Campeão pelo Benfica deixa garantia sobre Akturkoglu: "É muito bom a finalizar..."

Filipa Patão, que é uma verdadeira peça-chave na equipa de futebol feminino no Benfica, foi eleita a melhor treinadora da Liga BPI 2023/24. Na Gala das Campeãs Record BPI, a técnica das águias acabou deixar várias críticas à mentalidade em Portugal, no que toca ao desporto de alta competição. 

"Para poder ganhar, tive de perder muitas vezes. Vivemos numa sociedade cada vez pior no que diz respeito à valorização dos aletas. Isso tem sido o desporto em Portugal. Ouço comentários: 'tens de ir substituir o Schmidt' e depois ouço que tenho de ir treinar o Estoril, com todo o respeito pelo Estoril. Um treinador que não ganha, é um mau treinador, um jogador que não marque golo, é um mau jogador. Temos de mudar", começou por afirmar a técnica.

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"Primeiro que tudo, agradecer a todas as entidades responsáveis por esta gala e que a continuem a fazer por muitos e muitos anos. Esta distinção é de muitas pessoas que têm lutado, que me obrigaram a ser melhor, os treinadores que trabalham para ser melhores. Sou apenas mais uma a tentar fazer a diferença. Gostava de lembrar as palavras do meu avô que me dizia, quando vinha a chorar depois de jogar com os rapazes", atirou Filipa Patão. 

"Ouço comentários: 'tens de ir substituir o Schmidt' e depois ouço que tenho de ir treinar o Estoril, com todo o respeito pelo Estoril. Um treinador que não ganha, é um mau treinador"

"Sempre me disse: 'não lutes para seres igual a eles, mas para seres diferente'. Uma palavra de agradecimento às minhas jogadoras, este prémio é delas, personificam a minha resiliência e paixão, o que é estar no futebol. Isto é para vocês. Tenho de aproveitar estes momentos para fazer jus ao que temos de passar. Falo de todos os departamentos que estão envolvidos no Benfica, que melhoram o trabalho das atletas. Fernando Tavares, Rui Costa, estes departamentos estão todos os dias comigo e fazem de mim melhor. Felizmente estou rodeada dos melhores", concluiu a líder das Inspiradoras. 

Zeki Amdouni está de regresso ao Benfica, tendo reforçar na passada terça-feira a sessão de treinos de Bruno Lage. O camisola 7 das águias não passou despercebido na Liga das Nações e agora Haris Seferovic, que tem 74 golos pelo Glorioso, em entrevista ao jornal português O Jogo, acabou por 'apresentar' o jovem futebolista, deixando a 'dica' de que será complicado 'preencher a vaga' de Rafa Silva. 

"Ser o novo Rafa é difícil", começou por afirmar o antigo avançado do Benfica, que garantiu, contudo, que acredita que o compatriota "pode fazer um grande trabalho, porque o Benfica joga um futebol ofensivo e para ganhar". "É um bom jogador, jovem. Sabe como jogar e funciona bem como 10. Pode marcar golos, mas também é muito bom no último passe. Amdouni vai gostar de Bruno Lage como treinador do Benfica (...). O Benfica é um grande clube e vai gostar", atirou ainda o suíço. 

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De destacar que, mesmo tendo brilhado ao serviço da Suíça, Amdouni não está apontado ao onze titular das águias para a receção ao Santa Clara. O mesmo não se pode dizer de Kerem Akturkoglu, que pode mesmo 'sentar' Prestianni, de acordo com a imprensa nacional. 

Na temporada 2024/2025, Zeki Amdouni – atualmente avaliado em 12 milhões de euros – disputou duas partidas, jogando apenas 33 minutos, que bastaram para registar um remate certeiro, com a camisola do Burnley. Na época transata, o avançado alinhou em 37 encontros, somando seis golos e uma assistência.

É de referir que, Zeki Amdouni mudou-se para o emblema inglês, que na altura competia na Premier League, num negócio a rondar os 18 milhões de euros, abandonando o Basileia. O avançado já representou clubes como o Lausanne Sport, o Stade Lausanne e o Etoile Carouge, da Suíça. 

Bruno Prata, num artigo de opinião publicado no jornal Record, comentou a escolha de Rui Costa em contratar Bruno Lage para treinador do Benfica. O comentador acredita que a eleição do técnico luso é uma "escolha benigna".

"Rui Costa não tirou, obviamente, nenhum coelho da cartola presidencial. Outras soluções mais excitantes para os adeptos do Benfica (como Marco Silva ou até Abel Ferreira) não estavam disponíveis e Sérgio Conceição foi sempre tido por opção controversa. Bruno Lage era, por isso, o nome anunciado mesmo antes de o ser. Não é completamente consensual, mas é uma escolha benigna, tanto pela sua ligação altruísta ao clube como pelo savoir-faire que mostrou ter no ano em que ganhou um título que parecia perdido", começou por dizer.

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"Mas nem esta realidade flutuante impediu que os títulos dos jornais e das televisões tivessem enfatizado o primeiro treino de Lage como se o seu regresso se tivesse tratado de uma solução providencial. Eis alguns exemplos disso, escolhidos aleatoriamente: "Bruno Lage devolve a felicidade ao Seixal", "Lage entra a todo o gás", "Plantel submetido a terapia de choque", "Sorriso no Seixal no dia do ´reset´ com Bruno Lage", prosseguiu.

Bruno Prata prossegue dizendo que é normal esta pressa de se criar um bom ambiente no Benfica: "A urgência de criar um ambiente favorável notou-se mesmo antes da sua apresentação, quando foram publicadas, no mesmo dia, entrevistas de quatro ex-craques do Benfica, todas elas elogiosas para o setubalense. Os departamentos de comunicação dos melhores clubes estão cada vez mais arraigados e viscerais, enquanto os jornais concorrem com as suas agruras e minguadas redações. Mesmo assim, ficou a ideia de que os "spin doctors" benfiquistas pecaram pela mensagem demasiado opípara…"

"Na maioria dos casos, acredito que, mais do que castigar o técnico dispensado (e Schmidt, com os seus equívocos e o futebol anémico da equipa, foi-se pondo cada vez mais a jeito), é uma tentativa piedosa de valorizar quem acabou de chegar. A vantagem de Lage é que já esteve várias vezes nos dois lados da barricada, a primeira das quais no Benfica. Está, por isso, avisado", continuou o jornalista criticando a forma como estes casos são tratados.

"Cedo para descobrir se Lage voltará a vestir, no final, o traje de herói"

"Os Super Wings já vão arrancar este mês para a oitava temporada. Mas ainda é cedo para descobrir se Lage voltará a vestir, no final, o traje de herói", finalizou Bruno Prata.