Bernardo Alegra
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24 Mai 2025 | 07:05

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Bernardo Alegra

É por isso também fulcral para a forma como entramos na próxima época: ou com uma equipa, treinador e adeptos renovados em confiança e capazes


É um lugar-comum dizer um Benfica vs Sporting é muito mais que um jogo, mas poucas vezes foi tão verdade como o que se joga no próximo domingo, no nono confronto na final da Taça de Portugal entre os maiores emblemas de Lisboa.


E é-o por uma série de razões, sejam elas históricas ou desportivas.


Para muitos adeptos é mesmo o jogo mais importante do ano e isso tem, ao longo dos anos, contagiado os jogadores para inúmeros duelos épicos.

É também a primeira final entre os dois depois da tristemente célebre final que aqui lembrei e que para sempre nos envergonhará.

É ainda o jogo que poderá dar ao Sporting uma quase inédita dobradinha e ao Benfica apenas a quinta taça dos últimos 30 anos, que não ganha há oito.

Mas para o Benfica é também um jogo definidor de mais uma época recheada de ilusões e desilusões, em que entregámos a vitória da liga ao nosso adversário de domingo e mais uma vez provámos que ser o mais endinheirado está longe de ser sinónimo de competência.

Uma vitória pode disfarçar o insucesso e dar a Lage um novo fôlego e alguma tranquilidade para começar a próxima época. Já uma derrota lança-o para uma fogueira que Rui Costa promete deixar arder em lume brando, já que já se comprometeu, em declarações recentes, que Lage começará (curiosa escolha de verbo) a próxima época.

É também um jogo fundamental para definir o estado de espírito com que equipa e treinador vão disputar o mais insano de todos os torneios alguma vez realizados, o mundial de clubes, um torneio muito mais importante para a reputação do clube do que para as suas finanças, uma vez que o prometido jackpot afinal vale pouco mais do que a proverbial venda de um qualquer jogador e porque aumenta muitíssimo a probabilidade de o Benfica se apresentar fora de forma na importantíssima eliminatória de acesso à Liga dos Campeões (que, relembro, vamos disputar porque entregámos o título ao nosso adversário de domingo).

É por isso também fulcral para a forma como entramos na próxima época: ou com uma equipa, treinador e adeptos renovados em confiança e capazes de enfrentar com sucesso os enormes desafios que teremos no arranque, ou com o seu exato contrário.

Finalmente é o jogo decisivo para Rui Costa: uma derrota é a confirmação de um projeto completamente falhado, com três competições em seis anos (não que quatro seja muito melhor) e que ao enorme insucesso desportivo corresponde um não menos retumbante falhanço financeiro (como se não andassem de mãos dadas e o caminho mais fácil para o segundo não fosse o primeiro e não o inverso).

Diz-se hoje que Rui Costa equaciona não se candidatar às eleições de outubro próximo. Se uma vitória domingo o poderá fazer repensar (e provavelmente reunir apoios), uma derrota deixa-o ainda mais isolado e a caminho de uma saída de sendeiro (ironicamente empurrado pelo leão) de um dos mais amados jogadores benfiquistas dos últimos 30 anos.

Acabando como comecei, com um cliché, o futebol é a mais importante das coisas menos importantes da vida. E este jogo é o mais importante, mas não apenas porque é o próximo, ou um Benfica vs Sporting.

Espero que estejamos à altura do momento e domingo estejamos a festejar a vigésima sétima, na ressaca do 39 que não fomos capazes de conquistar.

Como tantas vezes no nosso Glorioso passado, AGIGANTEM-SE!

Viva o Benfica!


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Bernardo Alegra
Bernardo Alegra

24 Mai 2025 | 07:05

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Muito mais que um jogo

É por isso também fulcral para a forma como entramos na próxima época: ou com uma equipa, treinador e adeptos renovados em confiança e capazes

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Bernardo Alegra
Bernardo Alegra

Muito mais que um jogo

É por isso também fulcral para a forma como entramos na próxima época: ou com uma equipa, treinador e adeptos renovados em confiança e capazes

24 Mai 2025 | 07:05

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Tozé Santos e Sá
Tozé Santos e Sá

Apontamento - Vermelho e Branco - A costumeira conversa da treta

Durante a minha militância Benfiquista nunca disse, publicamente, mal de um jogador ou treinador. A exceção foi, é, Bruno Lage.

23 Mai 2025 | 06:00

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Nuno Campilho
Nuno Campilho

Buraco…ou dar um passo em frente à beira do precipício

Parece que o Benfica se enfiou num buraco, assim a modos que cheio de pedras, perdido no meio da Pedreira, onde, mais uma vez, só a vitória interessava

21 Mai 2025 | 17:28

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