
A Insustentável inconstância Lageana!
Para Lage vencer este jogo teria, não só de fazer a melhor segunda parte da época, como teriam de alterar a sua mentalidade por completo
17 Mai 2025 | 20:54
Para Lage vencer este jogo teria, não só de fazer a melhor segunda parte da época, como teriam de alterar a sua mentalidade por completo
Última jornada e não há mais como adiar: o campeão teria de ficar decidido hoje. Com a clara vantagem para o Sporting, pois o Benfica apenas seria campeão se pontuasse mais que o Sporting. Os dois candidatos digladiavam-se com as duas equipas do Minho, com os verdes a receberem o Vitória, que tentava garantir o acesso à Liga Conferência e os encarnados deslocavam-se a Braga, onde os bracarenses poucas possibilidades tinham de chegar ao terceiro lugar.
Claro que ainda existiam esperanças nos corações dos adeptos benfiquistas, mas hoje em deambulações pela cidade, só se via verde e branco e isto também queria dizer algo.
Vamos aos onzes e Lage tinha duas baixas: Ausrnes e Amdouni. Face ao jogo com o Sporting, as diferenças eram duas: a forçada, pela ausência de Ausrnes, entrando Barreiro para o seu lugar e saía Di Maria do onze, entrando Schelderup. O técnico das águias a perceber que Di Maria está longe de quem ainda pode dar algo à equipa.
Era tempo de iniciar a partida e muitos milhões com o ouvido no rádio, ou em outros ecrãs, a ver o jogo de Alvalade, à espera de uma malandrice vitoriana, mas sempre com uma certeza: o Benfica tinha de vencer esta partida, pois jamais podia passar na cabeça de alguém o Sporting escorregar e o Benfica não conseguir a vitória.
Rola a bola e Benfica com intensidade no máximo, não queria deixar o Braga respirar e queria mandar uma mensagem para Alvalade, bem rápido, para servir de pressão e, logo aos 6 minutos, Barreiro surge isolado perante Hornicek, já dentro da grande área e descaído para a direita, mas atira ao lado. Aos 10 minutos, o Braga dava a primeira evidência que estava para disputar o jogo e na sequência de um canto e após cabeceamento, Trubin é obrigado a desviar para canto.
Braga esperava pelos encarnados, mas sempre muito atento à rápida saída de bola, aproveitando o balanço ofensivo encarnado.
14 minutos e mais uma excelente oportunidade para os encarnados inaugurarem o marcador, com Pavlidis a ser servido na frente, pelo corredor esquerdo, consegue chegar à área, evita dois defesas da casa, mas atira rasteiro ao lado.
23 minutos e vem a desilusão encarnada, com o árbitro a assinalar grande penalidade para o Braga, depois de uma alegada pisadela de Tomás Araújo sobre Ricardo Horta. Zalazar, na marca dos 11 metros, enviou um autêntico míssil e inaugurava o marcador em Braga.
Era uma machadada nas aspirações Benfiquistas, pois precisavam de enviar sinais de pressão para Lisboa, mas acontecia precisamente o contrário. Este era o cenário que ninguém queria, pois com o Sporting empatado, a equipa das águias estava a perder uma tremenda oportunidade.
Schelderup desaparecido em campo, o Benfica só atacava pelo lado direito e, quando apostava no lado esquerdo, era por via de Pavlidis, que surgia descaído no flanco, ou com os sprints de Carreras. Os bragistas começavam a enervar os jogadores do Benfica, com constantes paragens de jogo, não só em termos de intensidade, mas em completa inação.
O ponta de lança grego até estava a aparecer com espaço na frente, mas o ponta de lança das águias estava amorfo, parecia sem vontade mesmo, como se viu aos 37 minutos, onde foi facilmente desarmado pelo central. Logo no minuto seguinte, novamente Ricardo Horta, surge na grande área e remata à figura de Trubin.
A equipa visitante entrava numa fase péssima da partida, pois não conseguiam implementar o seu jogo e, mesmo quando conseguiam chegar à área contrária, era sem raça e querer de quem estava a disputar um título de campeão nacional.
Pouco tempo depois vinha o intervalo, não sem antes aos 48 minutos, Trubin ser obrigado a boa intervenção novamente.
Apesar de ter entrado bem, era um Benfica muito curto e até parecia sem garra, sem fé que ainda fosse possível chegar ao 39.
Schelderup tinha de sair, era elemento a menos. Kokçú e Barreiro eram outros dois problemas, pois apesar do bom começo, não conseguiam ligar setores e tão pouco em fechar espaços.
Sporting empatado e Benfica a perder, era este o cenário nos primeiros 45 minutos e, terminando assim, os adeptos benfiquistas não iriam ser complacentes com tamanha displicência.
Para Lage vencer este jogo teria, não só de fazer a melhor segunda parte da época, como teriam de alterar a sua mentalidade por completo, se queriam levar de vencido o Sporting de Braga.
O que tenho tanto falado, a insegurança de Bruno Lage, a falta de liderança leva a estas inconstâncias exibicionais, a falta de foco, à falta de garra!
