
Primeiro o Benfica
Primeiro o Benfica é daquelas frases “la palacianas” para quem representa o Glorioso, mas que muitas vezes são pouco mais do que palavras
14 Fev 2024 | 05:00
Nós, sócios e adeptos anónimos, para além de esquizofrénicos, também parecemos desprovidos de capacidade intelectual e de poder de raciocínio... até ao ponto em que percebemos que querem fazer de nós parvos
Vamos optar, por razões que me parecem óbvias, pela definição figurada, que remete para comportamentos ou situações marcadas por elementos contraditórios ou antagónicos.
Quem me conhece e já me ouviu, ou leu (não, necessariamente, aqui), sabe que eu reputo alguns adeptos do Benfica desse “mal” e, reforço, em sentido figurativo.
Pois bem, quem parece ter sido contagiado desse mesmo “mal”, no jogo em Guimarães, foi o sr. Roger Schmidt, pelo onze que apresentou, com a ausência de um ponta-de-lança, tendo optado por sentar os três que existem no plantel, no banco de suplentes.
Creiam que tentei, tento e continuarei a tentar, no entanto, como em muitas outras coisas na minha vida, antes de começar a barafustar, indago do racional “da coisa” e, creiam, por mais tolerante e sensato que julgo ser, não consigo. Ainda para mais com um terreno de jogo naquele estado.
Ainda assim, não entro na crítica fácil de questionar a presença, nesse onze, do João Mário e do Kökçü, o que eu questiono é a ausência do Florentino e do Arthur Cabral, jogadores muito mais talhados para um jogo direto, de choque, num campo onde a posse e o passe curto são altamente desaconselháveis, o que prejudica o Benfica, a prática do seu modelo de jogo e não assenta na característica da maioria dos seus jogadores, mormente em alguns que acabaram por passar uma parte inteira ao lado do jogo, à exceção do Kökçü, que não conseguiu passar ao lado do jogador do Vitória, em quem acertou, dando origem ao penálti que resultou no primeiro golo da equipa visitada.
Como se não bastasse este equívoco, que foi tendo umas súbitas aparições, ao longo da época, com resultados diferenciados (deve ser aquilo que me impede, a mim e, sobretudo, ao treinador, de sermos racionais – mas eu, pelo menos, não estrago nada –), lá se demorou mais uma das já habituais eternidades a mexer na equipa, atendendo, não só, ao facto de termos, na 2ª parte, passado, novamente, à condição de derrotados, mas, também, ao tão relevante facto de termos ficado em superioridade numérica.
Bem sei que o chamado futebol direto não é muito estético e que despejar bolas para a área adversária, sem critério, não é solução para nenhum mal, no entanto, qual era a alternativa? Não havia! Como, aliás, ficou bem vincado no lance que deu origem ao golo do empate, o que nos leva a pensar porque é que demorámos tanto tempo a dar-nos ao jogo.
Ser uma equipa eficaz, só, não chega. Ou seja, não chega cumprir o objetivo e alcançar os resultados esperados, é preciso ser eficiente, ou seja, fazer isso tudo e bem. E, naquele campo, fazer bem, implicava jogar mal, se é que me faço entender. Às tantas (desculpem este desabafo um pouco ‘fora da caixa’), parecia que só eu é que via que a ‘porra’ da bola não rolava, pelo que pô-la a circular, de pé para pé, como tanto gostamos, na expectativa de chegar à frente de ataque com perigo, nem ilusão era... era estupidez, para além de uma injustificável incapacidade para perceber o que o jogo estava a pedir.
Nós, sócios e adeptos anónimos, para além de esquizofrénicos, também parecemos desprovidos de capacidade intelectual e de poder de raciocínio... até ao ponto em que percebemos que querem fazer de nós parvos. Aí, ‘alto e para o baile’, pois ficamos logo a parecer doutorados.
Portanto – e por mim falo, naturalmente – façam lá o que entenderem que devem fazer, utilizem os jogadores que entenderem utilizar, escalonem o onze que entenderem escalonar, mas não façam de nós parvos e conquistem o bicampeonato, para além da Taça de Portugal e de uma campanha decente e o mais gloriosa possível na Liga Europa.
Eu não mudo de registo, continuo a confiar na competência do treinador, na qualidade dos jogadores e na visão da direção, no entanto, como, também, em tudo na vida, há limites e ainda que o atingir desses limites não me faça perder as estribeiras, é melhor não, ok? A paciência é algo muito volátil...
Ainda que em sentido figurado, não quero crer que ser esquizofrénico não canse, para além de poder desembocar naquela – mais ou menos – célebre piada de alguém que vai em contramão na autoestrada e se questiona porque é que todos os outros carros vão no sentido contrário.
Se não nos “desforramos” já contra o Toulouse, pode começar a chover outra vez...
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