SCHMIDT NÃO CONFIRMA NEM DESMENTE E DEIXA EM ABERTO QUE BENFICA TERÁ REFORÇO “MUITO EM BREVE”

Com a Mística do Benfica em destaque, Carlos Manuel e João Mário partilharam uma conversa inédita. Rui Costa acabou por ser tema de assunto quando o médio de Roger Schmidt afirmou ver o Presidente como o "maior símbolo". 

"Há aqui outra palavra: Mística. Tenho uma conceção muito, muito sui generis da Mística do Benfica, que é aquilo que vem mesmo no dicionário: é uma atitude coletiva e afetivamente assente na devoção ao clube. Estas duas palavras, afetividade e devoção, valem muito aqui. Acho que a Mística é isso. Claro que vamos falar, depois, da garra, do querer, da vontade, mas está inserido nisto", começou por abordar o antigo craque do Glorioso.

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João Mário revelou, então, que a palavra Mística já surge desde a formação do Benfica. " É uma palavra que está muito, muito, introduzida no Clube, que ouves muito desde os miúdos da Formação até à primeira equipa, e falamos muito disso. Já estou cá há algum tempo e já fui vendo o que é a Mística do Benfica, e sem dúvida que é uma palavra importante. Como disseste, e bem, pela definição, as pessoas gostam de uma equipa que coletivamente funciona", apontou o camisola 20. 

"Falamos sempre em individualidades, o Benfica vai ter sempre grandes individualidades, e as pessoas vão gostar sempre. Mas é sempre difícil ganhar, porque aqui não basta ganhar um jogo, não basta ganhar 10 jogos, tens de ganhar o Campeonato, tens de lutar nas competições, ganhar as Taças. Não conheço nenhuma equipa que consiga esses objetivos sem ser um coletivo forte", acrescentou, ainda, João Mário, que destacou, também, o papel de Rui Costa no processo. 

"Se há alguém que nos identifica e nos transmite essa Mística é o Presidente, é o símbolo maior presente no nosso dia a dia no Benfica. Não só por ser Presidente, mas por ser quem é. Como também foi jogador, todo o feedback que nos dá é sempre no sentido de nos sensibilizar e fazer perceber o que é essa Mística", apontou o médio das águias lideradas por Roger Schmidt. 

Esta terça-feira, dia 16 de julho, o Benfica partilhou uma conversa entre a lenda, Carlos Manuel, e o médio de Roger Schmidt, João Mário. Durante o momento inédito, o antigo atleta dos encarnados fez uma viagem ao passado para recordar o momento em que conheceu o Presidente, Rui Costa. 

"Nós tínhamos um balneário que, quando saíamos para ir para o jogo, tinha um corredor grande até chegar ao túnel. Quando eu vou para um jogo internacional, para aquecer, ia eu e o Diamantino, vejo um miúdo encostado a uma parede, a chorar. E eu perguntei: "Estás a chorar? O que é que aconteceu?"", relatou num primeiro momento. 

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De seguida, Carlos Manuel revelou a resposta dada pelo dirigente encarnado, que na altura tinha 9/10 anos: "Eu cheguei atrasado para apanha-bolas, e o Zé Luís [que era o nosso roupeiro] não me quer dar o equipamento, porque cheguei atrasado, mas estou com um problema, porque o meu pai e a minha mãe é que me trouxeram, deixaram-me à entrada e foram para o Estádio. O Estádio está cheio, e eles não me vão ver lá dentro, vão ficar preocupados". 

"Isto já era a preocupação dele. Eu disse-lhe assim: "Espera aí, vamos ver o que conseguimos aqui." Agarrei nele, cheguei ao Zé Luís – que tinha a alcunha de Marradinhas, de vez em quando estava ali amarrado – e eu disse: "Zé, dá aí o equipamento ao miúdo para apanhar bolas. Os pais estão lá, se não veem o miúdo, vão ficar preocupados." Na altura, não havia telemóveis, era uma preocupação. E o Zé: "Não dou, chegou atrasado!" Eu: "Não dás, está bem. Dá-me aí o meu fato de treino, que eu vou aquecer com o fato de treino", continuou a lenda do Glorioso. 

"Ele deu-me o meu fato de treino, agarrei no miúdo, para o meu cacifo. Começou a despir-se, vesti-lhe o fato de treino, enrolámos tudo, era um saco de batatas, e, de mão dada, foi lá para dentro. Foi assim que eu conheci o nosso Presidente", confessou Carlos Manuel. 

Em antevisão ao Clássico de hóquei em patins, o treinador do Benfica, Nuno Resende, mostra confiança e esperança no fator surpresa em casa do Porto. Ao microfone da BTV, o técnico encarnado não hesitou em 'desvendar' o que o Benfica precisa para 'dar a volta' ao eterno rival.

"Tentamos sempre, fruto do que é a análise dos jogos, marcar alguma coisa diferente, algum posicionamento, alguma ação, procurando surpreender, mas também tentamos antecipar isso da parte do Porto", começou por afirmar.

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"Já são vários anos em que jogamos contra e sabemos que há essa variação também. Tentamos sempre perceber, em casa e fora, quais poderão ser as estratégias e as opções tomadas pelo adversário. E depois, com o decorrer do jogo, percebemos rapidamente para onde está a ideia de jogo deles a correr, no sentido de nos anteciparmos e ajustarmos", explicou Nuno Resende. 

O treinador das águias terminou a sua intervenção com uma garantia sobre a sua equipa. "No geral, estamos a passar um bom momento neste play-off. Temo-lo provado ao nível da qualidade de jogo e dos resultados, mas acredito que até domingo [23 de junho] iremos aumentar principalmente os níveis de energia, que é fundamental", referiu.

"Em termos motivacionais estamos serenos, tranquilos. Sabemos da dificuldade, sabemos que estamos numa final com um adversário extremamente competente, estamos felizes, mas não excitados. Acho que o facto de ser a terceira final seguida dá-nos a consistência e a experiência que também são muito necessárias nestes momentos", indicou o técnico do Benfica.

"Mesmo nos jogadores mais jovens, tem-se visto esse crescimento que eles têm tido, que tem sido fundamental, e é este equilíbrio que eu espero que no domingo tenhamos, porque certamente vamos passar dificuldades, vamos passar momentos difíceis e a serenidade vai ser fundamental", completou Nuno Resende. 

Recorde-se que a eliminatória está empatada a 1-1, depois do Porto ter vencido o primeiro e o Benfica ter replicado, na Luz, com um triunfo, que teve direito a um espetáculo de Nicolía (Saiba mais AQUI). O duelo no Dragão Arena está agendado para domingo, dia 23 de junho, com o embate a ter início às 15h00.