RUI PEDRO BRAZ DÁ TUDO PARA RESGATAR REFORÇOS PEDIDOS POR ROGER SCHMIDT PARA O BENFICA

Depois de oito temporadas com a camisola do Benfica, Rafa Silva está de saída do Clube da Luz, mas há quem possa vir a sair beneficiado com esta situação. Orkun Kokçu, que estava ‘tapado’ pelo antigo internacional português, será uma das grandes apostas de Roger Schmidt para render o avançado de 31 anos.

Os números, de resto, demonstram uma clara subida de rendimento de Orkun Kokçu, quando atua nas costas do ponta de lança. Nos últimos sete jogos, onde somou 459 minutos, o ex-Feyenoord apontou quatro golos (Moreirense, Farense, Arouca e Rio Ave) e fez uma assistência (Braga).

Na deslocação a Vila do Conde, Orkun Kokçu foi escolha de Schmidt para atuar no apoio a Casper Tengstedt e foi mesmo o dinamarquês que assistiu o turco. Aos 32 minutos, o futebolista disparou para o fundo das redes, inaugurando o marcador, numa partida que haveria de terminar empatada a uma bola.

Esta temporada, ao serviço do Benfica, Orkun Kokçu – avaliado em 30 milhões de euros – já participou em 43 encontros: 27 no Campeonato Nacional, cinco na Liga dos Campeões, quatro na Liga Europa, quatro na Taça de Portugal, dois na Taça da Liga e um na Supertaça Cândido de Oliveira.

Ao todo, nos 2.713 minutos que disputou, o internacional turco apontou sete golos e fez 11 assistências. Recorde-se que Orkun Kokçu chegou ao Benfica no início da temporada 2023/24, oriundo do Feyenoord, a troco de uma verba a rondar os 25 milhões de euros, tornando-se a contratação mais cara da história do Clube da Luz.

Andreas Schjelderup e Leandro Barreiro são os dois primeiros reforços do Benfica de Roger Schmidt para a temporada 2024/25. O norueguês, que foi cedido ao Nordsjaelland nesta época, e o luxemburguês, que chega a custo zero oriundo do Mainz, são, assim, as duas novas armas das águias para o ataque ao título.

No caso do jovem de 19 anos, os responsáveis do Benfica estão muito satisfeitos com os desempenhos do extremo no Nordsjaelland, que foi uma das grandes figuras da temporada e está, agora, pronto para regressar ao Clube da Luz e justificar o investimento que nele foi feito (custou 9 milhões de euros).

Por sua vez, a chegada de Leandro Barreiro insere-se numa oportunidade de mercado que o Benfica aproveitou. O atleta, que nas últimas seis épocas atuou na Bundesliga com a camisola do Mainz, é visto como um jogador que pode vir a ser bastante útil a Roger Schmidt em 2024/25.

Esta época, ao serviço do Nordsjaelland, Andreas Schjelderup – avaliado em 9 milhões de euros – está a realizar excelentes exibições, tendo 10 golos e 10 assistências nos 36 encontros em que participou, num total de 2.509 minutos. Na temporada passada, o extremo esteve ao serviço tanto da equipa principal como da secundária, somando sete embates.

Esta temporada, Leandro Barreiro - avaliado em 14 milhões de euros - foi aposta em 33 duelos: 31 na Bundesliga e ainda dois na Copa da Alemanha (DFB Pokal). Nos 2.766 minutos totalizados, o médio luxemburguês apontou quatro golos, contabilizando ainda uma assistência.

Vítor Pinto considera que chegou a hora de Rui Costa tomar decisões importantes no que diz respeito à preparação da próxima temporada do Benfica. Num artigo de opinião no jornal ‘Record’, o subdiretor do diário desportivo perspetiva as próximas eleições do Clube da Luz, com destaque para as posições de Luís Filipe Vieira, Mauro Xavier, Varandas Fernandes e Nuno Gaioso Ribeiro.

“O silêncio estratégico de Rui Costa está a ser interpretado, por quem o quer ver fora do Benfica, como um sintoma de vulnerabilidade. Chega o momento de o Presidente tomar a palavra, tendo de ser assertivo na mensagem, encarando os temas difíceis e desmontando a contestação”, começa por referir Vítor Pinto.

“O eterno Maestro decidiu não ser permeável aos ruídos, externos e até internos, mas pode restar-lhe uma fria solidão, em período pré-eleitoral, caso Roger Schmidt não corresponda à confiança que lhe foi depositada”, atira o subdiretor do jornal ‘Record’.

“Luís Filipe Vieira está a movimentar-se na sombra para encontrar um candidato, evidenciando que nunca se conformou com a destituição forçada do Benfica, em julho de 2021. Assentada a poeira, o que resta três anos volvidos é a inexistência, sequer, de acusação no processo que levou à saída do Clube. Além dos indícios da auditoria, promovida pelo Benfica, mas nunca revelada, de que não foram encontradas quaisquer irregularidades em transferências de jogadores”, escreve Vítor Pinto.

“Figuras como Mauro Xavier, Varandas Fernandes ou Nuno Gaioso Ribeiro procuram espaço na corrida eleitoral até outubro de 2025. Há ainda margem para um nome alternativo, na linha de Noronha Lopes”, finaliza.