Não podemos aceitar menos que uma disputa férrea e bem-sucedida pela conquista do título nacional e pela conquista da Taça de Portugal

… mas não foi o sonho, foi, mesmo, tão somente, a participação do Benfica na edição deste ano da Liga dos Campeões.

Isto de dizer que acabou o sonho, é o mesmo que dizer que é preciso dar uma resposta após um jogo e/ou um resultado menos conseguido. Acaso alguém fez uma pergunta? É como sonhar… Bem sei que o sonho comanda a vida, e que os sonhos são ilusões e que passamos a vida a tentar que se transformem em realidade, mas, só mesmo um iludido (ou sonhador), poderia admitir que o Benfica (em condições normais), seria capaz de eliminar o Barcelona, sobretudo este Barcelona, que se mostrou francamente superior, quer individual, quer coletivamente.

São factos… não pode ser configurado como um sonho, quando a sua adesão à realidade é tão fugaz. A superioridade blaugrana foi tão evidente, que só nos resta conformarmo-nos e regozijarmo-nos pela excelente campanha que, ainda assim, conseguimos fazer. Essa superioridade não foi demonstrada, apenas, no Olímpico de Montjuic, foi, ainda mais evidente, na Luz, quando se viu a mestria defensiva de uma equipa que parecia só saber atacar e que conseguiu conter as tentativas ineficazes do Benfica em marcar golos e ainda conseguiu vencer o jogo. Apetece dizer, mais palavras para quê? Para os iludidos (ou sonhadores), o jogo da 2ª mão tirou todas as dúvidas… a eles, que não a mim e a mais uns quantos que, conscientes da emotividade que grassa em torno do futebol, ainda assim conseguem preservar alguma sã racionalidade.

É tempo de deixar o que foi lá para trás, sentir o orgulho de quem não se menorizou (e se foi desprezado, não o foi por quem lutou, abnegadamente e com todas as suas forças, por outro desfecho), recuperar física e psicologicamente os jogadores, alguns deles a dar as últimas, pelo cansaço acumulado, e gerir as boas venturas que um plantel, afinal, bem mais equilibrado do que se supunha, terá para nos dar até ao final da época, pois temos dois títulos, esses sim, reais, para conquistar. E isso, sim, só depende de nós, pois a superioridade dos adversários está a léguas daquela que foi revelada pela equipa catalã. Aqui, no burgo, é que é admissível exigir, pois os contendores equiparam-se, e qualquer demonstração de inferioridade já poderá ser catalogada como incompetência.

Não podemos aceitar menos que uma disputa férrea e bem-sucedida pela conquista do título nacional e pela conquista da Taça de Portugal. Se há um Barcelona em Portugal, esse só pode ser o Benfica e o foco, agora, é só um, o que, na prática, são dois, mas com armas iguais e cujo calibre tem tudo para ser superior no armeiro da Luz.

Eu não sonho com o 39, nem com a conquista da Taça de Portugal, eu acredito! Mas, eu acreditar, poderá não passar de um sonho, para alguns, pelo que é preciso cerrar fileiras, não vacilar e, muito menos, dormir na forma.

Quando eu voltar a escrever um artigo com o título “acabou”, que seja, acabou o Campeonato e acabou a Taça… e o Benfica ganhou!

Orgulho de ti, Glorioso… não me desiludas!