O Benfica quebrou finalmente a maldição, depois de conquistar a primeira vitória diante o Bayern Munique, ao vencer os bávaros por uma bola a zero, na terceira jornada do Grupo C do Mundial de Clubes. No rescaldo da partida, José Gaspar Ramos, antigo vice-presidente dos encarnados, em entrevista exclusiva com o Glorioso 1904, analisou a importância do triunfo, com destaque para Trubin, mas, também, deu a sua opinião quanto ao facto de Kokçu não ter sido titular.
José Gaspar Ramos: “Esta vitória foi muito positiva”
Importância e 'estrelas' da vitória histórica do Benfica
Em conversa com o nosso Jornal, o conhecido dirigente começa por salientar que se tratou de um triunfo histórico: “Antes que mais, esta vitória foi muito positiva, tendo o significado, a primeira vitória sobre o Bayern”. No entanto, frisa que o mais importante foi a passagem às eliminatórias: “Foi mais importante o resultado, que ajudou para o apuramento para os oitavos de final, isso é que é preciso salientar”.
Contudo, Gaspar Ramos acredita que a exibição foi idêntica à que tem marcado a presente época: “Foi um jogo, digamos que, não muito entusiasmante, só porque, realmente fizeram um jogo muito à imagem daquilo que foram os jogos, grande parte dos jogos do Campeonato Nacional e o próprio jogo da final da Taça de Portugal, em que acabaram por levar à derrota nas duas provas”.
José Gaspar Ramos: “Foi um jogo, digamos que, não muito entusiasmante”
Além de Andreas Schjelderup, autor do golo do triunfo, a grande figura do encontro foi Anatoliy Trubin. Ao Glorioso 1904, Gaspar Ramos reconheceu que o internacional ucraniano tem evoluído: “É um guarda-redes de qualidade, que tem ultrapassado as dificuldades que tinha, que eram sobretudo sair dos postes para segurar as bolas. Tem já uma maior maturidade e está bastante melhor. É neste momento um guarda-redes que dá confiança à sua equipa. Ele certamente atingiu um nível de qualidade que dificilmente vai baixar muito".
José Gaspar Ramos sobre Trubin: “É neste momento um guarda-redes que dá confiança à sua equipa”
Ausência de Kokçu no onze é castigo para o turco?
Outro aspeto que foi notado foi a ausência de Orkun Kokçu do onze inicial. Ao ser questionado sobre este detalhe, o antigo n.º 2 de Manuel Damásio na direção do Clube defende que a ausência não foi um castigo. Na sua opinião, Gaspar Ramos considera que foi uma solução para assimilar o que aconteceu. “Foi mau, sobretudo para o Benfica. Foi mau para o jogador e para o próprio treinador, foi um caso muito mau, não devia ter acontecido. O facto de ele não ter sido titular foi talvez uma marca para assimilar a situação que se passou e não se devia ter passado”, afirma o ex-dirigente.
José Gaspar Ramos sobre o caso Kokçu: “Foi mau, sobretudo para o Benfica”
Benfica - Chelsea nos 'oitavos' do Mundial de Clubes
Por fim, já a pensar no próximo duelo, frente ao conjunto de Enzo Maresca, José Gaspar Ramos, em exclusivo ao Glorioso 1904, assume que o Benfica vai precisar de alguma sorte à mistura. “O que se pode esperar do jogo é na medida o que tem acontecido, em que a equipa vai jogar muito fechada para poder explorar rapidamente o ataque rápido e daí, se tivermos um pouco de sorte, podemos ganhar o jogo, tal como aconteceu com o Bayern”, perspetivou Gaspar Ramos.
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