O duelo está montado, os fiéis fazem as últimas orações aos seus Deuses, esperando que tais súplicas e suspiros os encham de vontade e querer por conquistas!

Antevisão do jogo do título, do duelo dos Deuses, a partida que decidirá o campeão 2024/2025.

Pois bem, acredito que ficará decidido já amanhã, com o Sporting a jogar com 2 resultados e para o lado dos encarnados, apenas a vitória, com diferença de 2 golos, pode, ou devia interessar, dado que a vitória pela margem mínima, adia tudo para a última jornada e esta equipa tem mais que qualidade para levar de vencida a equipa de Alvalade, pela margem mais dilatada.

Ainda ontem, em conversa, falava sobre sobre a disposição tática dos dois coletivos: o Sporting apresenta o seu esquema de 3 centrais, com os alas a diferirem em termos de capacidade ofensiva, no que toca ao atleta seleccionado para o lugar, contudo do meio campo para a frente, pouco se pode alterar, pelo menos na componente tática. 

O Benfica apresenta a sua linha de 4 e sempre alta, no que toca à sua posição em campo, mas daqui para a frente, as coisas podem ser diferentes. 

Há 2 fatores a ter em conta: primeiro a mentalidade, ou a forma como cada equipa vai abordar o jogo, pois a do Sporting poderá ser a de uma abordagem cautelosa, de expetativa no que irá ser a intensidade ofensiva do Benfica, com Lage, também ele, a ter de perceber como vai querer abordar o jogo. Isto traz-nos ao segundo factor: os onzes iniciais. Será que Bruno Lage vai lançar Di Maria de início, em detrimento de Dahl, ou seja, maior carga ofensiva, ou maior capacidade de contenção e gestão da intensidade? Só a escolha entre estes dois jogadores determinará o que o técnico encarnado quererá extrair da partida: jogar, de forma incontestável, para vencer e não permitir que o Sporting respire e depois de atingido o resultado pretendido, fazer entrar o sueco e gerir a partida, ou gerir o jogo e sua intensidade? Da minha análise e perspetiva tática, esta inclusão, ou não de Di Maria, versus Dahl, tem influência também de quem podem surgir na ala dos Leões? Catamo? Fresneda? Do outro lado, Quenda, ou Reis? Isto leva-nos ao Sporting, pois quem jogará nas alas, determinará também qual será a abordagem de Rui Borges, se irá jogar com o empate, ou quererá marcar uma posição.

Sou da opinião que existirão 2 jogadores nucleares para o jogo: Florentino e Hujlmand. Porquê? São eles que controlam a capacidade do adversário explorar a profundidade da sua defesa, a capacidade de anular o passe em primeira construção. São estes dois pilares que irão determinar a segurança da sua equipa em atacar, ao invés de receio em perder o esférico e sofrer o contra golpe, ou em gerir o jogo?

Este jogo não determina apenas o campeão nacional, determina uma conquista muito desejada, de forma ansiosa diria, pois por um lado, de um regresso da obscuridade (ainda que com devaneios pelo meio) das águias e já do outro, os Leões após um início de uma incontestável liderança, passando pelo cabo das tormentas no intermédio e que agora tentam finalizar o que, de princípio, parecia inevitável. 

Impossível, da minha perspetiva, fazer previsões, pois como mencionado, depende, essencialmente, da abordagem de cada uma das equipas ao jogo, da mentalidade, dos onzes escolhidos e que tática irá prevalecer sobre a outra.

Votos de um enorme espetáculo, sem incidentes, sem casos, com mais de 60 mil nas bancadas a apoiar e que, no fim, ninguém saia da Luz, a aguardar que a Taça seja entregue nas mãos do capitão Otamendi.

O duelo está montado, os fiéis fazem as últimas orações aos seus Deuses, esperando que tais súplicas e suspiros os encham de vontade e querer por conquistas!

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