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O Benfica vai disputar a quarta eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Atlético, no estádio do Restelo. As águias já conheciam o adversário da próxima ronda, mas sabem agora que a equipa da casa vai disputar a partida numa casa emprestada, no reduto do Belenenses.

Foi mesmo o emblema de Belém que partilhou a informação. O campo do Atlético, a Tapadinha, não terá as condições necessárias para receber o encontro com o Benfica, para a Taça de Portugal, marcado para dias 21 de novembro, para as 20h30. A solução já está encontrada, e passa pelo histórico estádio do Restelo.

"A Direção do Clube de Futebol “Os Belenenses” informa que chegou a acordo com o Atlético Clube de Portugal para a cedência do Estádio do Restelo com vista à realização do encontro da 4.ª Eliminatória da Taça de Portugal entre o Atlético e o Sport Lisboa e Benfica, a disputar no dia 21 de novembro, pelas 20h30", começaram por escrever os dirigentes da equipa de Belém.

O conjunto do Belenenses prosseguiu: "A realização deste jogo no Estádio do Restelo traduz o reconhecimento das excelentes condições do recinto e da sua crescente afirmação como palco privilegiado para a realização de eventos desportivos e espetáculos de grande dimensão".

"Este acordo, que assegura igualmente um retorno financeiro relevante para o Clube, enquadra-se na estratégia de valorização e rentabilização das infraestruturas do Belenenses, reforçando o papel do Restelo como um ativo estratégico e um símbolo de excelência na cidade de Lisboa", rematou o conjunto azul da capital portuguesa.

Mário Branco nega, por completo, a noção de que tenha traído Bruno Lage, no processo que viu José Mourinho substituir o antigo treinador principal do Benfica. O Diretor geral do futebol encarnado concedeu uma entrevista ao jornal Record, onde abordou toda a história sobre a saída do técnico português do Clube da Luz - também falou dos reforços encarnados, e do atual treinador das águias.

Mário Branco começou por comentar a data  do jogo frente ao Santa Clara: "Eu acho que isso foi um não-assunto. Sinceramente, o Bruno Lage, quando falou sobre a situação, deu a opinião dele. Na altura disse que era um erro metodológico, que eu respeito. É a opinião dele que eu não concordo, mas a verdade é que isso foi uma situação que foi cavalgada de uma forma completamente diferente, nem por mim, nem por Bruno Lage. Foram terceiras pessoas que, no círculo mediático, acabaram por criar um problema que não existia".

"O Bruno Lage, inicialmente, gostava de jogar no sábado. Nós explicámos o porquê de jogar na sexta-feira, porque significa também sermos um clube de princípios (...) E a verdade é que vocês provavelmente se recordam que entre 31 de Agosto e 12 de Setembro, que foi o jogo de Santa Clara, nunca ninguém falou na marcação do jogo de Santa Clara", explicou, de seguida, Mário Branco.

O Diretor de futebol do Benfica acrescentou, ainda: "Depois, criou-se aquela narrativa, com a saída do treinador anterior e a chegada do José Mourinho, que o Mário Banco eventualmente tinha tido esta ideia maquiavélica de não marcar o jogo para sábado e sim na sexta, para prejudicar quem quer que seja, e isso obviamente não faz sentido. É apenas desonestidade intelectual das pessoas que falaram nisso, que não o Bruno Lage".

Por fim, comentou a noção de uma 'traição' a Bruno Lage, e a relação atual dos dois: "Salvo erro essa expressão veio de uma pessoa, que não sei se dá assessoria ao Bruno Lage ou se tem algum tipo de avença com o Bruno Lage, que disse isso diretamente (...) importa-me a minha consciência profissional. E a verdade é que traição não é uma palavra que faça parte do meu vocabulário (...) Não percebo qual era a lógica de não contratar o Mourinho. E eu pensar em não contratar, porque alguém iria dizer que eu traí o Bruno Lage, era, obviamente, um erro, até porque eu tive uma relação profissional muito boa com o Bruno Lage. Tivemos o cuidado de conversar no dia em que ele se veio aqui despedir. Conversámos abertamente, conversámos a situação do jogo com o Santa Clara. Saímos, na minha opinião, ficámos em paz um com o outro".

O jornal Record revelou, recentemente, o que foi escrito por Fábio Veríssimo, árbitro principal do Porto - Braga, no relatório dessa partida. Já eram conhecidas as notícias do condicionamento e das pressões efetuadas pelos azuis e brancos à equipa de arbitragem desse jogo da Liga Portugal Betclic, e fica agora a ser conhecida, também, a versão do juiz do encontro, onde o Benfica tem papel principal.

"Informo que durante todo o intervalo, a televisão do balneário da equipa de arbitragem, exibia apenas o golo anulado à equipa A, dos 31.37min aos 32.08min, de forma repetitiva (em loop)", começou por apontar Fábio Veríssimo, sobre o que se sucedeu durante o descanso.

O árbitro português prosseguiu: "Informo ainda que no final do jogo, a mesma televisão, aquando da entrada da equipa de arbitragem no balneário estava a exibir o programa do porto canal, e inesperadamente, voltou a exibir o lance relatado anteriormente de forma repetitiva (Em loop)".

"O comando da televisão não permitia desligar a mesma, os botões da televisão não funcionavam, não permitindo desbloquear a mesma. Cerca de 45 minutos após o final do jogo, foi colocado na mesma televisão, imagens de um jogo de camada de jovens entre FC Porto e SL Benfica, por mim arbitrado", rematou Fábio Veríssimo, esclarecendo, assim, as dúvidas que poderiam existir sobre as ações dos dirigentes azuis e brancos nesse encontro com o Braga.

Relembrar que esta denúncia de Fábio Veríssimo tem sido um dos maiores destaques da atualidade desportiva em Portugal. O Benfica já comentou o sucedido, em comunicado, e André Villas-Boas já respondeu a essas palavras bastante críticas dos encarnados.