Apontamento Vermelho e Branco: A mudança da continuidade
Os soldadinhos em filinha indiana e em modo robô foram, de novo e ainda em maior número, votar na mudança da continuidade.
05 Jan 2023 | 16:30
Para uma análise bem fundamentada do sucesso ou fracasso de um clube grande é sempre importante partir da principal premissa – As lideranças são determinantes no destino dos clubes.
Porque entre clubes de dimensão similar, uns são mais resistentes às normais adversidades e outros são sistematicamente mais frágeis?
Sendo normal a alternância dos vencedores de títulos, por que razão uns clubes ganham mais vezes que outros? Porque há clubes que parecem estar em crise, e de repente, ganham uma competição?
Porque no futebol o valor do orçamento não é uma garantia de ganhar títulos? Porque clubes com orçamentos semelhantes têm resultados desportivos diferentes?
Quais são as principais “causas invisíveis” do sucesso desportivo? Qual é a combinação de condições que levam os clubes aos êxitos?
Para uma análise bem fundamentada do sucesso ou fracasso de um clube grande é sempre importante partir da principal premissa – As lideranças são determinantes no destino dos clubes. Neste caso, refiro-me às duas lideranças dominantes, o Presidente e o Treinador principal.
Notas Prévias:
1.ª Condição – A competência e a capacidade de liderança do Presidente da Direcção/SAD. Sem boas decisões, e sobretudo, sem tomar decisões difíceis, é impossível criar as circunstâncias indispensáveis para o sucesso desportivo – modelo de gestão, estabilidade, coordenação da estrutura dirigente, implementação de uma cultura de exigência, responsabilidade e ambição.
Coligada com esta primeira condição está,
2.ª Condição - O acerto na contratação do Treinador principal. Esta é a decisão mais importante e determinante de um Presidente. O grau de competência do Treinador é o factor decisivo na vitória do projecto desportivo. Errar na contratação do Treinador significa o fracasso desportivo.
Como consequência directa desta segunda condição está,
3.ª Condição – A escolha criteriosa do Plantel pelo Treinador e Direcção desportiva. O Treinador deve ter participação activa na construção do plantel que vai treinar, valorizar, dar identidade e capacidade competitiva para ser mais forte que os seus adversários. Um plantel ganhador é muito mais que um grupo de bons jogadores. Há muitos aspectos a considerar e que apenas um técnico tem capacidade para compatibilizar.
4.ª Condição – A organização, o suporte, a capacidade de gestão e as estruturas de apoio ao trabalho dos treinadores e jogadores. O futebol evoluiu tanto em várias áreas que nada de essencial pode faltar para optimizar o rendimento dos jogadores e da equipa.
5.ª Condição – A capacidade de antecipar e prever problemas, para os evitar. Por exemplo, não deixar que um jogador identificado como “problemático” contamine a dinâmica e a disciplina do grupo. Igualmente, para evitar a evolução de problemas sub-reptícios. Nenhum desvio na ordem disciplinar pode ameaçar a autoridade da Direcção e/ou do Treinador.
6.ª Condição – Sempre que detectado um problema, deve ser imediatamente resolvido em nome dos superiores interesses do colectivo. Nunca se pode “deixar passar” comportamentos e situações prejudiciais aos interesses e objectivos do grupo.
7.ª Condição – Nunca permitir atitudes de “puro egoísmo”. A cultura do “eu” tem como consequência o prejuízo de todos.
8.ª Condição – Nunca deixar instalar a desculpa habitual dos indivíduos perdedores – “o problema não é meu”. Num grupo com objectivos comuns, ninguém se deve esquivar às suas responsabilidades.
9.ª Condição – Quem tem o poder de dirigir um clube, o Presidente, e quem tem a responsabilidade e autoridade para treinar um Plantel, o Treinador, deve evitar atitudes de teimosia, persistência no erro ou entrar em estados de negação diante de situações concretas. O processo da tomada de decisões é definidor da autoridade e do poder dos decisores.
10.ª Condição – Como nenhum clube ganha sempre, vale a pena manter sempre o equilíbrio emocional no momento da derrota. A capacidade de resolver situações de instabilidade resultantes de derrotas pontuais, é uma qualidade digna dos maiores elogios, pois evita que se transformem em “crises explosivas”.
11.ª Condição – Um Plano competente e prioritário de Formação de Jogadores de Elite. Pensar um clube a médio e longo prazo é investir todos os recursos possíveis na Formação de jogadores de alta qualidade, para alimentar a capacidade competitiva da equipa principal, e/ou para realizar mais valias no mercado internacional para assegurar a sustentabilidade financeira do clube.
Termino dizendo que os dirigentes e treinadores corajosos, determinados e com visão, levam sempre os clubes a ganhar mais vezes e terão sempre a admiração dos adeptos.
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O que 'lixou' João Noronha Lopes?!
João Noronha Lopes perdeu menos pelas ideias e mais pela forma. A sua comunicação nunca conseguiu rivalizar com a emoção e o simbolismo de Rui Costa.
Que futuro, Benfica?
E para onde vai? Tenho poucas duvidas que não será nos próximos quatro anos que vamos ver o Benfica a reverter este ciclo negativo.
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14 Nov 2025 | 03:00
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07 Nov 2025 | 07:26
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