Bruno Lage 'apanhado' em conversa prolongada com membros da estrutura do Benfica

José Mourinho, treinador do Fenerbahçe, fez, recentemente, a antevisão à partida com o Benfica. O técnico português relembrou o tempo passado no Porto e os embates que teve com as águias, para além de também ter abordado a questão que se prende com Kerem Akturkoglu.

José Mourinho sobre Akturkoglu: "Se jogar amanhã, joga pelo Benfica. E se jogar em Lisboa na próxima semana, joga pelo Benfica"

"Se jogar amanhã, joga pelo Benfica. E se jogar em Lisboa na próxima semana, joga pelo Benfica. Portanto, a mim não faz sentido absolutamente nenhum estar a pensar no Kerem como um jogador do Fenerbahçe, porque não o é. Tenho que pensar nele como jogador do Benfica que é e com a possibilidade de que ele jogue contra nós", começou por explicar, não querendo abrir o jogo.

José Mourinho prosseguiu, e lembrou o jogo da Eusébio Cup (3-2 para o Benfica): "Eu mudei, o Bruno mudou, muitas substituições, pouco foco naquilo que era o resultado. Quisemos experimentar coisas, dar forma aos jogadores. Não me parece que haja alguma ilação a tirar desse jogo. Foco-me muito mais no jogo de liga e nos dois jogos contra o Nice do que nesse jogo na Luz".

José Mourinho joga, contra o Benfica, o primeiro apuramento para o quadro principal da Liga dos Campeões em mais de cinco anos. O treinador português não disputa a prova milionária desde 2019/20, quando orientava o Tottenham e caiu nos oitavos-de-final. Antes de terminar a conferência, relembrou os tempos em que treinou em Portugal.

"Ganhava sempre ao Benfica porque as minhas equipas eram melhores do que o Benfica. O meu FC Porto era muito melhor do que o Benfica, o meu Manchester United era melhor do que o Benfica, o meu UD Leiria naquela altura... não era tão bom quanto o Benfica... bom, se calhar, era melhor do que o Benfica, e por isso é que as minhas equipas ganhavam muitas vezes ao Benfica", rematou, desta forma, José Mourinho.

Julian Draxler, internacional alemão que jogou no Benfica por uma temporada, deu uma entrevista ao Le Parisien, da França, e não se esqueceu da sua passagem na Luz. O médio ofensivo que chegou a Lisboa via empréstimo do PSG, vinha com grandes expectativas, porém, confessa que as lesões não o permitiram jogar a seu ritmo e, eventualmente, ter sucesso.

Julian Draxler: "Nunca tive o ritmo necessário para reencontrar o meu nível"

Julian Draxler está, neste momento, no Al Ahli, do Qatar e confessa que está a ter uma experiência maravilhosa: "Sinto-me realizado na minha vida familiar, como pai, marido e jogador de futebol. Estou muito feliz no Qatar. O meu primeiro ano foi um pouco complicado, bem como o fim da minha história no PSG e depois a passagem por empréstimo pelo Benfica, onde acabei por me lesionar. Nunca tive o ritmo necessário para reencontrar o meu nível. Mas a temporada passada foi ótima e foi por isso que renovei o meu contrato até 2028"

"Hoje estou muito feliz. Tenho muito carinho pelo PSG, vivi anos maravilhosos lá. Era uma equipa cheia de estrelas e nem sempre foi fácil para mim. Lamento a maneira como terminou ao fim de seis temporadas. Quando voltei do meu empréstimo ao Benfica, em 2023, o PSG deixou claro que não contava comigo. Queria encontrar um projeto que me chamasse a atenção. Nessa altura senti que o fim podia estar a chegar, mas depois lá consegui ir para o Qatar", sublinhou o alemão.

Julian Draxler explicou a ida para o Médio Oriente: "Tivemos alguns problemas com uma tentativa de roubo que aconteceu pouco antes de ir para o Qatar. Fiquei a pensar nisso. Estava sempre a dizer que era muito cedo [para me mudar] e, depois, isso aconteceu. Olhei para a minha mulher e disse 'acho que temos mesmo de ir para o Qatar...'. Isso foi o que me convenceu. Nem sempre foi fácil andar em Paris com o meu filho pequeno, precisava de me esconder com um boné. Não sou o Neymar, mas se jogas pelo PSG é difícil teres uma vida normal. No Qatar, é o oposto. Olhas para as pessoas nos olhos. E essa é a vida normal que quero ter".

Ao serviço do Benfica, na temporada 2022/23, Julian Draxler - atualmente avaliado em 3,8 milhões de euros - jogou apenas 18 partidas: 10 na Liga Portuguesa, três na Liga dos Campeões, três na Taça da Liga e dois na Taça de Portugal. O internacional alemão marcou apenas dois golos, mas fez parte do plantel campeão nacional, ao comando de Roger Schmidt.

O Benfica chegou mesmo a efetuar contatos para trazer Nélson Semedo para a Luz este verão, e quem o revelou foi o próprio jogador. O defesa-lateral, formado no Seixal Campus, que representa o Fenerbahçe, esteve presente na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com as águias - com José Mourinho - e admitiu que o regresso ao emblema encarnado teria sido possível na presente janela de transferências.

"Houve contactos, mas sempre fui muito transparente com as pessoas com quem falei, com o meu agente e sempre disse o que pensava. Era cedo para voltar a Portugal", começou por explicar Nélson Semedo, apontado para o timing como o maior entrave ao regresso ao Benfica.

O lateral prosseguiu, com mais explicações sobre a sua decisão: "Tenho 31 anos mas tomo bem conta do meu corpo e tenho alguns anos pela frente. Havia a possibilidade de vir para o Fenerbahçe, um clube com dimensão incrível. E o míster Mourinho estar aqui foi muito importante na minha decisão. Estou muito contente".

O ex Benfica falou, também, da influência do antigo treinador na Premier League: "O míster Vítor Pereira foi muito importante para mim. Tivemos conversas sobre o Fenerbahçe e lembro-me de termos falado da experiência dele aqui na Turquia. Disse-me coisas boas e, inconscientemente, abriu-me as portas para que viesse para cá".

"O Benfica é uma equipa muito boa, mas faremos tudo para estar na Champions. Temos muitos argumentos e um conjunto forte de jogadores. A equipa e o clube merecem entrar na fase de liga da Champions e a nossa vontade pode ser determinante", atirou, a terminar, Nélson Semedo, que saiu da Luz em 2017, depois de se sagrar bicampeão, e rumou ao Barcelona. Eventualmente, seria vendido para a Premier League.