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26 Mar 2025 | 06:00
Ele que continue a “inventar” jogadores que, depois, vem dizer que estão lesionados, tocados, sobrecarregados, ou coisa que o valha
À falta de melhor tema, hoje escrevo-vos sobre a seleção nacional.
Vistos os dois jogos que realizámos frente à Dinamarca, permitam-me começar por elogiar a excelente equipa dinamarquesa, a fazer lembrar aquela geração “de ouro”, campeã da Europa em 1992, contra todas as expectativas, e onde pontificava, curiosamente, o pai do ainda guarda-redes da equipa atual. Um conjunto de jovens jogadores muito bem orientados e que banalizou a sobranceria portuguesa, sobretudo, no primeiro encontro.
Em sintonia com os dinamarqueses, os portugueses também constituem um conjunto de jogadores muito apreciáveis, aliás, até acima do apreciável, atendendo à reconhecida qualidade dos mesmos e às equipas que representam, das melhores da Europa. O problema está na orientação. Quando eu pensava que era impossível fazer o que fez Fernando Santos, banalizando jogadores fora-de-série, eis que temos uma versão 2.0, para pior, se atendermos ao facto de nem português ser (e de não ter um Campeonato da Europa e uma Liga das Nações no currículo).
À parte das questionáveis convocatórias, onde até o Tiago Djaló já teve lugar, passando pela inenarrável “confusão” em torno do segundo melhor central português da atualidade (falo, claro está, do Tomás Araújo e o primeiro é – parece-me evidente – o Rúben Dias), só mesmo um absoluto caos tático na forma como a equipa se apresenta, para me fazer despertar a atenção, fruto da minha apetência e gosto para abordar estas temáticas mais técnicas.
A sorte dele, é que, quando um jogador é bom, é bom em qualquer lugar, por mais que a inabilidade do treinador insista em querer contribuir para que aconteça o contrário. Por isso é que vimos, no último jogo, o Bernardo Silva jogar quase a trinco e a deixar tudo em campo, relevando características de entrega, pressão e capacidade defensiva que não lhe são muito comuns, mas, lá está, quando se é bom, nunca se deixa o crédito por mãos alheias. A menos que essas mãos sejam espanholas…
Daí para a frente, se alguém me conseguir explicar a brilhante ideia de forçar os laterais a jogar por dentro, com dois alas que é por dentro que habitualmente jogam – e nem poderia ser de outra forma, até porque são extremos “de pé contrário” – estou cá para ouvir, mas creio que não irei conseguir entender. E, depois – não entrando por outros argumentos mais sórdidos – joga-se com um jogador que mantém intactas as suas inegáveis qualidades de excelente finalizador (e que são as únicas, atualmente, convém dizer), mas que passa a maior parte do tempo fora da área, a querer envolver-se num futebol apoiado para o qual já não tem capacidade.
Valeu ao selecionador ter no banco mais uma quantidade de ovos – e dos bons – com os quais lá conseguiu fazer uma omelete, ainda que mal-amanhada, e cujo sabor reúne todas as condições para virar fel, pois, na próxima curva (em terras germânicas e frente à equipa anfitriã), e com os mesmos ao volante, o despiste é quase certo.
Ele que continue a “inventar” jogadores que, depois, vem dizer que estão lesionados, tocados, sobrecarregados, ou coisa que o valha, e depressa verá o caminho que o novo presidente da FPF terá para lhe indicar… em linha reta!
Acha que pode reproduzir o meio-campo espanhol campeão do mundo em 2010 – e eu até dou de barato que o Vitinha e o João Neves têm laivos de Xavi e Iniesta – mas esquece-se que o Xavi Alonso tem uma cultura tática que o Bruno Fernandes (por bom que seja, e é) nunca terá, e falta-lhe um Busquets… mas o Palhinha ficou de entre a aquecer o banco e a bancada, já nem sei, porque, bom, bom, é o Rúben Neves… ou o Bernardo Silva a jogar a médio defensivo (para não voltar a falar de que o Florentino deve ter optado por assumir outra nacionalidade, que não a portuguesa). Depois, como não resulta, muda… ainda para pior… como se a prática do futebol não fosse uma modalidade que exige a criação e consolidação de automatismos, preferencialmente com os mesmos intérpretes, em torno de um modelo de jogo consistente e que carece de ser trabalhado contínua e permanentemente. Mas o sr. Martinez deve ter saltado essa página do manual…
Alguém entende? Eu não! Ou, se calhar até entendo, pois, quem conseguiu não ganhar nada com aquela brutal equipa da Bélgica que o senhor teve ao seu dispor, só poderia esperar o mesmo, em circunstâncias que, porventura, até têm mais semelhança com a realidade do que se possa supor. Já estou como diz “o outro”, esperar resultados diferentes, fazendo as coisas da mesma maneira…
Mas, descansem, e nem se deem ao trabalho de explicar, pois, no final desta crónica, já só vou estar a pensar em 6ª feira e na ida a Barcelos, voltando ao que realmente interessa.
CARREGA BENFICA!!!
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