HISTÓRICO: SCHMIDT NO PÓDIO DO BENFICA; PRIMEIRO LUGAR ESTÁ BEM PERTO MAS AINDA HÁ MALDIÇÃO PELO CAMINHO

O Liverpool empatou com o West Ham, este sábado, por duas bolas, no entanto, a polémica instalou-se na equipa do ex-Benfica, Darwin Núñez, quando Mohamed Salah trocou algumas palavras acesas com Jurgen Klopp, ainda durante a partida. 

Já no final, o internacional pelo Egito passou pela zona mista do London Stadium, contudo não quis falar aos jornalistas, tendo apenas reagido à polémica com algumas palavras que estão a ter destaque nas redes sociais. 

"Se eu falar, hoje vai haver fogo", afirmou uma das peças-chave da turma de Jurgen Klopp, que não foi titular, mas foi lançado pelo técnico alemão, tendo trocado algumas palavras com o mesmo na altura em que ia a jogo. 

É de recordar que, tal como o nosso Jornal deu conta, o antigo goleador do Benfica, Darwin Núñez, também, se preparava para entrar, acabando por ser o único a colocar um pouco de água fria na fervura, afastando o colega do treinador (confira mais AQUI). 

Além de Mohamed Salah, Jurgen Klopp também reagiu no final do encontro, ao ser confrontado com o episódio. No entanto, o treinador alemão fechou-se em copas e chutou para canto o assunto (saiba mais AQUI). 

Numa má época com altas expectativas, Diogo Luís no jornal A Bola, escreve a crónica de opinião, na qual explica a frustração dos adeptos com o treinador mas realça que o verdadeiro problema vem de cima, e que Schmidt pode vir a ser mais um bode expiatório da direção do Benfica.

Para Luís, dois fatores contribuíram para a insatisfação dos adeptos, o primeiro é que "parece que Roger Schmidt vive numa realidade paralela, Vê jogos diferentes, dentro e fora do relvado. Onde vê exibições «top», nós vemos exibições sofríveis. Dentro do próprio jogo não consegue ter a capacidade de mexer na equipa quando tal se justifica. Deixa jogadores a arrastarem-se no relvado quando todos percebemos que estão esgotados."

O segundo é a comunicação: "Todos percebemos que RS não tem a capacidade de fazer a diferença através da comunicação, pelo contrário, até cria anticorpos e gera negativismo. Se do lado de fora todos percebemos isto, internamente ninguém consegue compreender este facto?". Perante a noção de que a insatisfação dos adeptos subia, o jornalista pergunta: "será que o silêncio da administração faz parte de uma estratégia para se proteger e deixar o treinador fragilizado perante os adeptos? Ou será que o departamento de comunicação do clube é assim tão incompetente que não percebe que a comunicação entre treinador e adeptos está a fragilizar o clube? As duas questões podem ter uma resposta afirmativa. Em primeiro lugar, porque ninguém quer ficar com as responsabilidades do insucesso e isto demonstra a forma como o clube está a ser gerido, ou seja, no sucesso todos aparecem e tiram fotografias, no insucesso todos tentam passar despercebidos."

"A estratégia de encontrar um culpado já foi utilizada anteriormente, quer com Rui Vitória como com Bruno Lage, Jorge Jesus e agora Roger Schmidt. É uma estratégia de visão curta, porque no limite quem perde é o clube" realça. A sua opinião é que depois dos ataques dos adeptos ao alemão, Rui Costa deveria ter saído logo em sua defesa em vez de esperar mais de 24 horas para o fazer apenas na televisão do seu clube.

O colunista conclui reiterando que para a direção, o melhor é usar Roger Schmidt como bode expiatório: "A solução mais fácil passará pelo despedimento do treinador e falência do projeto desportivo. Aliás, a postura de Rui Costa e dos pares dá-nos essa indicação. Volto a reforçar que ninguém dá três anos de contrato a um treinador, a pagar o que o Benfica paga, sem o conhecer muito bem nos bons e nos maus momentos. Se isto acontecer, será mais um ato que irá ter grande repercussão financeira pela dimensão da indemnização em causa.