Dever de Protesto
O direito ao protesto nasce dos regulamentos. Mas o dever de protestar resulta dos factos ocorridos nos relvados que nos prejudicam
22 Jan 2025 | 06:00
0Agora que se despede o “artista” da pena, abram alas para os artistas da bola.
Depois da “matança” dos borregos e continuando no registo, ainda que figurado, do reino animal, a gosto de alguns leitores que possam ter simpatia pelo PAN, o jogo desta terça-feira coloca-nos perante aquilo que poderíamos designar como um bicho-papão.
Ora bem, designar até podemos, o que não podemos é considerar e comportar-nos como sendo, na realidade.
Por outro lado, ilusório seria considerar o Barcelona um adversário acessível, muito antes pelo contrário. No entanto, para temor, já basta aquele que revelámos em Munique, frente a outro colosso do futebol europeu.
O Barcelona está a léguas de ser o Farense, ou o Famalicão, mas a atitude da equipa e dos jogadores, essa sim, terá de andar bem próximo da que apresentaram nesses jogos, com especial incidência neste último, onde revelámos uma capacidade suprema de assumir o jogo, explanar as nossas qualidades e expor as debilidades do adversário. Sabendo que não há dois jogos iguais, muito menos, três, o que interessa não é repetir os jogos, mas, sim, a forma como eles são jogados.
Concentração, rigor, consistência. Bem sei que é mais fácil falar, do que aplicar, todavia, não há plano que se implemente e que se cumpra, sem primeiro ser (d)escrito num papel.
Estou convicto que, aquilo que pudermos controlar, iremos controlar. O resto, que depende da enorme qualidade do adversário e dos seus jogadores, já não depende de nós, o que não significa que não o possamos antecipar e prepararmo-nos para isso.
Leitura (correta) do jogo e análise (assertiva) do oponente, é aquilo que se exige. O resto, só as contingências de um jogo-paixão pode ditar.
Parte do que é antecipável, também eu sei. Um Barcelona poderosíssimo no ataque, na rapidez e na descoberta de espaços entre-linhas e uma capacidade concretizadora francamente acima da média. Se encontrarmos argumentos para fazer face a estas dificuldades, temos algum do caminho percorrido em direção ao sucesso e ao alcance de um bom resultado.
Para que tal aconteça, só conheço uma fórmula, que reúne uns quantos critérios: trabalho, vontade, atitude, foco, agressividade, imunidade ao erro, chegar primeiro, e acabar depois. Quem não perceber, estudasse. Não confundam é o acabar depois com a agressão a qualquer painel publicitário…
Eu gosto muito do Benfica, ainda mais do que o futebol em geral, o que me coloca na fronteira do fanatismo. Dane-se, é o que é. No entanto, são jogos como estes, que todos os jogadores querem jogar, que me fazem recordar a paixão pelo futebol em geral e me faz evitar pisar o risco. Da mesma forma que eu assumo o entusiasmo de antecipar um grande jogo de futebol, com praticantes de primeira e, alguns deles, verdadeiros foras-de-série, assim espero que os jogadores assumam e se assumam, para que as suas palavras de dedicação a jogos desta natureza não sejam levadas pelo vento, ou na corrente pluvial que tem afetado a cidade de Lisboa.
Como se vai dizendo, há vários anos, a propósito do Rock-in-Rio, “eu vou”, pelo que só posso esperar que os jogadores do Benfica também venham e digam presente.
Deus ensina o perdão, em troca de devoção. Os benfiquistas são menos lestos a perdoar, mas, se a pele ficar em campo, se o suor já não correr por efeitos da desidratação e se as pernas já não correrem pela acumulação de quilómetros, é bem provável que, independentemente do resultado, essa entrega possa ser confundida com devoção, e permitir o nosso perdão.
Eu, ainda assim, desde já afirmo que não quero perdoar, pela simples razão de que não quero perder.
Privilégio (de vestir o manto sagrado), produtividade (no futebol praticado), objetividade (na prossecução do sucesso) prioridade (na luta pela vitória), ação (consecução… golo)… e, assim, “matamos” o bicho-papão.
Agora que se despede o “artista” da pena, abram alas para os artistas da bola.
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Bicho-papão
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21 Jan 2025 | 06:00
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