
Caso de estudo - O Voleibol
Sem contabilizar o título que será hoje discutido com o Sporting e retirando a época de 2020, foram 10 Campeonatos, 12 Taças de Portugal e 10 Supertaças
04 Mai 2025 | 18:12
O problema é que os adeptos já conhecem este filme da equipa de Bruno Lage, porque parece retirar-se da disputa pelo jogo e apenas se preocupa em destruir jogo
3 jornadas para o término e Benfica e Sporting empatados na frente. Os encarnados com uma deslocação complicada à Amoreira, para defrontar um Estoril, que já demonstrou ser capaz de praticar bom futebol, mas também alterna entre o menos bom. Verdade que os comandados de Bruno Lage também não são fãs da homogeneidade, alternando com perdas de pontos inesperadas.
Contudo, o plantel das águias já demonstrou que nas provas maiores, entrega e hoje não podia ser exceção, especialmente em vésperas do dérbi eterno, inclusive aquele que pode já decidir o campeão, para um lado, ou para o outro.
Onze escalado por Bruno Lage apenas com duas mexidas, face ao anterior jogo, com as entradas de Dahl, para o lugar do castigado Carreras e Florentino, depois de cumprido o jogo de suspensão. Lage apostava num trio que está em boa forma e a combinar bem. Falamos dos dois turcos e o grego Pavlidis. Com Amdouni, Lage procurava repetir o que já tinha acontecido com o AFS, com mais presença no corredor central e na área, libertando os alas para os corredores.
Era um pouco incógnita a matriz deste jogo, pois dependeria das instruções ofensivas das águias, com que intensidade iriam abordar o início, mas também que Estoril iria surgir hoje em campo.
Era tempo de rolar a bola e o Benfica a esperar que no fim dos 90 minutos, enviassem a pressão para os lados de Alvalade.
5 minutos e a primeira grande oportunidade para os visitantes, depois de uma recuperação no meio campo, Tino solta para Kokçü na zona central, que transporta a bola rapidamente e serve Aursnes que, isolado perante o guarda redes, permite a defesa ao mesmo. Mas a redenção vinha 2 minutos depois e, num lance quase a papel químico, mas desta vez o Benfica sai a jogar desde a sua área, Otamendi serve Pavlidis em profundidade, tabela com Aktur, que deixa para Kokçü e de bandeja, permite a Aursnes redimir-se e inaugurar o resultado na Amoreira. Bom mote dado e estava lançada a partida, para o que se esperava que fosse um excelente jogo.
Benfica estava a explorar a transição rápida muitíssimo bem, com a dupla turca em destaque, a partirem a defesa estorilista por completo.
Jogo não mudava de face, o Benfica sempre a procurar a transição rápida e apanhar a equipa da casa em contra pé e o Estoril a jogar mais em futebol apoiado. Contudo, havia muito espaço entre as linhas, de ambos os lados e isso pressupunha que poderiam existir lances de perigo a qualquer altura.
Passavam-se os primeiros 30 minutos e estava amena a partida, com os comandados de Lage a procurarem sempre a troca do esférico na sua defesa e atrair as linhas estorilistas, para explorar as suas costas.
35 minutos e, na sequência de um livre descaído para a direita e primorosamente marcado por Dahl, o capitão Otamendi surge ao segundo poste a cabecear para o fundo das redes, que não isenta o guarda redes local de culpas. Pouco mais de 10 minutos depois e apitava o árbitro para os balneários. Não era um Benfica em modo de avalanche ofensiva, mas sim umas águias eficazes, pragmáticas e com um futebol de transição e a jogar pela certa. Lage tinha todas as ferramentas para gerir o jogo, sem conceder grandes avanços das linhas dos canarinhos e que lhes permitisse voltarem ao jogo.
Era de esperar que as primeiras substituições de Lage apontassem a Aktur, Kokçü e Pavlidis, pois já se sabia a importância do próximo jogo.
Reinicia a partida, sem alterações parte a parte.
