Titular do Benfica reage a deslize com Casa Pia: "Só há uma forma de..."

José Mourinho, desde que assumiu o comando técnico do Benfica, não conhece ciclos de jogos mais tranquilos, a começar pelo facto de ter tido apenas 48 horas para preparar a sua estreia, frente ao AVS. Agora, no arranque da segunda pausa internacional, o Special One fica privado de todo o plantel, ao mesmo tempo que enfrenta mais uma ronda infernal de encontros.

Escreve o jornal Record, na edição desta quarta-feira, 8 de outubro, que o timoneiro português não vai contar com a grande maioria do plantel encarnado até ao dia 15 deste mês, precisamente a dois dias do início de mais um ciclo de duelos complicados, a começar pela viagem a Chaves, para a Taça de Portugal.

Fazendo as contas, o Clube da Luz vai realizar um total de sete partidas oficiais, no curto espaço de 23 dias. Ou seja, os intervalos de descanso entre os jogos será reduzido, o que, por si, irá dificultar o trabalho do técnico português. Além da partida na prova rainha, os encarnados viajam novamente para Inglaterra, no dia 21 de outubro, onde vão defrontar o Newcastle. Vale mencionar que o ciclo termina a 9 de novembro, com a receção ao Casa Pia, mas antes do encontro com os gansos, as águias visitam ao Vitória Guimarães.

Até ao momento, face às ausências verificadas pelos compromissos internacionais, José Mourinho apenas conta com sete jogadores do plantel principal dos encarnados, o que dificulta a tarefa de preparação para os duelos que se avizinham. Face a esta situação, o Special One vai orientar um treino hoje e vai conceder quatro dias de folga e o regresso aos trabalhos está agendado para dia 13 de outubro, segunda-feira.

Perto de completar um mês desde que assumiu o comando técnico dos encarnados, José Mourinho entrou recentemente para uma restrita lista do Clube da Luz. Pelo que foi apurado, o Special One é o 17.º técnico a regressar as águias, tal como já tinha acontecido com outros nomes, como o de Jorge Jesus, ou de Bruno Lage.

O caso Conti tem marcado a atualidade do Benfica, depois da notícia cair como uma bomba na comunicação social. Rui Costa, Presidente encarnado, já teve possibilidade de esclarecer todo a situação aos adeptos encarnados, em declarações que prestou recentemente.

"Muito à vontade com esta situação. A transferência foi aceite no TMS da FIFA, deu entrada numa conta bancária do Benfica, não houve alertas. É uma coisa muito simples de ser resolver. Os adeptos do Benfica não têm de estar preocupados, assim como eu não estou", começou por explicar Rui Costa.

O Presidente do Benfica prosseguiu: "Uma das coisas do meu mandato foi acabar com tudo o que se vinha a passar no Benfica, isto não tem a ver com crime. Centenas de empresas e clubes estão na mesma situação. Quando cedemos o jogador à Rússia, nem cobrámos dinheiro".

Depois, foi questionado sobre o comunicado do Benfica acerca do caso Conti: "Aquilo que é dito no comunicado não é da transferência do Benfica para o Lokomotiv, mas sim do Lokomotiv para a outra equipa. Fui alertado pela transferência, mas todo o processo não passa pelo presidente do Benfica".

"Claro que sei que as transferências existem porque é um ativo nosso. Há aqui uma explicação muito simples: quando temos um direito de preferência sobre o jogador, é óbvio que temos direito a uma opinião sobre isso", rematou Rui Costa, sobre o assunto que tem marcado a atualidade encarnada.

O Porto vai avançar com uma queixa contra Vangelis Pavlidis à FPF, devido a um lance que o ponta-de-lança do Benfica disputou com Gabri Veiga no clássico entre águias e dragões, que decorreu no último domingo, dia 5 de outubro. A informação foi avançada, em primeira mão, por André Villas-Boas.

André Villas-Boas encontra-se na cerimónia dos Portugal Football Globes, onde se vão homenagear as maiores figuras do futebol português no último ano. O Presidente do Porto falou com a comunicação social presente no local, e abordou o último clássico. 

Questionado sobre alguns lances de arbitragem, disse o seguinte: "Acho mais grave a agressão do Pavlidis do que propriamente o penálti sobre o Deniz Gul. O penálti é um lance que tem que ser ajuizado. Na minha opinião o VAR falha em toda a linha, porque tem que chamar o árbitro para analisar de novo o lance".

"Lamento que não o tenha feito. A agressão do Pavlidis é grave e o FC Porto irá proceder com uma queixa sobre essa agressão, porque é violenta e poderia ter criado muitos mais danos ao nosso atleta. O VAR, imediatamente, devia ter intervido sobre esse caso", atirou, de seguida, André Villas-Boas.

Relembrar que Benfica e Porto se encontraram, no último domingo, no estádio do dragão, para o clássico referente à oitava jornada da Liga Portugal Betclic. Águias e dragões terminaram a partida empatados a zero, o que deixou a diferença entre os dois clubes cifrada nos quatro pontos, com vantagem para os azuis e brancos.

Confira, aqui, as declarações de Villas-Boas: