Roger Schmidt não os devia descansar? Jogadores do Benfica no limite, mas continuam a ser aposta

O Manchester City foi eliminado da Liga Dos Campeões pelo Real Madrid, após a marcação das grandes penalidades e Bernardo Silva, que passou pela formação do Benfica, não parece conseguir digerir esse momento. Em entrevista à TNT Sports, o futebolista luso chegou mesmo a apelidar a equipa madrilena como "estranha".  

"O Real Madrid é uma equipa estranha. Às vezes parece que tens o jogo controlado e, do nada, eles contra-atacam e marcam dois golos porque têm jogadores realmente bons. São tão rápidos e fortes que não é possível controlá-los", começou por afirmar o craque formado no Seixal. 

"Se atacas com muitos jogadores, eles aproveitam o contra-ataque. Se não atacas com muitos jogadores fica a sensação de que não és eficaz o suficiente para atacares como deves. Por esta razão, torna-se difícil tomar estas pequenas decisões no jogo", atirou o internacional português. 

Vale destacar que, tal como já deu conta o nosso Jornal, Bernardo Silva poderá deixar o Manchester City e o destino que mais agrada ao atleta formado no Benfica é mesmo o rival do 'carrasco' na Champions, uma vez que vês com bons olhos uma ida para o Barcelona. 

Esta temporada, Bernardo Silva - avaliado em 80 milhões de euros pelo portal Transfermarkt - tem sido aposta regular de Pep Guardiola, somando 44 encontros nas pernas ao serviço dos cityzens, onde marcou 12 golos e efetuou seis assistências. Na temporada passada, o atleta realizou 55 jogos, onde somou sete tentos e seis passes para golo.

Pelo Glorioso, o internacional português, que atuou com o Manto Sagrado desde 2002 a 2014, marcou presença em três partidas, atuando na formação principal das águias. No que toca à equipa B, o futebolista, que já garantiu que quer regressar a vestir de águia ao peito, alinhou em 38 embates, apontando sete golos.

Alexander Bah, lateral do Benfica, enfrenta novamente um novo período de lesão ao serviço das águias. O camisola 6 saiu queixoso, no passado sábado, na vitória frente ao Braga, por 3-1, com Álvaro Carreras a assumir as rédeas do dinamarquês na restante parte do encontro.

Assim, o futebolista dos encarnados poderá desfalcar as últimas partidas das águias na presente edição da Liga Portugal Betclic naquela que será a sua quinta paragem na campanha em curso, tendo já sido baixa em 21 dos 53 jogos disputados da turma de Roger Schmidt.

O defesa foi ausência de duelos importantes, tanto no Campeonato como na Liga dos Campeões, passando pelas meias-finais da Taça da Liga, essa que os encarnados foram eliminados ‘às portas’ do derradeiro embate, numa eliminatória decidida na marca de grande penalidade.

Perante este cenário desanimador para Alexander Bah, Carreras vê a sua oportunidade de se estabelecer como opção recorrente de Roger Schmidt. O futebolista, que se encontra cedido pelo Manchester United, tem somado minutos de modo mais regular, mas ainda não conta com o estatuto de titular indiscutível. Com a presença confirmada na temporada 2024/25, o espanhol poderá ter o início da sua estabilidade com a camisola do Benfica.

Importante recordar que, tal como deu conta o nosso Jornal, em tempo oportuno, o camisola 6 já contraiu uma grave lesão na presente época, não tendo sido opção de Roger Schmidt, esta temporada. O internacional dinamarquês esteve mesmo afastado dos relvados durante algum tempo, após ter contraído um edema ósseo do segundo metatarsiano do pé esquerdo.

Esta temporada, Alexander Bah - avaliado em 14 milhões de euros, pelo portal Transfermarkt - marcou presença em 32 partida: três na Liga dos Campeões, seis na Liga Europa, 19 na Liga portuguesa, um na Supertaça e três na Taça de Portugal. O lateral registou ainda dois tiros certeiros e quatro assistências.

Na época passada, o dinamarquês, que custou qualquer coisa como 8 milhões de euros ao Benfica, alinhou em 42 jogos, onde concretizou uma finalização e assistiu por seis vezes numa época em que o Glorioso conquistou o campeonato português e chegou aos quartos de final da Liga dos Campeões.

Numa má época com altas expectativas, Diogo Luís no jornal A Bola, escreve a crónica de opinião, na qual explica a frustração dos adeptos com o treinador mas realça que o verdadeiro problema vem de cima, e que Schmidt pode vir a ser mais um bode expiatório da direção do Benfica.

Para Luís, dois fatores contribuíram para a insatisfação dos adeptos, o primeiro é que "parece que Roger Schmidt vive numa realidade paralela, Vê jogos diferentes, dentro e fora do relvado. Onde vê exibições «top», nós vemos exibições sofríveis. Dentro do próprio jogo não consegue ter a capacidade de mexer na equipa quando tal se justifica. Deixa jogadores a arrastarem-se no relvado quando todos percebemos que estão esgotados."

O segundo é a comunicação: "Todos percebemos que RS não tem a capacidade de fazer a diferença através da comunicação, pelo contrário, até cria anticorpos e gera negativismo. Se do lado de fora todos percebemos isto, internamente ninguém consegue compreender este facto?". Perante a noção de que a insatisfação dos adeptos subia, o jornalista pergunta: "será que o silêncio da administração faz parte de uma estratégia para se proteger e deixar o treinador fragilizado perante os adeptos? Ou será que o departamento de comunicação do clube é assim tão incompetente que não percebe que a comunicação entre treinador e adeptos está a fragilizar o clube? As duas questões podem ter uma resposta afirmativa. Em primeiro lugar, porque ninguém quer ficar com as responsabilidades do insucesso e isto demonstra a forma como o clube está a ser gerido, ou seja, no sucesso todos aparecem e tiram fotografias, no insucesso todos tentam passar despercebidos."

"A estratégia de encontrar um culpado já foi utilizada anteriormente, quer com Rui Vitória como com Bruno Lage, Jorge Jesus e agora Roger Schmidt. É uma estratégia de visão curta, porque no limite quem perde é o clube" realça. A sua opinião é que depois dos ataques dos adeptos ao alemão, Rui Costa deveria ter saído logo em sua defesa em vez de esperar mais de 24 horas para o fazer apenas na televisão do seu clube.

O colunista conclui reiterando que para a direção, o melhor é usar Roger Schmidt como bode expiatório: "A solução mais fácil passará pelo despedimento do treinador e falência do projeto desportivo. Aliás, a postura de Rui Costa e dos pares dá-nos essa indicação. Volto a reforçar que ninguém dá três anos de contrato a um treinador, a pagar o que o Benfica paga, sem o conhecer muito bem nos bons e nos maus momentos. Se isto acontecer, será mais um ato que irá ter grande repercussão financeira pela dimensão da indemnização em causa.