Ruben Amorim aborda futuro no Manchester United: "Não sou esse tipo"

Octávio Machado concedeu uma entrevista ao Correio da Manhã, onde revelou tudo sobre o processo que ditou o seu despedimento do Porto, em 2001, onde foi substituído por José Mourinho, que pouco tempo antes, tinha sido despedido do Benfica, de onde seguiu para o Leiria. O antigo treinador português comparou-se a Bruno Lage, explicando que os dois ficaram numa situação semelhante. O técnico do Benfica também falou da sua carreira recentemente.

"Agora, com o Mourinho no Benfica, e sobretudo a forma como aconteceu, rebobinei tudo. A maneira como fui cozinhado em banho Mourinho. Fiquei triste pelo Bruno Lage e com a resposta que lhe deram: “Ele que faça o luto, que eu também fiz muita vez”. Isso não se diz. Revoltou-me. Eu passei por aquilo", começou por explicar Octávio Machado.

Prosseguiu, com alguns detalhes sobre o sucedido: "Na altura já tinha o [Benny] McCarthy chegado ao Porto. Houve um jogo organizado no dia a seguir ao aniversário de Pinto da Costa, e foi-me dito que ele estava selecionado para a seleção de África do Sul e ficaríamos sem ele durante algum tempo. Havia a hipótese do Iván Kaviedes. Disse-lhes que não conhecia o jogador e ia tentar: Ganhámos 4-1. Mas, no regresso, recebo uma mensagem: 'Ganhaste o jogo, mas perdeste o lugar'".

"No aniversário de Pinto da Costa e depois de terem saído todos os convidados foi celebrado o acordo da minha substituição. Havia uma pessoa dentro de um carro à espera todos saíssem, para entrar: José Mourinho", atirou, de seguida, concluindo sobre o dia em que perdeu o lugar para o atual treinador do Benfica.

Octávio Machado falou, ainda, com maior detalhe, sobre a sua saída do Porto, bem como sobre esse processo se deu, e sobre os últimos tempos que passou no clube azul e branco. No final, confessa não conhecer José Mourinho, apesar de ter sido colega de equipa do seu pai, na Seleção nacional.

José Mourinho revelou que está a tentar disfrutar mais das vitórias, algo que durante algum tempo não conseguiu fazer. O treinador do Benfica concedeu uma entrevista aos canais oficiais da UEFA, em virtude do seu regresso ao estádio do Chelsea, e aproveitou para fazer uma reflexão sobre a sua carreira.

Depois de explicar que não considera o percurso no Fenerbahçe como um 'setback' na carreira, falou do sucesso que já alcançou como treinador: "A história é intocável, mas não faz parte do meu quotidiano, não faz parte do meu dia a dia, não faz parte do meu presente, não faz parte do meu futuro, completamente. Aquilo que eu sou hoje é aquilo que eu sou hoje, e não aquilo que eu fiz no passado. Eu sou julgado por aquilo que faço hoje, a minha motivação é aquilo que eu faço e aquilo que eu quero fazer, não é aquilo que eu fiz. Eu não tenho muito tempo de refletir, nem quero refletir".

"Talvez um dia tenha tempo para o fazer, agora não tenho tempo, nem faz parte da minha mentalidade. Eu digo sempre 'podem roubar-me tudo, mas a história que eu fiz ninguém ma poderá roubar'. Mas já está. Quando tu estás no ativo, quando tu trabalhas, quando tu tens ambições, aquilo que foi feito não conta. Eu não acredito que os grandes jogadores que ainda jogam, ou até ao final da carreira deles, pensem muito naquilo que eram, naquilo que tinham feito. Depois de deixarem de jogar, aí, sim", atirou, de seguida, José Mourinho.

José Mourinho falou, depois, de algumas mudanças na sua mentalidade: "Nós às vezes não não desfrutamos tanto daquilo que conseguimos quanto deveríamos, mas depois continuamos a sofrer tanto com os setbacks, com as coisas que não se faz... No outro dia, mesmo em conversa com o meu staff, eu dizia temos de começar... não de um modo louco, como é óbvio, mas temos de desfrutar um pouco mais das coisas boas, porque depois, quando as coisas más acontecem, não há maneira de escapar".

"Agarram-nos, o insucesso agarra-nos e não nos deixa fugir. Somos obrigados a dormir mal depois do jogo que perdemos, somos obrigados a acordar mal no dia seguinte, somos obrigados a querer estar isolados e a não contactar com as pessoas. Disso, nós não conseguimos fugir. Se não conseguimos fugir disso, quando as coisas correm bem, temos de desfrutar um bocadinho mais, isso, sim. A vida de jogador e de treinador é a melhor vida do mundo até ao jogo. Depois, o jogo é, digamos, o êxtase. E depois do jogo vem a alegria da vitória, a frustração da derrota", atirou, a terminar, o treinador do Benfica.

Nicolás Otamendi não precisou de muitas palavras para comentar a última vitória do Benfica, frente ao Gil Vicente, na sétima jornada da Liga Portugal Betclic. O capitão encarnado publicou uma imagem desse encontro nas redes sociais, e destacou, apenas, os três pontos conquistados, e o próximo jogo, a contar para a Liga dos Campeões.

Quem se voltou a demonstrar muito atento à vida do Benfica foi Di María. O extremo argentino, deixou um comentário na publicação de Nicolás Otamendi, que lia "Claro, ‘capi’. É continuar". Relembrar que o campeão do mundo já tinha deixado um 'recado' para Bruno Lage aquando o seu despedimento.

Houve, ainda, mais jogadores do Benfica a utilizar as redes sociais para deixarem um apontamento sobre a vitória com o Gil Vicente. Trubin também publicou uma imagem na rede social Instragram, que mereceu, inclusivamente, um comentário de Sudakov, que lia "Muro".

Relembrar que Trubin assinou uma grande exibição frente ao Gil Vicente, com alguns números recorde: o guarda-redes ucraniano fez um total de sete defesas nesse encontro, o número máximo na sua carreira desde que chegou ao emblema encarnado.

O Benfica conquistou os três pontos referentes à partida com o Gil Vicente, depois de uma vitória suada por 2-1. O próximo desafio das águias é já na terça-feira, dia 30 de setembro. As águias deslocam-se a Londres, para defrontar o Chelsea na segunda jornada da fase liga da Liga dos Campeões.