Apesar do momento conturbado, Rui Costa tem boas notícias sobre ações do Benfica

Isaac Nader sagrou-se campeão do mundo dos 1.500 metros, nos Mundiais de Atletismo, que decorrem em Tóquio, capital do Japão. O atleta do Benfica escreveu uma das mais bonitas histórias do desporto português, esta quarta-feira, dia 17 de setembro.

Segundo escreve o jornal Record, o atleta que já recebeu várias distinções ao longo da carreira, protagonizou uma reta final de prova de forma espetacular, que o conduziu à conquista do tão ambicionado ouro. Nos metros finais, o atleta do Benfica vindo da parte mais larga da pista, ultrapassou vários adversários para cortar a meta em primeiro lugar.

Para alcançar o pódio, Isaac Nader, especialista em corrida de média e longa distância, teve de completar o percurso em cerca de 3:34,10 minutos, ficando à frente do britânico Jake Wightman, que cortou a meta à passagem aos 3:34,12 e do queniano Reynold Cheruyot, que fez a marca de 3:34,25.

A conquista de Isaac Nader representou a primeira medalha para Portugal na presente edição dos Campeonatos do Mundo, que estão a decorrer em Tóquio. Durante o dia de ontem, a sua esposa, Salomé Afonso, também especialista nos 1.500 metros, ficou em 12.º lugar na final feminina.

É também a quarta medalha portuguesa nos 1.500 metros em Mundiais, depois das duas de Carla Sacramento, ouro em Atenas'1997 e bronze em Gotemburgo'1995, e da de bronze de Rui Silva, em Helsínquia'2005, mais uma prova do grande feito do atleta do Benfica.

João Diogo Manteigas - que concedeu uma entrevista recentemente - deixou um apelo concreto a Rui Costa, assumindo que o atual Presidente do Benfica tem de assumir as responsabilidades do momento que o clube atravessa. O advogado de 43 anos frisa que o Glorioso não pode continuar refém de 'decisões precipitadas'.

João Diogo Manteigas: "Chegou o momento de olharmos de frente para a realidade e de Rui Costa assumir as suas responsabilidades"

Num comunicado partilhado pela página oficial de campanha, na plataforma X, antigo Twitter, João Diogo Manteigas começa por deixar um apelo ao seu adversário eleitoral: "Chegou o momento de olharmos de frente para a realidade e de Rui Costa assumir as suas responsabilidades".

"O Sport Lisboa e Benfica é uma entidade supra centenária de vitória e glórias, não pode continuar refém de decisões precipitadase de uma gestão que não corresponde às expectativas dos seus Sócios e adeptos", acrescentou o candidato às eleições, visando uma vez mais a Direção vermelha e branca.

João Diogo Manteigas: "Não arriscar cometer mais um. não comprometendo o Clube com contratos a um mês do fim do seu mandato"

Indo mais longe, a candidatura do advogado de 43 anos reforça que a atual estrutura deve assumir o insucesso dos últimos quatro anos; "A Direção deve ser forçada a reconhecer que os resultados deste seu mandato não espelham a grandeza do nosso Clube".

Por fim, o candidato volta a frisar que o Presidente deve dar o exemplo: "Rui Costa deve assumir a responsabilidades destes seus sucessivos erros e não arriscar cometer mais um. não comprometendo o Clube com contratos a um mês do fim do seu mandato".

Confira aqui a publicação de João Diogo Manteigas:

João Duarte, professor da NOVA SBE, considera que o lucro apresentado pela Benfica SAD no último exercício não significa que a situação financeira das águias seja positiva. Num artigo de opinião, o reputado economista alerta para o peso de receitas extraordinárias (Mundial de Clubes), bem como para o forte investimento feito no início da temporada 2025/26, que vai passar fatura. 

João Duarte: "Dão uma pica imediata, deixam tudo mais doce no curto prazo, mas trazem consigo o risco do inevitável sugar crash"

No seu texto de opinião, publicado na edição desta quarta-feira, no jornal A Bola, o professor da NOVA SBE revela a verdadeira natureza dos lucros apresentados pelas águias: "À primeira vista, parece um sinal inequívoco de recuperação. Mas uma análise mais cuidada mostra outra realidade: estas contas funcionam como o açúcar. Dão uma pica imediata, deixam tudo mais doce no curto prazo, mas trazem consigo o risco do inevitável sugar crash".

De seguida, João Duarte alerta que os lucros não estão totalmente relacionados com a gestão de Rui Costa e restante estrutura: "O lucro não nasceu de uma gestão mais eficiente. Resultou de dois fatores extraordinários: a participação no Mundial de Clubes, que acrescentou 22,5 milhões em receitas (17,1 milhões líquidos), e a venda de João Neves, o maior talento da formação, por quase 60 milhões. O resultado foi positivo, sim, mas assente em eventos que não se repetem todos os anos".

João Duarte: "O risco maior está em 2025/26. Logo em julho, após fecho do exercício, o Benfica comprometeu-se com mais de 100 milhões em aquisições obrigatórias"

Sobre as contas da presente temporada, o economista avisa que as águias começaram no vermelho: "O risco maior está em 2025/26. Logo em julho, após fecho do exercício, o Benfica comprometeu-se com mais de 100 milhões em aquisições obrigatórias (Ríos, Ivanovic, Lukebakio, Barrenechea e Sudakov). Nas contas, isto significa 17–20 milhões adicionais por ano em amortizações. Houve também vendas relevantes — Álvaro Carreras, Kerem Akturkoglu e Arthur Cabral — que ajudam a compensar, mas o saldo líquido de julho é negativo".

"As contas de 2024/25 mostram lucros. Mas lucros com açúcar a mais. O clube não pode perder-se no entusiasmo do sabor doce inicial, esquecendo que a seguir pode vir o sugar crash. Se quer ambicionar — e bem — voltar a olhar de frente para os grandes da Europa, precisa de uma base sólida que não dependa do imediato, mas que sustente o futuro", finalizou João Duarte.