Pedro Brinca
Biografiado Autor

02 Dez 2022 | 06:00

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Pedro Brinca

Teria sido um sinal de profunda decadência democrática e associativa se uma lista composta na sua maioria por elementos dessa mesma direção fosse sozinha a eleições.

Foi com entusiasmo que aceitei o convite para fazer parte do grupo de colunistas regulares deste novo projeto centrado no universo Benfiquista. Aceitei porque acredito no projeto editorial de ter no Glorioso 1904 um espaço plural, livre, de confronto de ideias de onde nascerá a nossa tão desejada luz.


Fui candidato a vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica nas últimas eleições. Num contexto em que a direção demissionária tinha tido a sua figura máxima envolvida em processos judiciais em que o alegado lesado seria o próprio Sport Lisboa e Benfica, teria sido um sinal de profunda decadência democrática e associativa se uma lista composta na sua maioria por elementos dessa mesma direção fosse sozinha a eleições. Tive o privilégio e orgulho de ter feito parte da Lista B, encabeçada por Francisco Benítez, que me deu a possibilidade de conhecer e trabalhar com uma série de pessoas que me encheram de humildade com todo o seu Benfiquismo.

O projeto da lista B que foi a eleições nunca foi um projeto de poder. Foi, acima de tudo, um projeto de transformação do Sport Lisboa e Benfica. E foi por isso que apesar de perdermos, ganhámos. Ganhámos porque foi precisamente por ter havido uma alternativa, que 40.085 sócios disseram presente e estabeleceram um novo record de participação associativa no clube, que apenas fica atrás das eleições para a direção do FC Barcelona em toda a história mundial do desporto associativo. Foi por ter havido uma alternativa que a direção à altura teve a oportunidade de abrir pela primeira vez os órgãos de comunicação social do clube a todos os participantes no ato eleitoral. Vimos acolhidas no programa da lista vencedora muitas das ideias que propusemos: da reformulação do regulamento eleitoral à limitação de mandatos; da alteração dos estatutos à auditoria forense; da abertura dos canais de comunicação do clube às várias listas candidatas ao retorno do ciclismo e a ter plantéis mais curtos e competitivos na equipa principal de futebol. Apesar de algumas destas propostas estarem apenas ainda no papel um ano após as eleições, o seu acolhimento por parte da direção eleita no seu programa alimenta-nos a esperança de que venham a ser uma realidade.


Mas, nas palavras de um grande Benfiquista por quem tenho grande admiração, o Sport Lisboa e Benfica não é o parlamento e como tal não existe oposição. O passado está lá atrás. A partir do momento que foi eleito, Rui Costa é o Presidente de todos os Benfiquistas e merece que todos nós o ajudemos a que o seu mandato seja o mais bem-sucedido da história do clube. É este espírito de maturidade democrática e pluralidade que faz parte do ADN benfiquista enquanto clube do povo que se saúda e que acredito que contribuí para a sua vitalidade.

Os próximos tempos serão fundamentais para projetar o nosso Clube para um futuro que faça honra aos ases que nos honraram no passado. A transição digital lança desafios e exige uma estratégia que projete o nosso universo nos novos canais de distribuição de conteúdos. A expansão dos quadros competitivos europeus exige estratégias que assegurem que o nosso clube continua entre a elite europeia e possa aumentar cada vez mais a sua capacidade competitiva. A negociação centralizada dos direitos televisivos merece uma profunda reflexão sobre o que implica e que estratégia comercial lhe está subjacente para que não sejamos prejudicados. A concentração do mercado de subscrição de televisão exige que estejamos atentos para que o valor acrescentado que o futebol gera possa ficar nos clubes e não nos operadores. E é por aí que espero conseguir contribuir, lançando ideias, comentando, debatendo, sempre com o desejo de fazer o impossível: aumentar a grandeza do Sport Lisboa e Benfica. Viva o Sport Lisboa e Benfica!


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