Nuno Campilho
Biografiado Autor

07 Set 2023 | 13:26

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Nuno Campilho

Eu a pensar que já tínhamos batido no fundo, mas, afinal, o fundo é falso e ‘gritar’ CHEGA nem sequer fez o André Ventura despertar!

Eu a pensar que já tínhamos batido no fundo, mas, afinal, o fundo é falso e ‘gritar’ CHEGA nem sequer fez o André Ventura despertar!


Os episódios rocambolescos, dignos do corte de energia que surpreendeu Ricardo Araújo Pereira, no seu regresso estival, em Braga, também afetaram a energia no estádio do Dragão. Embora a energia que está, visivelmente, afetada, seja a dos jogadores e do jogo jogado pelo FC Porto, o que eles querem, mesmo, é discutir uma ficha e uma tomada e o blackout do VAR, que os levou a protestar um jogo derivado da má conduta da equipa de arbitragem, na sequência de um lance absurdo e que não constitui infração em qualquer outra parte do mundo, a não ser, provavelmente, naqueles metros quadrados ocupados pelo já referido estádio. Alguém dizia que é preciso ter vergonha na cara, mas eles, a vergonha, já a perderam há muito tempo e cara, têm várias, em função das circunstâncias e dos seus únicos, exclusivos e, maioritariamente, ilegítimos interesses. Nunca a expressão fait-divers teve uma corporização tão visível e bem definida. Até nisso são diferentes... coitados... só que não!

Coitados são aqueles que poluem os jornais e televisões, a mando e a soldo da defesa desses ilegítimos interesses e vomitam um chorrilho de disparates, que só não seriam graves, se não fossem difundidos ad nausem e se não existissem pessoas – outras coitadas – certamente limitadas, ou condicionadas, ou, vão-me desculpar, simplesmente, estúpidas, que acreditam nisso.


Esses expoentes máximos da cartilha, do desnorte, da desfaçatez, da injúria e da conspurcação azul e branca, deviam ser proibidos de ter exposição pública e deviam chover processos-crime por dislate e difamação, atento às atoardas que, dia após dia e semana após semana, vão debitando para que todos, incautos, vejam, ouçam e leiam, e, infelizmente, constituindo um conjunto de seguidores e crentes, ao jeito de um culto comunitário do Reino do Dragão.

É que já não há decoro, nem decência, é à vista de todos!


Com isso, vai empobrecendo a já ‘pobreza franciscana´ em que se tornou o nosso futebol, motivo de chacota por essa Europa fora e incapaz de se internacionalizar, a não ser que fosse com base nos maus exemplos. Confesso que não sei onde é que o Pedro Proença estava com a cabeça, quando afirmou que a Liga nunca inspirou tanta confiança! Devia estar no mesmo sítio em que estava quando validou o golo do Maicon, na Luz, na época 2011/12, que fixou o resultado em 2-3 e foi decisivo no desfecho do campeonato desse ano...

Naquilo que mais me interessa (desculpem se me torno ainda mais egoísta, no meio destes tumultos), vencemos o até então líder da classificação, de forma justa, clara e inequívoca, já com uns laivos Schmidtianos a fazerem-nos lembrar os melhores momentos da época passada; estamos a esticar-nos em direção o topo, fruto dos empates do nossos mais diretos adversários; fechou o mercado europeu (aleluia); reequilibrámos a equipa; acabaram (assim espero) as dúvidas; e o presidente Rui Costa veio fazer o que já começa a ser (boa) tradição e explicou tudo o que esteve em causa em torno desse mesmo mercado. Certamente que nem todos terão gostado de ouvir, mas é o que é, e foi o que foi. Unanimismo nunca foi sinónimo de pureza, honestidade e é, por vezes, uma antítese do sucesso, pois faz por teimar em ocultar defeitos e incongruências que, quando detetadas, já não vão a tempo de ser resolvidas. Que assim seja e que assim continue, até porque eu estou ansioso por voltar a festejar.

O treinador concedeu cinco dias de férias ao amputado plantel (depauperado de 13 internacionais e três lesionados... e sem nenhum guarda-redes), mas as vozes do ‘além’ lá surgiram a lembrar a opção similar da época passada, com resultados menos positivos. Já hoje revisitei a estupidez, agora, só me apraz revisitar a tentação de se considerar o futebol uma ciência exata, onde a determinadas ações correspondem as mesmas consequências... e, mais uma vez... só que não (pelo menos assim espero... ‘cruzes, credo’... até porque, aí sim, com mais algumas certezas ‘cientificas’, os regressos após paragens não nos são – não têm sido, pelo menos – nada benéficos. Mas como ainda só estamos no início e há jogadores que ainda não atingiram o pleno da sua forma física, estou convicto que as agruras não se repetirão).

Vem aí, agora, a Seleção do Mendes... perdão... Nacional, e eu já comprei pipocas. Não é motivo de tão apaixonante interesse, mas não renego a minha condição de português e de amante de futebol (ia escrever de bom futebol, mas isso já seria um contrassenso).

Isto de não jogarmos no próximo fim de semana causa-me ansiedade. Tenho de ter cuidado, pois já não vou para novo e a ‘máquina’ pode ressentir-se, até porque é alimentada a fervor vermelho e branco e tenho de me preparar para a ressaca.

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