
To Big to Fail
Sem dúvida que os resultados mais recentes não têm estado à altura das expetativas dos adeptos nem da história gloriosa do clube
28 Mai 2025 | 06:00
Sem dúvida que os resultados mais recentes não têm estado à altura das expetativas dos adeptos nem da história gloriosa do clube
… ou Grande demais para Falir, é um livro de Andrew Ross Sorkin, que também deu origem a um filme, com o mesmo título e que se baseia na crise económica de 2008.
A crise económica não é para aqui chamada, mas o título já é, se todos pusermos a mão na consciência e percebermos de que clube estamos a falar, quando enchemos a boca de impropérios para caracterizar o Benfica.
O Benfica é a maior instituição desportiva nacional e uma das maiores da Europa e do Mundo! Logo aí se percebe de imediato, a analogia… é demasiado grande para falir, ou cair, por muito que alguns tentem e, se há vergonha no momento, não é pelos resultados desportivos, é pela sonegação da verdade desportiva, e pelas intervenções acéfalas que são expectáveis vindas dos nossos adversários, mas que são só estúpidas quando vindas de dentro, dos nossos. Estupidez essa que só encontra paralelo na estupidez e na paragem cerebral coletiva que originou a grande penalidade que dá o empate ao Sporting, na final da Taça de Portugal, a um minuto do fim do jogo.
Todos (pelo menos aqueles que se prezam e se dão ao respeito) vivemos um momento desportivo marcado pela frustração, pela desilusão e pelo protesto. Sem dúvida que os resultados mais recentes não têm estado à altura das expetativas dos adeptos nem da história gloriosa do clube. Ainda assim, é crucial distinguir entre o que são ciclos desportivos — por mais negativos que sejam — e a verdadeira essência de uma instituição centenária, com raízes profundas no desporto português e plena de reconhecimento internacional. A grandeza do Benfica não se mede apenas por vitórias no presente; mede-se pela sua história, pelos seus valores e pela paixão incansável dos milhões de benfiquistas espalhados pelo mundo.
O Benfica é mais do que um clube e do que um saco de pancada para descarregar frustrações que aparentam ter origem em perturbações do foro mental. E, esse problema – dado que o nosso presidente não é médico – só pode ser resolvido noutro local, onde profissionais habilitados para o efeito possam tentar salvar essas mentes obnubiladas. O Benfica é uma identidade, é uma forma de estar na vida, é um símbolo de resistência, de trabalho e de glória. Esta grandeza não desaparece, nem pode ser posta em causa, porque a bola bate no poste ou porque um resultado não é favorável. A história do Benfica é feita de superação, e é precisamente nos momentos mais difíceis que o clube e os seus adeptos demonstram a sua fibra única (e não é com tochas, ou com posturas infames, desrespeitadoras e insultuosas para com os responsáveis do clube, como se de indigentes se tratassem).
Como é que alguns parecem tão ágeis, hábeis e corajosos atrás de um teclado, ou de uma câmara de televisão e de um microfone, ávidos no e do dislate, e são incapazes de analisar o estado atual do Benfica sem referir o fator que tem, ano após ano, manchado a verdade desportiva em Portugal: os sucessivos, gritantes e muitas vezes incompreensíveis erros de arbitragem (incompreensíveis… bem… talvez não). O futebol português vive mergulhado num clima de desconfiança crescente, alimentado por decisões que não apenas prejudicam o Benfica, mas colocam em causa a integridade da competição.
São penáltis não assinalados, são penáltis por rasteiras com a cabeça, são golos anulados pela deteção de faltas inexistentes, são jogadores adversários que não são expulsos por mais faltas graves que façam, são foras de jogo mal tirados, são faltas inexistentes transformadas em oportunidades de golo para os adversários — e tudo isto sob o olhar de um VAR que deveria existir precisamente para evitar esse tipo de escândalos. O que se vive não é um simples “choradinho”, como muitos tentam caricaturar. Trata-se de uma realidade documentada, repetitiva e cada vez mais difícil de ignorar. Quando os erros deixam de ser pontuais e passam a ser estruturais, o problema deixa de ser o acaso e passa a ser sistémico.
Não se exige tratamento de favor, nem nunca se exigiu, exige-se igualdade. Foi, desde sempre, essa a postura da direção, com as inúmeras e patetas críticas a que foi sujeita e que desembocou num recente comunicado, cujas posições, firmes, ainda assim, também tenho de o admitir, só pecam por tardias. Eu ainda acrescentaria a indisponibilidade para ceder jogadores/as para as seleções nacionais, o que, sendo algo do foro do direito individual de cada um/a, poderia levar a uma ação concertada de solidariedade por parte desses/as atletas, na renúncia pontual a representar as seleções nacionais de futebol. O Benfica, como qualquer outro clube, tem direito a competir em pé de igualdade, num campeonato em que a verdade desportiva seja respeitada e protegida. É esse o princípio base de qualquer competição saudável. O silêncio institucional de quem tutela o futebol em Portugal, nas suas mais diversas instâncias, é de uma desfaçatez que deveria ser motivo de vergonha por parte de quem o pratica. É-lhes igual, pois, à falta de melhores argumentos (a incompetência é tão visível, que até dói), nivela-se por baixo, tentado empurrar e esmagar o Benfica para o nível mais baixo do qual os seus principais adversários nunca conseguirão sair.
Apesar dos tempos difíceis, a identidade do Benfica tem de se manter intacta. Mas só de dentro pode sair essa lufada de ar fresco capaz de combater a podridão fétida de quem nos subjuga e espezinha de fora. Não esperam por decisões ou por tomadas de posição de quem sempre nos prejudicou e que, agora, até goza connosco à vista desarmada. É que já nem vergonha existe para esconder a mão, é, mesmo, à descarada. Como disse, recentemente, um insuspeito comentador, a arbitragem de Luís Godinho na final da Taça de Portugal foi “um desastre em andamento”.
A grandeza do Benfica é intemporal e incorruptível, transcende o presente e projeta-se para o futuro, porque está enraizada em mais de um século de história, de luta e de conquistas. Resta saber se o futebol português conseguirá, alguma vez, libertar-se das amarras da desconfiança e oferecer, a todos os clubes, um palco onde a verdade desportiva não seja uma miragem, mas uma realidade. Até lá, o Benfica continua – como sempre – a lutar. E compete-nos a nós, sócios, adeptos, ou meros simpatizantes, lutar com ele, a seu lado. Se formos engrossar a matilha de detratores, não somos melhores que eles e só estaremos a contribuir para destruir o nosso grande amor, que eu tenho a certeza que ainda resiste na paixão arreigada de todos, mesmo daqueles para quem a raiva e a revolta os terá feito, momentaneamente, “mijar fora do penico”.
“E Pluribus Unum” – de muitos, um só. Porque o Benfica é de todos. E nunca será de poucos. Não queiram ser menores, porque isso não tem cabimento no Maior de Portugal.
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