Presidência do Benfica? João Gabriel deixa tudo a pratos limpos: "Ser candidato, mas..."

Nome que sempre defende Luís Filipe Vieira assume que José Mourinho foi uma jogada eleitoral. Numa recentre entrevista, João Gabriel assume que a contratação do Special One permitiu a Rui Costa ter uma maior vantagem para as eleições, que decorreram entre 25 de outubro e 8 de novembro, realização de duas voltas.

João Gabriel: "Eu não desejo ser candidato, mas não o excluo"

À conversa com o podcast Final Cut, o antigo diretor de comuicação das águias começou por falar das eleições e da possibilidade de ter sido candidato à Presidência do Benfica: "Eu nunca pensei, até porque a minha situação pessoal não o permitiria mesmo que eu tivesse essa ambição. E não tenho".

No entanto, João Gabriel adianta que mesmo que tibvesse essa ideia, reconheceu que o boletim de voto já estava bastante compacto para este ato eleitoral, mas deixou uma certeza no ar: "Já havia candidatos a mais para estas eleições. Agora daqui a quatro anos… eu não desejo ser candidato, mas não o excluo".

João Gabriel: "

De seguida, o antigo dirigente do Benfica defendeu que a reeleição de Rui Costa apenas aconteceu devido a um factor específico: "Mourinho foi um escudo protetor de Rui Costa nestas eleições. Se Mourinho não tivesse entrado, não sei se o resultado… podia ganhar, não creio que ganhasse com a dimensão que ganhou".

"Toda a gente sabe o que ele fez no Benfica. O Benfica não nasce com Vieira, mas, do meu ponto de vista, renasce com Vieira. Custa-me que sócios mais jovens desconheçam o que era o clube em 2003, quando ele chegou à presidência", disse por fim, deixando algumas palvras de apreço para Luís Filipe Vieira.

Rui Costa quer fechar o quanto antes os contratos dos direitos televisivos do Benfica - tal como acontece com o Benfica District. O Presidente encarnado quer que o processo que prevê a venda destes direitos para as próximas duas temporadas esteja concluído nos próximos dois ou três meses.

Segundo informação avançada pelo jornal A Bola, o Benfica tem em mãos duas propostas na ordem dos 40 milhões de euros, para a exploração dos direitos televisivos para as épocas 2026/27 e 2027/28. No entanto, Rui Costa ainda vai procurar negociar valores mais altos, que se aproximem dos 50 milhões.

O plano do Presidente do Benfica é, depois, utilizar essas propostas na ordem dos 50 milhões de euros, para colocar pressão na Liga Portugal, que está obrigada a apresentar, até ao fim da época, o preço mínimo dos direitos audiovisuais das I e II Ligas e a chave de distribuição do dinheiro pelos clubes.

Rui Costa, bem como a restante Direção do Benfica, entendem que a Liga Portugal dificilmente conseguirá cumprir a sua promessa de 300 milhões de euros por época no total, e de que nenhum clube ficaria a perder dinheiro em relação aos contratos atuais.

Sendo assim, a proposta de 50 milhões de euros que Rui Costa espera receber pelos direitos televisivos do Benfica pode ajudar a condicionar as conversas entre o Clube da Luz e a Liga Portugal, na discussão dos contratos com vista às próximas temporadas desportivas, existindo mesmo a crença de que tal poderá demonstrar que o cumprimento da promessa inicial não vai ser, afinal, possível.

Relembre, aqui, as palavras de João Diogo Manteigas sobre os direitos televisivos:

A Direção do Benfica, liderada por Rui Costa, e recentemente reeleita para novo mandato, que avançar já com os primeiros passos do Benfica District. O jornal A Bola revela, na edição deste sábado, dia 15 de novembro, mais detalhes sobre a obra que vai revolucionar a zona envolvente ao Estádio da Luz.

O jornal nacional começa por detalhar que o projeto do Benfica está em fase de consulta pública. Os sócios podem dar sugestões acerca da obra, e terão, ainda, de se pronunciar acerca da sua realização, reservando poder escolha em relação à realização das mudanças pretendidas.

Concluída esta parte, espera a Direção encarnada, de forma positiva, o processo avançará para a fase de licenciamento. Este passo é uma das exigências da Câmara Municipal de Lisboa para que o projeto do Benfica District saia do papel para a realidade.

No plano de desenvolvimento do projeto apresentado ao público, numa cerimónia que teve a presença de nomes importantes em Lisboa, como o de Carlos Moedas, já foi anunciado que o licenciamento teria início este mês e estaria concluído em março. O Benfica foca, então, esforços nesta parte do processo, para garantir que não existe qualquer atraso.

O objetivo da Direção, a curto prazo, é, então, resolver a questão do licenciamento, e convocar uma AG para que os sócios possam votar o projeto. Segundo informa A Bola, o plano é que as obras arranquem em 2027, e durem até 2029, numa operação que não custará menos de 220 milhões de euros aos cofres da Luz.