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Extra Benfica
09 Dez 2025 | 16:59 |
A temporada 2025/26 do Benfica tem sido impropria para cardíacos. Se o futebol é, por natureza, imprevisível, o que se tem vivido nos corredores da Luz e nos relvados por essa Europa fora assemelha-se mais a um guião de um filme de suspense do que a uma campanha desportiva linear. Entre a euforia de agosto e o pragmatismo de dezembro, o universo encarnado já viveu de tudo: troféus erguidos, despedidas, derrotas doloras, chegadas mediáticas. No fundo, uma montanha-russa de emoções.
Neste artigo de fundo, com a ajuda de Manuela Almeida Carvalho, o Glorioso 1904 disseca os momentos-chave, os protagonistas e os bastidores de uma época que promete ser decidida no photo finish.
A época arrancou sob o signo da continuidade, ou pelo menos, da tentativa dela. Bruno Lage começou 2025/26 com a missão de devolver a hegemonia ao Benfica. E o início não poderia ter sido mais auspicioso. A conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, num duelo de alta voltagem contra o rival de sempre, serviu como um "shot" de adrenalina para a nação Benfiquista.
Naquele momento, a equipa parecia ter encontrado o equilíbrio. O apuramento para a fase de liga da Liga dos Campeões foi garantido, assegurando os milhões vitais para a saúde financeira da SAD e mantendo o prestígio internacional do clube intacto. Havia a sensação de que o projeto estava sólido, assente numa mistura de "juventude e maturidade" que muitos analistas elogiavam.
Contudo, o futebol é impiedoso e a lua de mel foi curta. O desgaste de processos, aliado a alguns resultados intermitentes no campeonato, começou a criar fissuras na confiança. A equipa, que por vezes parecia praticar um futebol de "paciência" na construção desde trás, começou a tornar-se previsível para os blocos baixos adversários. A saída de Lage, justificada para alguns por fins eleitoralistas, deu lugar a um regresso muito mediático.
Se a saída de Lage foi um choque, a escolha do sucessor foi um terramoto. A aterragem de José Mourinho na Portela para assumir o comando técnico do Benfica parou o país. O treinador português mais titulado de sempre, com o seu currículo monstruoso e a sua aura de invencibilidade, aceitou o desafio de devolver a glória europeia e nacional às águias.
Com a entrada de Mourinho, era esperada uma autêntica revolução, mas, até ao momento, a mesma ainda não se deu. O técnico setubalense identificou rapidamente as carências e as virtudes do plantel.
A campanha na Liga dos Campeões tem ficado, até ao momento, aquém das expectativas de um gigante europeu como o Benfica. Apesar da vitória diante do Ajax, que mantêm a chama acesa, é preciso um milagre para que as águias sigam em frente.
A crítica aponta para a dificuldade em gerir o ritmo contra equipas de posse, expondo por vezes a defesa a transições rápidas. No entanto, é justo dizer que o novo formato da Champions não perdoa deslizes e o Benfica tem sentido na pele a exigência física de jogar de três em três dias ao mais alto nível.
O Campeonato Nacional é a principal prioridade do Benfica. Com o Porto atualmente na liderança, o Benfica de Mourinho quer terminar com a recente hegemonia do Sporting e o dérbi da próxima sexta-feira é uma ótima oportunidade para tal.
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A equipa encarnada tem mostrado uma resiliência notável em jogos de grau de dificuldade elevado, como se viu por exemplo na deslocação ao Dragão, onde uma derrota colocaria a turma de José Mourinho praticamente fora da luta pelo título.
O foco está agora no dérbi eterno. O próximo Benfica - Sporting (agendado para 5 de dezembro) não é apenas um jogo; é uma final antecipada. Mourinho tem preparado o jogo ao detalhe. Vencer o rival na Luz seria o tónico ideal para lançar a equipa para uma segunda volta demolidora.
Num plantel extenso e rico, há figuras que se destacam e que moldam a identidade da equipa.
Com a janela de transferências de inverno à porta, os rumores intensificam-se e a estrutura trabalha nos bastidores. O nome que está na boca de todos é o de Rafa Silva. A novela do regresso do filho pródigo, insatisfeito na Turquia, promete animar o mês de janeiro. A vontade do jogador em voltar ao Benfica é um trunfo que Rui Costa tenta jogar, sabendo que Mourinho apreciaria a velocidade do "abre-latas" português.
Com a lesão de Dodi Lukebakio, a necessidade do Benfica em ir ao mercado para a aquisição de dois extremos tornou-se ainda mais premente. Para lá de homens para as alas, José Mourinho já definiu a necessidade de um lateral-esquerdo (pese embora José Neto seja opção) e de mais um avançado.
A estratégia é clara: ajustes cirúrgicos. O plantel tem qualidade, mas precisa de afinações para atacar todas as frentes. O valor de mercado do conjunto mantém uma tendência crescente, fruto da valorização dos seus ativos, e a SAD não quer perder esse comboio.
O mês de dezembro assume particular importância para o Benfica. O dérbi diante do Sporting é apenas o ponto de partida. Os embates diante do Nápoles (Liga dos Campeões), Moreirense, Famalicão, Braga (todos para a Liga Portugal Betclic) e a visita ao reduto do Farense (que pode ditar novo confronto com o Porto) são alguns dos pontos-chave da quadra natalícia encarnado.
A recente vitória no terreno do Nacional, com dois golos perto do final da partida, pode ter sido o ponto de viragem da temporada do Benfica. José Mourinho pretende ‘sobreviver’ até janeiro, para reforçar o plantel com reforços cirúrgicos e trazer a glória de volta ao Estádio da Luz.