O avançado grego continuava em dia não, após o recomeço da partida, aos 48 minutos, novamente em posição frontal e junto à entrada da área, remata por cima de forma disparatada.
O Braga esse continuava na mesma toada e sempre que chegava à baliza de Trubin era sempre com.enorme perigo, que o diga Zalazar que permitiu uma grande estirada do gigante ucraniano, a desviar para canto.
Não bastava já o jogo não estar a correr de feição e vêm as piores notícias de Alvalade: Pote coloca o Sporting em vantagem aos 55 minutos. Era quase a estocada final nas aspirações Benfiquistas, pois já não bastava estar a perder em Braga, como a qualidade da exibição era paupérrima e agora o Sporting colocava-se em vantagem e, animicamente, era uma contrariedade enorme nos jogadores encarnados.
59 minutos e tripla substituição nos encarnados: saíam Tino, Aktur e Schelderup, entrando Di Maria, Bruma e Belotti. Tentava dar uma última sapatada no jogo Bruno Lage, mas parecia tarde demais, não só porque a filosofia e o caminho do jogo estava traçado, como o Sporting vencia em casa.
63 minutos e vinha uma vaga de esperança, com o grego, finalmente, a empatar o jogo, depois de um lance algo atabalhoado dentro da área bracarense.
Moutinho era expulso dois minutos depois, por acumulação, parecia que a balança começava a pender para os lados dos homens da luz, pois se queriam entrar na disputa do campeonato, o Benfica tinha de se colocar em vantagem e pressionar o Sporting.
70 minutos e boa oprtunidade para Belotti, servido dentro da área por Di Maria, atira ao lado. 73 minutos e era a quarta substituição, trocando Tomás por Tiago Gouveia na direita, querendo Lage colocar maior pendor ofensivo na ala.
Mas se dúvidas havia, 82 minutos e o "animal" Gyokeres aumentava a vantagem leonina para dois golos e colocava a sentença final em qualquer dúvida que existisse sobre o campeão 24/25.
Em Braga era já um Benfica a tentar chegar à baliza a todo o custo, com os visitados a gerirem a posse de bola a todo o campo, onde se limitava a colocar os encarnados a correr atrás do esférico.
86 minutos e entrava ainda Arthur Cabral, saindo um apagadíssimo Kokçü. Tentativa desespera de ainda chegar à vitoria, pelo menos terminando o campeonato taco a taco com o Sporting. Não houve tempo para tal, Benfica empatava em Braga, Sporting vencia em Alvalade e celebrava o bicampeonato.
O Benfica de hoje, é a exata tradução do que foi o Benfica desta época: inconstante, sempre a roçar o bom, com o muito mau. A alta intensidade, com a perda de foco, a desconcentração. Uma equipa que quer ser campeã nacional, não pode perder pontos em casa com o Arouca, depois de estar a vencer por 2-0. Não pode jogar com o grande rival, no jogo do título e ter dado, mais uma vez, uma parte de avanço, como em tantos outros jogos o fez. Lage falha na sua falta de capacidade de dotar a equipa de uma mentalidade e liderança fortes. Tem uma oportunidade, não de ouro, mas diria de bronze, de conquistar a Taça de Portugal frente ao eterno rival e isso poderá ditar a continuidade, ou não, de Bruno Lage.
Um Benfica com um ótimo plantel, com o melhor da Liga, nunca foi capaz, de forma homogénea, colocar essa superioridade em campo.
Resta felicitar o Sporting Clube de Portugal pela conquista do campeonato e pela justiça da mesma!
Após a final da Taça farei a reflexão deste Benfica e o que deverá fazer para corrigir os seus problemas internos e apresentar-se como o mais forte candidato ao título na próxima época.
Tempo de reflexão, mas ainda tempo de preparar uma última final, claro, para vencer!
Carrega!!!
A Insustentável inconstância Lageana!
Para Lage vencer este jogo teria, não só de fazer a melhor segunda parte da época, como teriam de alterar a sua mentalidade por completo
APONTAMENTO – Vermelho e Branco - Tratamento Desigual
Querem continuar com Rui Costa? Com os esquemas dos vieiristas? Ou querem um Benfica DE TODOS e PARA TODOS, sem prejuízo das diferenças
Não ganhámos…
Num jogo em que a vitória era o único resultado admissível, fizemos tudo ao contrário e tudo aquilo que não podíamos fazer
A Insustentável inconstância Lageana!
Para Lage vencer este jogo teria, não só de fazer a melhor segunda parte da época, como teriam de alterar a sua mentalidade por completo
17 Mai 2025 | 20:54
APONTAMENTO – Vermelho e Branco - Tratamento Desigual
Querem continuar com Rui Costa? Com os esquemas dos vieiristas? Ou querem um Benfica DE TODOS e PARA TODOS, sem prejuízo das diferenças
16 Mai 2025 | 16:59
Não ganhámos…
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14 Mai 2025 | 06:00
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