Florentino Luís explica razão pela qual saiu do Benfica: "Entre os melhores"

As exigências financeiras do Levante por Carlos Álvarez impossibilitaram que o talentoso jovem de 22 anos fosse reforço do Benfica no último mercado de transferências. Segundo as últimas informações, os espanhóis queriam 20 milhões de euros, mais objetivos, e ainda uma percentagem de futuro mais-valia.

“Os encarnados não concordaram com a avaliação e, para evitar que a negociação se arrastasse, viraram-se em definitivo para Lukebakio, que chegou por 20 milhões de euros e mais 4 por objetivos”, revela o jornal O Jogo, na edição desta quarta-feira, dando do motivo pelo qual Carlos Álvarez não foi reforço do Benfica.

Lembrar que, no último dia do mercado de transferências, o presidente do emblema espanhol veio a público abordar o tema: “Carlos Álvarez é jogador do Levante. Se ficar, fenomenal, mas estamos em conversações com o Benfica. Há mil e uma operações a decorrer. Estas últimas horas do mercado são uma loucura”.

Fruto das exigências milionárias do Levante por Carlos Álvarez, o Benfica virou atenções para Dodi Lukebakio. A transferência fez-se, mais coisa menos coisa, pelos mesmos valores, mas o internacional belga de 27 anos é um jogador feito e que agrada bastante ao técnico das águias, Bruno Lage.

Na temporada passada, com a camisola do Levante, Carlos Álvarez - avaliado em 6 milhões de euros - realizou 43 encontros, tendo contabilizado 3.424 minutos. Ao todo, o extremo-direito de 22 anos marcou sete golos e fez 12 assistências, sendo uma das principais figuras da turma orientada pelo técnico espanhol Julián Calero.

Após um dia de folga, o Benfica voltou aos treinos. No entanto, foi um regresso atípico, tendo em conta que 18 dos jogadores que têm integrado o plantel de Bruno Lage no arranque desta época estavam ausentes, depois de serem chamados para se juntarem às respetivas seleções. Em vista estão os primeiros jogos de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2026. 

A pausa internacional deixou Bruno Lage com apenas sete dos habituais futebolistas disponíveis. Entre os quais estão Samuel Soares, Tomás Araújo, Enzo Barrenechea, Diogo Prioste, Gianluca Prestianni, Henrique Araújo e, por fim, Fredrik Aursnes, que renunciou à seleção da Noruega em março de 2024. O número reduzido dos jogadores com que Bruno Lage trabalha habitualmente complica assim a preparação do técnico para o encontro das águias frente ao Santa Clara na Liga Portugal, agendado para 12 de setembro.

Já Bruma, Nuno Félix, Manu Silva, Alexander Bah e o novo reforço Dodi Lukebakio mantiveram-se em solo luso e não foram convocados para as respetivas seleções tendo em conta que ainda se encontram a recuperar de lesões. À exceção da mais recente contratação do Benfica, os restantes atletas recuperam de lesões de longa duração.

Assim, são praticamente 20 os jogadores ausentes do Seixal, após serem chamados a representar os seus países nas partidas de apuramento para o Mundial de 2026. António Silva foi o único português do plantel encarnado a integrar a convocatória de Roberto Martínez. Pela frente, a Seleção Nacional encontra a Arménia e a Hungria, foram de casa, nos dias 6 e 9 de setembro respetivamente.

Gonçalo Oliveira e João Veloso também estão ausentes para a pausa de seleções, após serem convocados por Luís Freire para os compromissos da Seleção lusa de sub 21, que irá defrontar o Azerbeijão e a Escócia, respetivamente. Já João Rego e Leandro Santos foram incluídos na convocatória dos sub 20. 

Rui Águas considera que Amar Dedic - que ouviu elogios recentemente - devia ter tido mais cuidado no Alverca – Benfica para evitar a expulsão. Num artigo de opinião, a lenda do Clube da Luz aborda ainda o mercado dos encarnados, dando as boas-vindas a Sudakov e agradecendo a Florentino Luís por todo o empenho e dedicação aos encarnados.

Rui Águas sobre expulsão de Dedic no Alverca – Benfica: “Não correr risco”

“Na segunda parte, o jogo esteve controlado até à expulsão de Dedic, autor brilhante do segundo golo. Os jogadores têm de ter a noção do perigo que representa um amarelo, especialmente em Portugal, onde o apito é tão fácil”, começou por afirmar Rui Águas, num texto publicado no jornal A Bola.

“Mais do que criticar o perfil da nossa arbitragem, que não adianta, devemos cuidar do controlo que o amarelado é obrigado a ter para não correr riscos. O Benfica viveu a perigosa inferioridade numérica em dose dupla, em Istambul e Alverca, períodos de risco maior, aos quais sobreviveu com coletivismo, mas que convém evitar”, defende Rui Águas.

Rui Águas comenta saída de Florentino do Benfica: “Deixa muitas saudades”

“Entretanto, a vinda de Sudakov traz ao Benfica o que se considerava em falta, depois das saídas de Kokçu e Di María, dois jogadores muito diferentes entre si, mas tendo em comum a grande influência na criação e concretização de lances ofensivos. Ambos bons rematadores e capazes de fazer diferença pelo passe, algo que importava repor”, analisa Rui Águas.

“Florentino deixa muitas saudades. Mais do que o requinte técnico de outros, um homem feito no seu Clube e com os valores do Clube. Sóbrio, equilibrado, simples e, acima de tudo, coletivo. O cúmulo da fiabilidade e entrega. O currículo estatístico de Florentino não reflete o contributo do médio agora transferido, porque vai para além da contabilização de golos e assistências, às quais se dá mais relevo”, finaliza Rui Águas.