Giannis Konstantelias está mais longe do Benfica e a culpa é do Sporting

Rodrigo Mora como reforço do Benfica? Bruno Costa Carvalho defende que Rui Costa devia avançar para a contratação do jovem prodígio do Porto. Lembrar que, nos últimos dias, o atleta tem sido dado quase como certo na Arábia Saudita, num dos maiores rivais do Al Nassr de Cristiano Ronaldo e João Félix. 

Rodrigo Mora no Benfica? Bruno Costa Carvalho: "Solução está à vista"

“Rodrigo Mora é o presente e o futuro. No Dragão já se percebeu: nem com a lesão do Pepê o miúdo foi titular. O Porto não sabe o que tem nas mãos. O Benfica não pode ficar a ver”, começa por escrever Bruno Costa Carvalho, defendendo a entrada em cena dos encarnados para resgatar a pérola do Porto.

Numa altura em que, ao que tudo indica, Rodrigo Mora estará perto de ser reforço do Al-Ittihad, Bruno Costa Carvalho lembra outros casos paradigmáticos do mundo do futebol: “A solução está à vista: chegar a acordo com o jogador e pagar a cláusula de 70 milhões. Sim, 70 milhões, como o Real Madrid fez com o Barcelona quando levou Luís Figo. Uma jogada que mudou a história”.

Bruno Costa Carvalho deixa apelo a Rui Costa: "É agora que se mostra o peso do Benfica"

“Há formas de o fazer: acordo com um banco e pagar em três anos ou vender um defesa por 50 milhões. O que não pode acontecer é deixar escapar Rodrigo Mora para a Arábia Saudita com esta idade. Isso seria um desperdício brutal de talento”, continua Bruno Costa Costa Carvalho, explicando eventuais formas de o negócio se fazer.

“Rui Costa… é agora. É agora que se fazem as grandes jogadas. É agora que se mostra o peso do Benfica”, finaliza o antigo candidato à Presidência do Benfica. Lembrar que, no final do Porto – Casa Pia, Rodrigo Mora saiu bastante emocionado do relvado, naquilo que pareceu uma clara despedida.

Há 75 anos, estreou-se, de águia ao peito, José Águas, mítico avançado do Sport Lisboa e Benfica. O futebolista, que jogou pelos encarnados por 14 temporadas, de 1950 a 1963, registou o seu primeiro duelo a 25 de agosto de 1950, em Sá da Bandeira (Angola), numa vitória por 7-0, anotando logo um hat-trick.

Numa das míticas digressões do Benfica, pela África, após a conquista da Taça Latina, a equipa técnica orientada pelo inglês Ted Smith reparou num jovem avançado, de 19 anos, que havia chamado a atenção pelo instinto matador e facilidade de marcar golos de cabeça. José Águas, ainda miúdo, bisou numa vitória da seleção do Lobito (Angola) frente aos encarnados. 

Após esse jogo, Ted Smith pediu que José Águas passasse no hotel para conversar com o, até então, treinador do Benfica. Segundo a história, o Porto ainda o tentou desviar para a Invicta com um telefonema. "Amanhã respondo", terá dito o avançado, desligando de seguida. Chegou a Lisboa no dia 18 de setembro de 1950 para dar início a uma carreira brilhante.

Pelo Benfica, José Águas jogou 14 épocas de águia ao peito e ajudou a conquistar seis Campeonatos Nacionais, 7 Taças de Portugal e duas Taças dos Clubes Campeões Europeus. Foi capitão na mítica final de 1961, e levantou o troféu, imagem marcante na mente de todos os benfiquistas, até aos dias de hoje.

José Águas saiu do Benfica em 1963 e terminou a carreira na Áustria. Na Luz, foram 483 golos em 514 jogos (oficiais e amigáveis). Em termos de médias de golos por encontro, a eficácia do avançado português é superada apenas por Eusébio. O 'Grande Capitão' faleceu a 10 de dezembro de 2000, aos 70 anos.

Bruno Lage recebeu vários reforços na presente época, sendo que um deles foi Amar Dedic, que tem sido dono do lado direito da defesa do Benfica até ao momento. A realizar uma boa estreia de águia ao peito, o camisola 17 dos encarnados foi muito elogiado por Carlos Leal, dirigente com vasta experiência no futebol alemão e austríaco.

Carlos Leal: “É uma garantia de intensidade, de coragem e de vontade de ir para cima [do adversário], sem hesitar”

Em entrevista concedida ao jornal O Jogo - onde também já tinha falado sobre Amoura - Carlos Leal começou por falar da intensidade do atleta: “É uma marca dele, que ganhou na Red Bull, é a marca do grupo. É uma garantia de intensidade, de coragem e de vontade de ir para cima [do adversário], sem hesitar. É um estilo que ele aprendeu desde que chegou ao RB Salzburgo”.

No emblema austríaco desde os seus 14 anos, Dedic foi desde cedo ensinado a ter uma abordagem mais direta ao jogo, como o dirigente português explicou ao diário desportivo: “Não é um jogador, como aprendeu no RB Salzburgo, para andar às voltinhas, eles não gostam disso, é de intensidade muito elevada”.

Carlos Leal: “Procura que cada movimento, cada ação, tenha impacto e faça mexer o adversário”

Contudo, não ficou por aqui e assumiu que com Dedic, o Benfica vai sempre contar com um atleta que vai dar tudo em campo: “Com ele é sempre a dar, à procura da profundidade, mesmo sem bola. Um lateral assim, capaz de desequilibrar um jogo, seja a ir para a linha ou para zonas interiores, é muito importante, às vezes nas alas é onde há mais espaço, cada vez mais o campo está a ficar apertado”.

“Procura que cada movimento, cada ação, tenha impacto e faça mexer o adversário, nem que seja para abrir espaços para os colegas, o objetivo é obrigar o adversário a tomar uma decisão e a partir daí explorá-la”, acrescentou por fim Carlos Leal, em conversa com O Jogo.