Tiago Godinho
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01 Jul 2025 | 14:19

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Tiago Godinho

Mínimos olímpicos. Sem capacidade para sonhar com mais. Um cenário previsível desde maio de 2024, quando escrevi que era preciso liderança


A época 2024/25 do futebol sénior terminou na madrugada de domingo, com a derrota no prolongamento frente ao Chelsea FC, nos oitavos de final do Mundial de Clubes. Tirando a histórica vitória frente ao Bayern de Munique — a primeira em jogos oficiais — o Sport Lisboa e Benfica limitou-se a cumprir os mínimos exigíveis: chegar aos oitavos de final do Mundial e da Liga dos Campeões.


Mínimos olímpicos. Sem capacidade para sonhar com mais. Um cenário previsível desde maio de 2024, quando escrevi que era preciso liderança:


Era preciso definir o futuro técnico da equipa principal, corrigir os erros na construção do plantel e manter os dois jogadores que deviam ser os estandartes do Benfica: António Silva e João Neves. O que foi feito?

Liderança Técnica

Roger Schmidt foi mantido, não por convicção, mas para evitar os custos da sua indemnização.

Um treinador que chegou em 2022 e que, na sua primeira época, foi campeão nacional, protagonizou a melhor campanha europeia que há memória no atual formato da Liga dos Campeões, foi eliminado da Taça de Portugal por uma arbitragem vergonhosa em Braga (Tiago Martins, o VAR do Jamor) e venceu a Supertaça.

Fez tudo isto com um núcleo duro composto por Odysseas, Grimaldo, João Mário, Rafa, Florentino, Gonçalo Ramos — e a aposta de risco (vitoriosa) em António Silva, então com apenas 18 anos.

E o que fez a estrutura em 2023/24?

Deixou Schmidt “a arder em lume brando” durante toda a época. A sua saída tornou-se inevitável — mas a hesitação em agir a tempo comprometeu a época 2024/25 desde o arranque. Basta lembrar que, nas quatro primeiras jornadas, desperdiçámos 5 pontos em Famalicão e Moreira de Cónegos.

Construção do Plantel

Desde que se abdicou de Gilberto no verão de 2023, nunca existiu alternativa séria a Bah. A solução?

O empréstimo de Kaboré, devolvido em janeiro. Resultado? Adaptações improvisadas com Tomás Araújo e Aursnes.

No meio-campo, a ultrajante venda de João Neves foi "compensada" com a esperança na recuperação física de Renato Sanches. Resultado? Lesões, mais uma vez.

Entre janeiro de 2024 e o verão de 2025, chegaram 14 jogadores:

Prestianni, Rollheiser, Carreras, Kaboré, Belotti, Barreiro, Dahl, Amdouni, Bruma, Beste, Manu Silva, Aktürkoğlu, Pavlidis e Marcos Leonardo.

Total: 105,6 milhões de euros

Cinco já saíram.

Apenas dois são titulares indiscutíveis: Carreras e Pavlidis.

Manu Silva, boa aquisição, teve o azar de uma grave lesão.

Aktürkoğlu rendeu, mas... mais do que David Neres?

Marcos Leonardo e Beste nem seis meses completaram na Luz.

Sim, conseguimos recuperar 59 milhões de euros com vendas — mérito da vertente financeira, mas a política desportiva continua errática. Parece mais o Sport Lisboa e Entreposto, SAD… e menos Sport Lisboa e Benfica, Futebol SAD.

Competição Interna

Apesar de tudo, o Benfica lutou pelo título até à última jornada e perdeu a final da Taça de Portugal nas circunstâncias que todos conhecemos.

Só nos mantivemos vivos graças:

à desestabilização do Sporting CP, via Manchester United, com a saída de Rúben Amorim;

à competência de Bruno Lage, que estabilizou a equipa e alimentou a ilusão.

Mas, nos momentos decisivos, quem se preparou para vencer, venceu. Mesmo fora das quatro linhas.

No Benfica, a estratégia foi a do costume: reagir tarde demais. Comunicados como o do pós-Jamor já caíram no esquecimento.

No outro lado da 2.ª Circular, perceberam quando tirar pressão à equipa. E não esqueceremos o que foi o “fim de época das terceiras equipas” nos jogos decisivos do Sporting CP.

Conclusão: Liderança ou Submissão?

Um Benfica incompetente na gestão desportiva (4 épocas, 1 Campeonato, 1 Taça da Liga e 1 Supertaça), sem liderança no futebol português, submisso aos poderes instalados, dificilmente pode vencer com regularidade.

Surpreende alguém?

Infelizmente, não. Já o escrevia em 2024:

Chegados aqui, é urgente retomar o caminho que devolva ao Sport Lisboa e Benfica a liderança do desporto em Portugal.

É por isso que, desde a primeira hora, apoio João Diogo Manteigas. Sem taticismos. Com benfiquismo, coragem e competência. Só assim voltaremos a ser Benfica.

Luís Vaz de Camões escreveu n’Os Lusíadas:

“Um fraco Rei faz fraca a forte gente.”

Escrevo eu, em 2025:

“Um Presidente forte e bem rodeado, devolverá a felicidade ao povo benfiquista, com glórias e conquistas!”

Viva o Incomparável, o Sport Lisboa e Benfica!

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