Nuno Campilho
Biografiado Autor

21 Dez 2022 | 14:28

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Nuno Campilho

Questiono se os quatro milhões e meio de euros que foram aventados para a rescisão, não servem para pagar o valor em divida ao Fisco, curiosamente, por representarem esse mesmo valor

Passaram seis dias desde que a Federação Portuguesa de Futebol e Fernando Santos concordaram em dar por terminado o percurso de grande sucesso iniciado em setembro de 2014.


Não por acaso, transcrevo a expressão “grande sucesso”, pois ela é francamente antagónica do comportamento e das atitudes do líder mor da FPF, Fernando Gomes.

E que comportamentos e atitudes são essas? Nenhumas... reina o silêncio na Cidade do Futebol, com tanto que haveria por explicar.


O “grande sucesso” não deveria ser suficiente para uma conferência de imprensa conjunta do ainda presidente da FPF e do ex-selecionador português? Recordo uma mal-amada conferência de imprensa, para alguns benfiquistas, quando Rui Costa decidiu terminar o vínculo com Jorge Jesus. Dói, mas a dignidade, pelos vistos, não está ao alcance de todos e lá ficou o abraço final, que, pelo que nos é dado a conhecer, não existiu entre os Fernandos...

Os portugueses não merecem explicações – não tanto sobre a eliminação precoce frente a uma seleção marroquina mais do que ao nosso alcance – mas em relação a uma ainda mais precoce entrevista umbilical do respetivo capitão? E o que é que o foco no capitão – quando de uma equipa estamos a falar – aportou, de eventual fator desestabilizador, para o conjunto? É suposto um jogador – seja ele quem for – assumir a paternidade de um golo que sabe que não marcou e insultar o selecionador quando é substituído? E é suposto um selecionador – seja ele qual for – ter de justificar as suas opções técnicas e de constituição da equipa, junto de uma seita histérica liderada por familiares de um jogador?


Como já devem ter percebido, não estamos a falar de um jogador qualquer, estamos a falar do capitão da seleção nacional e um dos melhores futebolistas de sempre. Até parece esquizofrenia, para quem tanto o criticou no parágrafo anterior, só que eu não misturo as coisas, eu falo de rendimento. No que ao rendimento diz respeito, ninguém lhe deve nada, a não ser ele, a ele próprio. Em relação ao resto, seremos eternamente devedores e gratos– nos quais me incluo – por tudo o que deu (e certamente quererá continuar a dar, salvaguardadas as devidas circunstâncias) ao futebol português, a Portugal e aos portugueses, mormente àqueles que gostam de futebol.

Cristiano Ronaldo será eterno nos anais do futebol mundial. Mas a dimensão da estupidez humana, por mais infinita que possa parecer, também tem limites.

O silêncio da federação e os comportamentos desviantes e questionáveis do selecionador, não são uma novidade.

Ainda ando à procura das desculpas ao Rafa pelas acusações infundadas – e ridículas – de falta de entrega e de profissionalismo; ainda não percebi se o contrato que ora cessou, foi com o selecionador nacional, ou com o sócio-gerente da Femacosa; questiono se os quatro milhões e meio de euros que foram aventados como estando na base do acordo de rescisão, não servem para pagar o valor em divida ao Fisco, curiosamente, por representarem, exatamente, esse mesmo valor. É que, para além de não haver coincidências, também não há almoços grátis...

Como está na moda escrever livros após a saída de cargos de alguma relevância, talvez Fernando Santos encontre algum ghostwriter que se disponibilize para contar a história ainda não contada e que, até ver, ninguém parece querer contar.

Que orgulho é ver e sentir tanto Benfica na seleção campeã do mundo.

Foco em Braga, viva o SLB.

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