57 minutos, saía Amdouni tocado, entrando o norueguês Schelderup para o seu lugar. O jogo estava muito parado e os próprios visitantes nem estavam interessados em aumentar a rotação, mas sim em fazer "adormecer" o adversário com a sua rotação de bola. Tão dormente estava, que vem provar que esta equipa do Benfica tem dificuldades em gerir uma vantagem e, sem necessidade, Otamendi rasteira o avançado canarinho e o árbitro aponta para a marca dos 11 metros. Valeu Trubin a defender, com a bola a ser rematada para a sua direita e o gigante ucraniano a rechaçar o esférico, com perigo ainda na recarga, mas os visitantes atiraram por cima. Isto acontecia ao minuto 66 e um golo do Estoril nesta altura, traria a ansiedade de volta às hostes vermelhas e brancas. Benfica muito defensivo, a jogar apenas na expetativa e na transição não acelerava como o fez nos primeiros 20 minutos de jogo.
Pavlidis estava desaparecido do jogo e Aktur dava sinais de cansaço. Bruma seria o candidato perfeito para a substituição, bem como Barreiro para refrescar a zona central e colocar Belloti para aumentar a capacidade de segurar a bola.
Estoril continuava a aproximar-se da baliza de Trubin e aos 75 minutos, valeu o bloqueio de pernas ao remate, próximo da pequena área, do avançado da casa.
Tanto ameaçaram que volvidos 3 minutos, reduziam a vantagem e apenas agora Lage percebia que tinha de mudar a dinâmica e mexer na equipa, pois o que tinha acontecido durante mais de 30 minutos, era previsível que fosse falível e agora o mais importante, era a reação, pois manter a mesma atitude, perante o jogo, era colocar os 3 pontos em causa. Saía Aktur e Pavlidis, entrando Barreiro e Belotti.
O problema é que os adeptos já conhecem este filme da equipa de Bruno Lage, porque parece retirar-se da disputa pelo jogo e apenas se preocupa em destruir jogo adversário, mas bem se sabe o que Lage condena esta postura perante o jogo. Iam ser cerca de 10 a 15 minutos de nervos em franja, roer de unhas.
Schelderup tem entrado muito mal, porque erra no último terço e demora a reagir ao processo defensivo.
Só dava Estoril, o Benfica abdicava da posse de bola e, como se costuma dizer, "metia-se a jeito".
Bancos nervosos, inclusive com expulsões na equipa técnica de Bruno Lage e sem qualquer necessidade. Uma equipa que luta para o título, não pode baixar tanto o ritmo como o fez no segundo tempo, não tem necessidade e nem sequer o argumento de poupar jogadores para o jogo contra o Sporting, pode justificar uma intensidade tão baixa. Esta equipa, este plantel, tem de perceber que gerir um jogo apenas defendendo, com dois golos de diferença, com mais de metade do jogo pela frente, não é de equipa chamada de grande, de candidato ao título.
Nos últimos minutos conseguiram suster os avanços contrários e todos os caminhos vão dar à Luz no próximo sábado, dia 10, o que acredito que irá, de imediato, decidir o próximo campeão nacional.
Foi um Benfica que merece o triunfo pelo que fez nos primeiros 45, porque a segunda metade foi paupérrima e, como já indicado, o jogo do título não pode ser justificação para tanta gestão de esforço, ou diminuição da intensidade.
Cá estarei para vos dar a minha visão no dia 10, esperando, claro, que seja uma crónica de um Benfica campeão.
Carrega!!!
Caso de estudo - O Voleibol
Sem contabilizar o título que será hoje discutido com o Sporting e retirando a época de 2020, foram 10 Campeonatos, 12 Taças de Portugal e 10 Supertaças
Ganhar… ou ganhar!
A imagem de um Benfica Campeão, a inundar o Marquês de vermelho e branco, possa ser a imagem que vale mais que as minhas mil palavras
Corte a ... Direito: À Att. do Sport Lisboa e Benfica e da Benfica SGPS
Somos preferentes. Os sócios exigem que façam de tudo para colherem as ações do capital social da sua própria sociedade desportiva
Caso de estudo - O Voleibol
Sem contabilizar o título que será hoje discutido com o Sporting e retirando a época de 2020, foram 10 Campeonatos, 12 Taças de Portugal e 10 Supertaças
07 Mai 2025 | 17:46
Ganhar… ou ganhar!
A imagem de um Benfica Campeão, a inundar o Marquês de vermelho e branco, possa ser a imagem que vale mais que as minhas mil palavras
07 Mai 2025 | 06:00
Corte a ... Direito: À Att. do Sport Lisboa e Benfica e da Benfica SGPS
Somos preferentes. Os sócios exigem que façam de tudo para colherem as ações do capital social da sua própria sociedade desportiva
06 Mai 2025 | 06:00
SUBSCREVER NEWSLETTER