
Primeiro o Benfica
Primeiro o Benfica é daquelas frases “la palacianas” para quem representa o Glorioso, mas que muitas vezes são pouco mais do que palavras
15 Nov 2023 | 09:21
Que este tempo de paragem, seja tempo de reflexão, em relação ao que já lá vai, e tempo de projeção em relação ao que ainda falta para vir
Disputaram-se dois clássicos, com a diferença de dois dias, um no domingo, outro na 2.ª feira.
O clássico de domingo, decorreu no Estádio da Luz, o clássico de 2.ª feira decorreu, algures, no Dragão Caixa (as minhas desculpas antecipadas pela eventual imprecisão, mas esse clássico esteve para acontecer em tantos sítios que, em bom rigor, já nem sei bem onde aconteceu).
O clássico de domingo pôs frente a frente o Benfica e o Sporting, num jogo de futebol, e o clássico de 2.ª feira pôs frente a frente sócios do FC Porto e elementos da claque dos Super Dragões.
No que a nós, Benfiquistas, mais nos interessa, do clássico de domingo resultou uma vitória épica, arrancada a ferros, na raça e vinda do fundo do brio, da entrega e da atitude de 11 guerreiros, que, voltando a funcionar como equipa, alcançaram o que poucos (ou nenhuns, sobretudo aqueles que têm alergia à confusão e saem antes do jogo terminar, para não terem de voltar a engraxar os sapatos, pois isto de ir ver um jogo de futebol, ao vivo, já é emoção que chegue, quanto mais, aguentar até ao último apito) esperavam… uma vitória conseguida com dois golos apontados durante o período de tempo adicional mínimo, o segundo dos quais, mesmo no último minuto.
Escusado será alimentar mais odes ao João Neves (todas merecidas), ou à bem sucedida experiência do Morato a defesa esquerdo, ou, ainda, ao movimento “à Gonçalo Ramos”, que já começa a ser típico do Tengstedt. Depois da vivência daquela euforia, da qual eu fui um privilegiado participante (e até todos os jogadores saírem do campo), assume laivos de comédia ler, ouvir e ver adeptos sportinguistas queixarem-se da arbitragem.
Eu não vou entrar em pormenores, já avidamente discutidos e analisados por quem mais percebe do assunto, mas estas reações, enxameadas de um mau-perder indisfarçável, só encontram eco na azia que era igualmente indisfarçável, do treinador Rúben Amorim, que quis convencer toda a gente, até à exaustão (será que a ele próprio também?), que o Sporting tinha sido a melhor equipa e não merecia perder. Que o Sporting se tenha batido bem, com menos um jogador e controlado, qb, o jogo, até seria honestamente desonesto não o admitir, mas daí até concluir o que ele concluiu…
Porque até gosto de o ouvir (e o considero bom treinador), ainda aguardei que pudesse descer à terra e revelar uma humildade que até lhe é característica, assumindo os indiscutíveis erros que cometeu, nas substituições efetuadas. Voltando a não entrar em grandes pormenores, fiquem-se com estas: Pote a defesa esquerdo, até à saída Edwards, que é só o melhor jogador deles em transição ofensiva; entrada do Nuno Santos, que defende tão mal quanto o João Neves à direita, naquele novo sistema (re)inventado pelo nosso treinador; entrada do St. Juste, que SÓ esteve ligado aos dois golos (perde a bola para o Morato, ao primeiro poste, no desvio para o João Neves marcar e é ele que coloca Rafa e Tengstedt em jogo, aquando do segundo golo); e, por fim, a precisar de ter posse de bola, para congelar o jogo e fazer passar o tempo, coloca o Paulinho no meio-campo, quando tinha o Bragança no banco. Chega? E, depois, o Roger Schmidt é que anda perdido…
Voltando ao clássico de 2.ª feira, parece que também houve chutos e pontapés, mas não numa bola (se calhar foi em bolas e eu é que não estou a ver bem o filme); atropelos à liberdade de intervenção dos sócios; revisão de estatutos que se preparava para ser aprovada na globalidade, no meio de uma discussão em que ninguém ouvia nada; e mais chutos e pontapés sempre que alguém se levantava, mesmo que fosse só para fazer xixi, quanto mais para esboçar o que fosse, de mínimo descontentamento por aquilo que se estava a passar.
O árbitro (i.e., presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Pinto) não se ouvia, pois, segundo relatos de presentes, não tem voz para aquilo; o VAR (i.e. presidente da direção do FC Porto, Pinto da Costa) assistia de cadeirinha, mas nunca interveio, passando o tempo a falar e a consultar o AVAR (i.e. vice-presidente da direção do FC Porto, Vítor Baía). Parece que a casa está a arder, mas isso digo eu, que gosto de dizer coisas e que não percebo nada disto.
Terminando com o que interessa e com a consciência que, em tempos idos, também tivemos alguns “clássicos de 2.ª feira”, deixem-me suspirar de um contentamento não descontente de estar sentado, não na cadeira de sonho (alusão a Villas-Boas, a propósito do outro tema deste artigo), mas, sim, no trono da liderança, de onde não esperamos voltar a sair.
Que este tempo de paragem, seja tempo de reflexão, em relação ao que já lá vai, e tempo de projeção em relação ao que ainda falta para vir. Não se enganem, foram só três pontos…
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