Extra: No dia de ontem, 18 de maio, os portugueses voltaram a ser chamados às urnas, para eleger um novo Governo após a queda do executivo de Luís Montenegro, eleito em março de 2024. Quase 12 horas depois da poeira assentar, a AD surgiu novamente vitoriosa, mais reforçada e com o Partido Socialista a apresentar um dos seus piores resultados da sua história partidária.
De forma destacada, a Aliança Democrática, coligação entre o PSD e o CDS, conquistou cerca de 32,1% dos votos, o que se traduziu em 89 mandatos na Assembleia da República. Após ser declarado o grande vencedor da corrida eleitoral, Luís Montenegro deixou uma certeza dos portugueses: “Espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e espírito de convivência na diversidade mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional”.
Um dos maiores choques da noite foi a queda aparatosa do PS e a nova subida do Chega, que igualou o número de deputados que os socialistas, cada um elegeu 58 mandatos. Perante este cenário, Pedro Nuno Santos anunciou a sua saída da liderança dos socialistas: “Pedirei eleições internas às quais não serei candidato”.
Além de Luís Montenegro, André Ventura foi um dos grandes vencedores da noite. Desafiando as sondagens, que davam uma queda na AR, o partido mais à direita surpreendeu e elegeu mais oito deputados do que em 2024. Perante o resultado histórico, o Presidente do Chega exaltou a derrota da esquerda: “O Chega superou o partido de Mário Soares, de António Guterres. O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal. O Chega varreu do mapa o Bloco de Esquerda”.
Na consumação dos resultados nacionais, uma vez que ainda faltam contar os votos do círculo da imigração, que irão atribuir os últimos quatro mandatos, a AD irá ocupar 89 cadeiras no parlamento, mais 12 do que em 2024. O PS tem uma queda histórica e desce dos 78 para 58, os mesmos que o Chega, que subiu desde 2024. A IL sobe um deputado, de 8 para 9. Já o Livre, foi o mais feliz à esquerda, os ecologistas subiram de 4 para 6 deputados. A CDU só elegeu 3 mandatos. Já o BE, apenas elegeu Mariana Mortágua e o PAN mantém o seu lugar na Assembleia. Por fim, mas não menos importante, o JPP, da Madeira, elegeu o seu 1.º deputado para o parlamento nacional.
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