Colega de Schjelderup comenta caso do extremo do Benfica: "É muito claro"

Registaram-se mais de 70 feridos no Angola - Argentina, jogo que decorreu na última sexta-feira, dia 15 de novembro. O encontro, que marcou a estreia de Prestianni na Seleção albiceleste, terminou em tragédia, devido a confrontos entre adeptos e polícia.

O Angola - Argentina foi um dos eventos incluídos nas celebrações dos 50 anos da independência do país angolano. No entanto, nem tudo correu bem. Para começar, registar pelo menos 23 feridos, devido às enchentes de pessoas que se verificaram junto às portas da entrada do estádio onde decorreu o encontro. Juntam-se, ainda, 47 adeptos que se sentiram mal, devido à sobrelotação nas imediações do reduto.

Para além desta situação, há, ainda, a registar situações de confronto entre polícia e adeptos, fora do estádio. Muitas pessoas foram impedidas de entrar no reduto, por carregarem objetos considerados perigosos, como chinelos, pastas ou bonés. A decisão levou a muita contestação, o que terminou com o embate com as forças de autoridade presentes no local.

O jogo entre Angola e Argentina ficou ainda marcado por outra polémica, denunciada pelo ex Benfica Akwá, que se prendeu com a ausências de antigos jogadores da seleção africana: "Há uma associação dos ex-internacionais, liderada por Paulo Silva, e o Kali, inclusive, faz parte desta associação. Estranha-me é que o Kali estando na federação, e numa mensagem telefónica, disse que se estava a ver a possibilidade de se fazer chegar os bilhetes aos ex-internacionais".

"Um jogo que já se sabia que aconteceria há mais de três meses. Não estou a ver eu a casar e entregar os convites do meu casamento a faltar um do dia para a festa. Isso é sinal de que não estávamos nos planos da Federação Angolana de Futebol para sermos convidados", criticou o antigo jogador do Benfica, e ex capitão da seleção de Angola.

Bruno Lage questionou alguns comportamentos dos adeptos do Benfica, com especial atenção para as assobiadelas no Estádio da Luz. O antigo treinador das águias esteve na Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, onde falou sobre vários assuntos do seu período no comando técnico das águias.

Um dos temas abordados por Bruno Lage foi o apoio dos adeptos do Benfica: "É altura de o inferno da Luz voltar a ser o inferno da Luz, mas para os nossos adversários. Agora que está eleito Rui Costa, é importante o inferno da Luz voltar. Vou-lhe confessar: os adeptos sabem o que foi o início da época, a equipa atingiu objetivos, venceu a Supertaça, garantiu o acesso à Champions, venceu quatro jogos do campeonato".

"Haver um assobiadela aos 25 minutos do jogo com o Qarabag, no primeiro ataque do adversário, depois de estarmos a vencer por 2-0 e depois daquele jogo com o Santa Clara [1-1] não é normal. Aconteceu agora com o Casa Pia. É o momento de os adeptos perceberem que durante 90 minutos a equipa tem de ter o apoio", atirou Bruno Lage, sobre o ambiente que se vive no Estádio do Benfica.

O ex treinador do Benfica também falou do jogo com o Sporting, que se aproxima: "O dérbi é sempre muito importante, quem está atrás precisa desses pontos. É importante, mas não decisivo (...) Os campeonatos começam quando todos os grandes estão a jogar as competições europeias. Só assim estão nas mesmas condições. Em agosto, as condições de uma equipa que está a jogar as eliminatórias são diferentes. O campeonato começa agora".

Por último, abordou o futuro, sem promessas em relação ao emblema encarnado: "O Benfica foi um capítulo que se fechou e seguimos em frente para o próximo objetivo. Voltar? O que admito é arranjar o projeto certo para continuar a trabalhar".

Serdal Adali, presidente do Besiktas, veio a público, este sábado, clarificar a situação de Rafa no emblema turco. O extremo ex Benfica, que tem sido associado ao Clube da Luz, está a viver uma situação complicada no emblema turco, sobre a qual há, agora, mais detalhes.

"Rafa saiu de campo aos 73 minutos do jogo contra o Basaksehir. O agente dele pediu uma reunião e assim foi. Depois, encontramo-nos com o Rafa e jantámos juntos. Achei que havia um problema com a substituição dele e queríamos resolvê-lo. Trabalhámos bastante para isso. Mas quando conversei com o Rafa, disse que não tinha problemas com ninguém e que queria deixar o futebol", começou por explicar o Presidente do Besiktas.

Serdal Adali prosseguiu, sobre o ex Benfica: "Depois de um tempo, mudou de ideias e disse que queria ir para outro sítio, apresentando argumentos diferentes. Não há necessidade de procurar culpados. Queríamos o Rafa desde o início. Não devíamos nada ao Rafa financeiramente. Ainda temos as mesmas expectativas em relação a ele. Sempre o tratamos com muito cuidado, atendendo a todas as suas necessidades. Foi acolhido como nosso jogador. Como adepto do Besiktas, eu gostaria que um dos meus melhores jogadores saísse?".

"Se ele quiser sair, foi informado de que haveria uma cláusula. O agente do Rafa respondeu: ‘Deixe-me trazer três milhões de euros e deixá-lo sair daqui’. Isto é o Besiktas. Os jogadores não podem ditar as próprias regras aqui. Se um jogador quer sair do Besiktas, o Besiktas define as condições e a decisão final é do Besiktas. O Rafa é um jogador contratado. Ou ele retribui o carinho que lhe é demonstrado imediatamente e cumpre suas obrigações até ao término do contrato ou entrega o contrato e sai. Se ele não aceitar, não poderá ir a lugar nenhum até o fim do contrato. Se necessário, pagamos-lhe e ele ficará aqui. Mas ninguém pode sair simplesmente porque quer sair. Ninguém pode desrespeitar o Besiktas. Se necessário, iremos à FIFA", atirou, de seguida, deixando a ameaça ao ex Benfica.

Serdal Adali terminou, com a garantia de que Rafa vai tomar uma decisão, ainda este sábado, dia 15 de novembro. Quem também esteve presente para explicar a situação foi o treinador do Besiktas: "Na semana do jogo contra o Kasimpasa, a situação chegou a um ponto insustentável. O jogador declarou imediatamente que não treinaria nem jogaria (...) O Rafa é muito importante para nós e a porta ainda está aberta (...) Como posso falar com Rafa Silva? O homem não fala. Ele não se digna a falar. Encontra-se com o presidente. Adora o presidente".