Exclusivo Glorioso 1904 - Reforço milionário do Benfica está 'encostado' e já se conhece o motivo

O Porto defrontou e venceu o Gil Vicente fora de casa (0-2), na partida a contar para a segunda jornada do campeonato nacional. César Peixoto, antigo jogador do Benfica, continua no comando dos gilistas e não conseguiu travar o favoritismo dos azuis e brancos. Após a partida, o treinador fez a sua análise ao jogo e saiu satisfeito com o que a equipa foi capaz de produzir.

"Arriscámos tudo, jogámos de igual para igual com o Porto, pressionámos alto. Exibição com caráter da minha equipa, apesar da derrota. Parabéns ao FC Porto pela vitória, não está em questão. Entrei com uma boa equipa e saí com uma grande equipa. Bom jogo, mas não levámos nada infelizmente", começou por dizer.

O Gil Vicente sofreu dois golos mas chegou a criar perigo: "É sempre difícil defrontar Porto, Benfica, Sporting e Braga, mas não nos encolhemos, temos coragem para trabalhar. Fomos uma equipa com ideia bem definida independentemente do resultado. Não fizemos golo, podiamos ter sido mais agressivos. Bom jogo, mas insuficiente. O Porto foi mais eficaz, parabéns para o adversário".

"Sofremos o segundo golo numa fase em que queríamos ser mais agressivos. O 2-0 condicionou-nos em termos de resultado, mas a equipa nunca se desorganizou e não virou a cara à luta. Futebol é isto. Sabemos do que precisamos e vai chegar gente para nos ajudar. Precisamos de extremos, o que me interessa é o espírito de grupo da equipa, a capacidade e coragem que tiveram", sublinhou.

César Peixoto concluiu a sua análise com uma leve critica à equipa de arbitragem, que, na ótica do treinador, não deixou o jogo correr ao ritmo por ele desejado: "O Porto soube jogar com as faltas para quebrar o ritmo de jogo e o árbitro deixou que isso acontecesse. Faz parte. Há que dar os parabéns pela vitória".

O Benfica vai viajar até à Turquia para defrontar o Fenerbahçe na próxima quarta-feira, dia 20 de agosto, numa partida a contar para a primeira mão do play-off de acesso à fase regular da Liga dos Campeões. Vítor Pinto, comentador do canal Now, olhou para a eliminatória e antecipou dificuldades para a equipa de Bruno Lage devido ao ambiente que se está a criar em torno do jogo.

O Fenerbahçe chega ao duelo frente ao Benfica após um empata a zero para o campeonato e uma eliminatória longa frente ao Feyenoord: “Junta-se a ressaca europeia da eliminatória anterior, que deu bastante trabalho ao Fenerbahçe, e soma-se com a antecipação do jogo que aí vem, portanto, é a pressão que exige. Ambas as equipas sabiam que iam passar por isto, os jogadores são humanos e tentam cumprir em serviços mínimos".

"O Benfica garantiu os três pontos com grande dificuldade, o Fenerbahçe não, e José Mourinho estava insatisfeito no final do jogo. Agora, esse jogo transmite muito pouca coisa para o duelo de quarta-feira, o Fenerbahçe vai adotar uma postura diferente, com empenho total, a jogar em casa. E o mesmo aplica-se ao Benfica, porque, a partir do momento em que toca o hino da Liga dos Campeões, e vai ser tocado no play-off, os jogadores respondem imediatamente", sublinhou o jornalista português.

Vítor Pinto pede cautela aos encarnados: "O Benfica a partir do momento em que desembarcar no Aeroporto de Istambul, vai ter que estar muito focado e preparado para uma verdadeira batalha. Têm de pensar um jogo de cada vez, primeiro o Benfica tem de olhar para o que vai acontecer na Turquia para depois ver o que vai fazer na segunda, que será certamente complicada, porque José Mourinho é muito bom a armar teias".

"Vai ser um desafio de alto nível em termos táticos, e sobretudo, já percebemos nos últimos dias, que o Fenerbahçe não vai olhar a meios para eliminar o Benfica no play-off. E vamos ver até onde é que levam essa pressão, até porque o Benfica vai trabalhar na véspera de jogo nas instalações do emblema turca e vai estar exposto a várias situações em que vão criar pressão propositadamente. Vamos esperar que fique tudo dentro da normalidade destes duelos, e não ultrapasse o nível de razoável, porque aquilo que vimos com Akturkoglu, já começa a entrar num nível de sujidade negocial que é completamente antidesportiva", concluiu.

Luís Pedro Sousa comentou a vitória do Benfica frente ao Estrela da Amadora no passado sábado, dia 16 de agosto, a contar para a Liga Portugal. O jornalista desportivo considerou que o Clube da Luz apresenta falta de criatividade no seu jogo, pecando pela inexistência de jogadores que causem desequilíbrios na equipa adversária.

Luís Pedro Sousa: "É um meio-campo que tem músculo, mas não tem cérebro"

“O meio-campo do Benfica é um meio-campo que não tem criatividade. É um meio-campo que tem músculo, mas não tem cérebro, ou tem pouco cérebro. Tem consistência, mas falta desequilíbrio, falta arte, falta magia”, começou por dizer Luís Pedro Sousa no programa ‘Record na Hora’.

De seguida, o chefe de redação do jornal Record comentou a falta de opções no setor criativo e apontou para um caso em específico: “Exatamente porque o Benfica tem três jogadores com essas características e falta-lhe, num caso concreto, o Schjelderup, que ainda tem que queimar muitas etapas para ser um elemento realmente desequilibrador”.

Luís Pedro Sousa: "Há o problema da falta de criativos e nota-se em jogos tais como o do Estrela da Amadora"

No entanto, o também comentador desportivo destacou que, em partidas mais competitivas, as águias destacam-se a nível coletivo: “Há o problema da falta de criativos e nota-se em jogos tais como o do Estrela da Amadora, porque nos jogos mais difíceis em que se calhar é preciso mais combate, isso verificou-se no jogo com o Sporting na Supertaça. O Benfica em termos coletivos, na minha opinião, superiorizou-se ao Sporting”.

Por fim, Luís Pedro Sousa deixou uma dica a Bruno Lage, que optou por lançar dois pontas-de-lança na última partida: “Falta também afinar melhor a dupla de avançados. Se calhar, pelas características dos dois jogadores, é Pavlidis que deve baixar e não Ivanovic”.