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Pedro Henriques defende que Gianluca Prestianni sofreu falta no livre que originou primeiro golo do Benfica diante do Farense. Na análise à atuação de Hélder Malheiro, o antigo árbitro ressalva, porém, que o juiz esteve mal ao não exibir o cartão vermelho a Franco Romero por falta sobre Franjo Ivanovic, concordando com Marco Ferreira.

"Não obstante Prestianni se ter agarrado à cara, onde não sofreu contacto, há infração no lance"

“Não obstante Prestianni se ter agarrado à cara, onde não sofreu contacto, há infração no lance que originou o pontapé livre do qual nasce o golo. O defesa estica o seu braço direito e toca no braço esquerdo, impedindo assim a rotação do argentino”, afirma Pedro Henriques, esclarecendo que a decisão da equipa de arbitragem em assinalar falta foi a mais correta.

Sobre o castigo máximo, a opinião foi favorável ao juiz da partida: “O árbitro bem, de frente para o lance, assinalou de forma correta o castigo máximo, Lucas D`Agrella não pára o seu movimento e acaba por tocar e rasteirar as pernas de Andreas Schjelderup numa abordagem e entrada imprudente”.

"Árbitro errou na decisão e o vídeoárbitro tinha razão"

Já no capítulo disciplinar, Pedro Henriques apontou um erro grave: “A infração de Franco Romero sobre Franjo Ivanovic existiu e foi fora da área. O árbitro errou na decisão e o vídeoárbitro tinha razão. Clara oportunidade de golo que foi anulada e que deveria ter sido penalizada com cartão vermelho”.

Por fim, o especialista validou a anulação do tento farense: “Foi o VAR que chamou o árbitro para anular o golo dos algarvios, pois, de forma evidente e ostensiva, Geovanny, com o braço esquerdo, empurra António Silva quando este ia saltar, ficando, desta forma, fora do lance e na impossibilidade de intercetar o esférico”.

O Sport Lisboa e Benfica já estipulou o valor financeiro exato exigido para aceitar a transferência de Gianluca Prestianni - que foi a jogo diante do Farense - em janeiro. Segundo as informações veiculadas pelo jornalista argentino Renzo Pantich, a administração encarnada pede 8,5 milhões de euros para libertar o ativo. O River Plate perfila-se, nesta fase, como o principal interessado em garantir o regresso do jovem talento.

Vontade de Prestianni obriga Benfica a negociar

As conversações entre os emblemas já arrancaram, mas o contacto inaugural esbarrou na intransigência das águias, que recusaram a primeira abordagem formal. Apesar de os montantes dessa oferta inicial não terem sido divulgados, o histórico clube de Buenos Aires promete insistir.

A vontade pessoal do atleta poderá revelar-se um fator determinante para desbloquear o impasse nas negociações. O avançado vê com muito bons olhos o regresso imediato à Argentina, o seu país de origem. O objetivo do jogador passa por recuperar a alegria e a regularidade competitiva num contexto que lhe é familiar.

Venda de Prestianni dita ida ao mercado

Se a venda for confirmada nas próximas semanas, a estrutura encarnada terá obrigatoriamente de ir ao mercado. A saída deste elemento cria uma lacuna no setor ofensivo, reforçando a necessidade de contratar outros extremos. Importa lembrar que Dodi Lukebakio só voltará ao ativo no final de fevereiro.

Na presente temporada, o talento sul-americano - avaliado em 8 milhões de euros - tem lutado para justificar a aposta, somando minutos nas diversas competições nacionais e europeias. Até à data, Gianluca Prestianni contabiliza 18 participações em jogos oficiais pelo Benfica. O seu rendimento traduziu-se, até ao momento, em dois golos marcados e uma assistência para os colegas de equipa.

A prestação da equipa de arbitragem no Farense – Benfica mereceu reparos severos de Marco Ferreira. O antigo juiz internacional analisou o trabalho liderado por Hélder Malheiro, destacando falhas disciplinares evidentes durante os noventa minutos. A classificação final atribuída foi negativa, refletindo decisões que tiveram impacto direto no desenrolar do desafio.

"Amarelo mal exibido após boa intervenção do VAR. Vermelho por exibir"

Sobre uma possível expulsão perdoada aos algarvios, o especialista foi perentório: “Romero rasteira Ivanovic, ainda fora da área, destruindo uma clara oportunidade de golo. O avançado tinha a bola controlada e, caso não fosse rasteirado, ficaria só com o guarda-redes pela frente. Livre direto bem assinalado e amarelo mal exibido após boa intervenção do VAR. Vermelho por exibir”.

Relativamente à grande penalidade favorável aos encarnados, a decisão mereceu concordância total: “Lance na área do Farense com D'Agrella a tentar antecipar-se a Schjelderup, acabando por atingir a perna do avançado, de forma imprudente, provocando a sua queda. Penálti bem assinalado”.

Quanto ao tento invalidado ao Farense, a análise corroborou a infração detetada: “Romero aparece na área e cabeceia para golo após Geovanny empurrar António Silva, com ambos os braços nas costas, desviando o defesa da disputa da bola. Golo bem anulado após intervenção do VAR”.

A avaliação ao desempenho global foi muito baixa, com críticas contundentes: “Nota 2. Ignorou as simulações de Prestianni, beneficiando o infrator, com impacto no jogo. Ignorou a boa intervenção do VAR não punindo uma clara oportunidade de golo com o respetivo vermelho. Decidiu bem no penálti. Bem auxiliado”.