Após uma temporada como treinador da equipa de sub-23 do Benfica, Paulo Lopes abandonou as águias e Vítor Vinha foi eleito como novo técnico. Na última época, o novo timoneiro das águias esteve ao serviço do Rio Ave, como treinador-adjunto e embarca agora na primeira experiência como técnico principal.
"Sou defensor do futebol bonito, ofensivo, de ataque. Como jogador, queria qualidade, queria ter a bola, queria que a minha equipa jogasse… Como treinador, mantenho estes princípios de um futebol bonito. Se puder escolher, será sempre ao ataque! Marcar, sofrer o menos possível, recuperar a bola rápido para voltar a atacar. Vou gostar que a minha equipa queira a bola, que tenha prazer em ter a bola, sem medo. Quando o carrossel está a andar, o jogador tem muito prazer em treinar e jogar", afirmou ao Record ainda em 2018.
Ângelo Menezes, defesa-central do Rio Ave, também falou um pouco do técnico: "Não sabia que ele queria a tão curto prazo prosseguir sozinho, como treinador principal, mas das conversas que tínhamos, sempre me pareceu aquele tipo de treinador que um dia, quando assumisse uma equipa, que iria ser claramente para montar uma equipa ofensiva, a jogar como uma equipa grande".
"Uma equipa que gostasse de ter bola, que fosse pressionante, que assumisse o jogo. Sempre foi esse o tipo de estilo de jogo que ele me disse que gostava. Sempre que falávamos, referia-me isso. Queria esse tipo de equipas, que gostassem de ter a bola e que não tivessem medo de a ter, que fossem pressionantes, que recuperassem a bola em zonas ofensivas. Por isso, enquanto treinador, acredito que agora é esse tipo de jogo que ele vai querer implementar", acrescentou.
"É muito boa gente, gostei muito de trabalhar com ele. Tínhamos uma excelente relação e depois ainda falámos algumas vezes. Como pessoa é excelente. Gostava muito da forma como desempenhava a função de adjunto e por ter sido jogador profissional, tinha esse conhecimento do lado do jogador. Tinha essa consciência, sabia aquilo que nós sentíamos por não jogarmos, por não termos tanta utilização. E, por isso, ele tinha essa parte de comunicar, chegava perto, falava, aconselhava. Era mesmo top e ajudou muito o míster Luís Freire nesse aspeto", continuou o defensor.
"A maior referência será Guardiola, pela ideia de jogo, pelo que conseguiu, pelo futebol bonito", atirou, elogiando ainda "o pragmatismo de Mourinho e a paixão de Klopp e sua forma de jogar. Porque o futebol será sempre para quem ganha, gostaria de misturar um pouco de todos estes exemplos para tomar a melhor decisão, ter o melhor discurso na hora da verdade… e vencer", terminou Ângelo Menezes sobre o novo treinador do Benfica.
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