Bernardo Alegra
Biografiado Autor

02 Mai 2024 | 06:00

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Bernardo Alegra

Agora que estamos perto de fechar a época 2023/24, mais do que com a tradicional azia, sinto-me com inveja.

Podia ser inveja daqueles que em breve festejarão onde todos os anos nos julgamos com direito e obrigação de estar. Mas não. O desporto é feito de vitórias e derrotas e há anos em que outros são mais competentes e merecem esse desfecho, mais do que nós.


Então porquê esse sentimento? Eu digo-vos:
•    Tenho inveja de ver que os nossos rivais, contra as expetativas de muitos, foram capazes de organizar eleições transparentes, com vencedores claros e inequívocos, sem votação eletrónica não auditada ou urnas a desaparecer para dentro de carros privados de seguranças;

•    Ainda sobre as mesmas eleições, tenho inveja de ver que há clubes onde os sócios votam em projetos que julgam ser o melhor para o clube e não por uma qualquer divida de gratidão, como se isso garantisse, por si só, que o clube será bem administrado;
•    Tenho inveja de ver que noutras paragens, sócios e até forças de segurança reagem e agem consequentemente quando se deparam com situações de extrema gravidade numa AG do clube;

•    Tenho inveja em ver que, por outras paragens, se preparam projetos de gestão do clube com uma estrutura recheada de pessoas com um currículo inquestionável na sua área de especialidade;
Já é muita inveja, eu sei, mas tenho inveja de mais coisas:
•    Tenho inveja de presidentes que enfrentam de forma corajosa grupos organizados de adeptos que, lá como cá, dividem muito mais do que unem;
•    Tenho inveja de clubes que assumem a luta por um desporto mais transparente e justo e não têm medo de chamar pelo nome aqueles que não só não o fazem como promovem o contrário;
•    Tenho inveja de clubes que contratam tendo como primeiro e principal critério o rendimento desportivo esperado do jogador e não o financeiro enquanto ativo a valorizar;
•    Tenho inveja de treinadores que, mesmo cometendo erros, têm a humildade de os reconhecer durante o jogo, com substituições que os procuram resolver, e no final destes, sem fugirem às suas responsabilidades escondendo-se atrás de frases feitas;
Podia não ser grave se esta inveja fosse contextual, fruto de um mau momento. Mas a verdade é que não é. Todos estes pontos revelam problemas estruturais do clube e de quem o dirige, que nos deixam inquietos e inseguros em relação ao que o futuro nos reserva.
E cada dia que passa fica mais clara a sensação de que este navio que é o Benfica, sem estar à deriva, está em rota de colisão com um pilar da ponte.
 

+ opinião
Bernardo Alegra
Tiago Godinho

17 Mai 2024 | 15:30

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Maio de 1994 a Maio de 2024

Para o Sport Lisboa e Benfica mudar, é necessário que, sem medos, com coragem e vontade de, dar o impulso que o clube merece

Bernardo Alegra
João Antunes

14 Mai 2024 | 15:48

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É difícil unir no silêncio

Ontem foi o último jogo desta época no Estádio da Luz e presenciei a algo muito perigoso para um clube com a grandeza do Glorioso.

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Tiago Godinho
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Para o Sport Lisboa e Benfica mudar, é necessário que, sem medos, com coragem e vontade de, dar o impulso que o clube merece

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Nuno Campilho
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Esta vida são dois dias e um é para acordar

Recorro a Pedro Abrunhosa e ao tema que dá nome ao álbum que comemora, este ano, 30 anos de edição, o que o fez saltar, de novo, para a ribalta.

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João Antunes
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14 Mai 2024 | 15:48

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