Bernardo Alegra
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16 Abr 2024 | 09:48

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Bernardo Alegra

E aqui chegados, a renovação ou não de Di María representa um desafio sobretudo para Rui Costa e Lourenço Coelho. De Schmidt já sabemos com o que podemos contar.


Confesso-me fã de Di María. É consensual que é um dos melhores jogadores da última década, seguramente um dos melhores da história da Argentina, onde ganhou tudo o que era possível ganhar, tendo marcado sempre golos nos jogos decisivos. Mais do que um escudeiro do Astro maior, Lionel, Angel acrescentou ainda mais magia.


Assistimos provavelmente a um último vislumbre do futebol de rua que os meus filhos já não conhecem e, em breve, poucos no mundo saberão o que é. Um toque de anarquia, irreverência e, por isso, talento e magia, em vias de extinção.


O futebol é cada vez mais de treinador e cada vez menos de jogador. São os artistas que obedecem aos desenhos táticos, mais ou menos evoluídos, dos “misters” e não estes que percebem a matéria prima que têm e criam equipas que aproveitem as suas forças e escondam as fraquezas.

Di María, ao longo de uma longa e bem-sucedida carreira, encontrou quem soubesse aproveitar as primeiras e esconder as segundas, no Benfica, Real e PSG, e quem não soubesse ou quisesse no Manchester United, Juventus e no atual Benfica.

Para ser justo, Schmidt quer muito aproveitar as suas mais valias e isso vê-se bem pelo tempo de jogo que tem para um jogador da sua idade e com boas alternativas no banco (ainda que a milhas do seu virtuosismo e talento). Mas ao mesmo tempo não revela capacidade e qualidade para esconder os seus defeitos, insistindo num modelo tático e sobretudo em jogadores que não protegem o custo e risco que Di María representa para a equipa, nomeadamente na incapacidade de ser pouco mais do que corpo presente a defender, aniquilando a primeira fase de pressing defensivo que tão bons resultados deu o ano passado, e com os excessos de individualismo que dão aos adversários, avisados, oportunidades únicas de nos ferir.

E aqui chegados, a renovação ou não de Di María representa um desafio sobretudo para Rui Costa e Lourenço Coelho. De Schmidt já sabemos com o que podemos contar se o argentino renovar por mais uma época, pelo que a estrutura do Benfica terá de decidir se o quer manter, deixando Schmidt exposto a um dilema que não sabe responder, ou se não renova, dando mais espaço a Schmidt para voltar a ter uma equipa mais à sua imagem, mais móvel, elástica e solidária, como se voltou a ver no Domingo.

Para um fantasista como Rui Costa, ele próprio vítima das mesmas dores que Di María passou ao longo da sua carreira, é uma decisão complexa.

Admitindo que a direção manterá Shmidt, como tudo leva a crer, eu, confesso fã de Di María, abdicaria da renovação. Por muito que adore vê-lo de manto sagrado vestido, gosto ainda mais de ganhar e acho que, com o alemão, estamos mais próximos disso sem Di María.

Até esse dia, é aproveitar e esperar que o astro volte a brilhar esta quinta-feira, a caminho das meias-finais da Liga Europa.

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