Ainda sem candidatura, Luís Filipe Vieira tem planos para o Benfica

Semanas depois de ter sido revelado o novo projecto, conhecido como ‘Benfica District’, o mesmo já se encontra exposto no estádio da Luz, para ser observado e apreciado pelos adeptos e visitantes que por lá passarem. A atração pode ser encontrada na parta 15, numa das entradas da Catedral.

Pelo que o jornal Record adiantou, trata-se de um espaço onde é possível ver a maquete do Benfica District, acompanhado de um vídeo promocional, onde mostra o futuro que Rui Costa, mais a restante Direção, pretendem implementar no Clube da Luz, um projecto que foi ‘aplaudido’ por Gianni Infantino.

O prejecto foi dado a conhecer a 22 de junho, onde foi apresentado pelo próprio Presidente do Benfica, Rui Costa, e ainda contou com a explicação de Nuno Catarino, CFO das águias, que revelou que o mesmo irá custar cerca de 220 milhões de euros.

Sabe-se que os Sócios podem, através do site oficial dos vermelhos e brancos, aceder a mais informações sobre esta novidade e, além disso, podem até apresentar ideias para o mesmo. Mais tarde, ainda com data por definir, o ‘Benfica District’ será apresentado em Assembleia Geral, com o propósito de ser aprovado pelos Benfiquistas.

Vale também recordar que o projecto ainda carece de uma aprovação e licenciamento da parte da Câmara Municipal de Lisboa, tal como a própria autarquia referiu: “Não deu ainda entrada nenhum processo de licenciamento sobre o projeto que refere, o que, naturalmente, quando acontecer será avaliado de acordo com a legislação e o cumprimento das regras em vigor”.

As candidaturas à presidência do Benfica estão no centro de uma polémica que levanta sérias questões legais e éticas. Segundo informações apuradas pelo Glorioso 1904, há registo de faturas emitidas a empresas pessoais de responsáveis de campanha, numa prática que levanta suspeitas de fraude fiscal e coloca em causa a transparência do processo eleitoral no Clube.

Documentos a que tivemos acesso mostram que, além de pagamentos realizados de forma pouco clara, existem deduções de IVA relativas a serviços e artigos de campanha efetuadas à margem da lei. Esta prática, para lá de configurar uma violação das normas fiscais, também põe em causa a transparência do processo eleitoral do Clube e as regras justas de uma candidatura.

Fonte próxima do processo revela que “para justificar determinadas despesas, têm sido imputados custos a empresas que nada têm a ver com a atividade societária. Estes encargos, totalmente alheios ao objeto social dessas empresas, servem para reduzir artificialmente a matéria coletável. Em termos fiscais, trata-se de fraude. Lesa o Estado, prejudica os outros contribuintes e mina a confiança dos adeptos”.

Para adiantar de seguida: “Mais grave ainda é o impacto reputacional. Quando candidatos que se apresentam como guardiões da moralidade recorrem a expedientes ilegais para financiar as suas campanhas, o dano à imagem do Benfica é inevitável. Este tipo de conduta não só enfraquece a credibilidade interna como fragiliza a postura institucional do Clube perante parceiros e entidades reguladoras”.

Associação Voltar a Vencer 2025 prenuncia candidatura

Terça-feira, dia 12 de agosto, o jornal Record deu conta da existência da Associação Voltar a Vencer 2025 para apoiar a candidatura de Luís Filipe Vieira, mais um sinal de que o antigo Presidente pode estar a dias de anunciar a candidatura.

Carlos Janela, ex-dirigente e apoiante de Luís Filipe Vieira, reagiu à publicação, garantindo que “tudo foi feito dentro da legalidade” e que “os apoios foram canalizados de forma transparente e escrutinada”. Sublinhou ainda que "tantos nas eleições políticas como nos clubes há sempre um manto de suspeição acerca da origem do dinheiro envolvido nas campanhas. Esta associação é uma forma de acabar com todas essas dúvidas, garantindo sempre a legalidade", acrescentando que “Este é um bom exemplo da transparência que se impõe nestas circunstâncias".

Esta declaração surge num momento em que a discussão sobre a integridade e a regulação do financiamento de campanhas no futebol português ganha força.

Perante a gravidade das acusações e a relevância dos factos, espera-se que as entidades competentes investiguem a situação, de forma a garantir a lisura e a credibilidade do processo eleitoral de uma das maiores instituições do país.

O Benfica vai passar por uma Assembleia Geral Eleitoral para a eleição dos órgãos sociais do Clube no próximo mês de outubro. 5. Segundo o jornal A Bola, Luís Filipe Vieira, antigo presidente dos encarnados, vai concorrer e, embora ainda não o tenha oficializado, é possível que venha apresentar a candidatura no final de agosto, entre os dias 20 e 26. 

Luís Filipe Vieira quer oficializar a candidatura entre as datas do play-off de aceso à fase regular da Liga dos Campeões. Na sua perspetiva, este timing evita que seja associado a qualquer eventual resultado negativo da equipa de futebol, já que não quer ser acusado de desestabilização. Segundo a mesma fonte, a apresentação está a ser preparada e deverá acontecer apenas em setembro.

O antigo presidente do Benfica deu uma entrevista recentemente ao canal NOW, e tem sido muito crítico à gestão de Rui Costa, que, curiosamente, foi contratado pelo próprio Luís Filipe Vieira e, segundo o mesmo, seria o seu sucessor natural. Descontente com o facto de ter sido afastado do Clube em 2021, quer agora recuperar o cargo que exercia desde 2003, afirmando que, se for para se candidatar, vai ganhar as eleições.

Luís Filipe Vieira, recorde-se, foi detido pelo Ministério Público a 9 de junho de 2021 e suspendeu, de imediato, funções no Benfica. O antigo dirigente dos encarnados é suspeito de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais, por negócios na qualidade de presidente da SAD.

As eleições do Benfica estão agendadas para 25 de outubro. Até à data, existem cinco candidaturas oficiais: João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Rui Costa. Resta saber quando Luís Filipe Vieira vai se juntar a estes nomes. Caso nenhum candidato consiga obter mais de 50 por cento dos votos será marcada segunda volta.