equipa B para a Rússia. No dia em que chegámos, ligaram-me da Federação a dizer que tinha de ir para o Europeu, porque o Nuno Santos, que estava no Benfica, se tinha lesionado. Acabei por marcar o golo que valeu a qualificação para o Mundial sub-20, no ano seguinte. Quando regressei, parecia que já não era jogador do Benfica, aconteceram coisas que ninguém entendia. Cortaram-me as pernas no meu melhor momento. Estava à frente dos jogadores da minha posição, mas aconteceram coisas que não podia controlar. O meu pai sempre me disse para me concentrar naquilo que posso controlar”, finalizou o atleta que passou pela formação encarnada entre 2008/09 e 2016/17. 

João Tomás, antigo avançado do Benfica, abordou a pouca utilização de Andreas Schjelderup no Benfica, dado que o internacional nórdico conta apenas com 17 minutos jogados. Porém, o mesmo parece não acontecer na seleção sub-21 da Noruega. O avançado norueguês, ainda no passado duelo, assinou dois golos. Para João Tomás, a explicação está na forte concorrência no plantel das águias.

“Tem Pavlidis em boa forma e a tentar impressionar e o Arthur Cabral a ocupar espaço também", explicou João Tomás, admitindo, por outro lado, que Schjelderup irá ter oportunidades para agarrar ao longo da época. "Aproveitou este momento competitivo para jogar, ganhar ritmo e, neste caso, marcar golos. Há-de chegar o seu momento. Apesar de o Pavlidis estar a ter bom rendimento", reforça, salientando: "Nunca sabemos o que acontece numa época."

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O segredo, segundo João Tomás, é "aguardar a oportunidade", não descurando o treino, pois, só dessa forma, estará "disponível" para agarrar uma possível chance que venha a ser-lhe concedida. "Depende dos momentos", lembra o também ex-futebolista da Académica.

Esta temporada, Andreas Schjelderup - atualmente avaliado em 10 milhões de euros - apenas foi a jogo numa ocasião: Santa Clara, tendo somado apenas 17 minutos. Em 2023/24, ao serviço do Nordsjaelland, o extremo nórdico realizou excelentes exibições, somando 10 golos e 11 assistências, nos 39 encontros em que participou. O craque foi uma das peças-chave do clube, totalizando 2.690 minutos, tendo conquistado o prémio de jogador da temporada.

O atacante de 20 anos foi contrato pelo Benfica em janeiro de 2023, com as águias a pagarem 9 milhões de euros precisamente ao Nordsjaelland pelo jovem craque. Após algumas dificuldades na adaptação à realidade dos encarnados, o extremo regressou, por empréstimo, ao emblema dinamarquês.