Após sair do Benfica, futuro de Bruno Lage dá que falar

Depois de Pedro Henriques, foi a vez de Iturralde González analisar o trabalho da arbitragem conduzida por Bruno Costa no AFS - Benfica, encontro que os encarnados venceram por 3-0. O antigo árbitro espanhol confirmou as opiniões de Pedro Henriques, revelando que ficou um penálti por assinalar a favor das águias, bem como uma expulsão de um jogador do AFS. 

Iturralde Gonzalez: "É muito mais uma questão de interpretação"

“É muito mais uma questão de interpretação e por isso não acho que o VAR deva ser utilizado. Não se trata de uma jogada muito, muito clara e não é um erro óbvio, claro e manifesto. Se o VAR não interveio, fez bem. É muito interpretativo. O defesa [Bane] toca na bola com a perna esquerda, mas se olharmos, com o corpo, com o rabo, não permite que o avançado [Ivanovic] progrida", começou por dizer Iturralde, admitindo que o lance em causa, onde Ivanovic é derrubado na grande área do AFS no minuto 18 da partida, é suscetível à interpretação do árbitro. 

No entanto, o antigo árbitro admite que, para si, deveria ter sido assinalada a grande penalidade, reforçando que é uma questão de interpretação: "Para mim é penálti, porque, apesar de tocar na bola, está a lançar-se, agarra o tornozelo do avançado e derruba-o, não permitindo que Ivanovic continue na ação. Ou seja, se tocasse na bola e permitisse que o avançado continuasse na ação não seria penálti, mas toca na bola e ao mesmo tempo senta-se nos tornozelos do avançado e não o deixa continuar, portanto para mim é penálti. Compreendo que o VAR não entre porque a jogada é muito uma questão de interpretação". 

Iturralde Gonzalez: "É um cartão vermelho para uma oportunidade óbvia de golo"

Relativamente a um outro lance, em que Devenish derruba Pavlidis numa transição ofensiva das águias, Iturralde afirma que o defesa deveria ter visto cartão vermelho, apesar de não ter sido mostrado qualquer cartolina: "É outra ação em que o defesa [Devenish] toca na bola, sim, mas a forma como entra é imprudente. É um cartão vermelho para uma oportunidade óbvia de golo e é falta. Uma falta clara. Não se pode entrar na bola assim, não se pode entrar como se quer. A forma de entrada já é imprudente. É uma falta e um cartão vermelho para uma oportunidade óbvia de golo".

Depois do encontro com o AFS, o Benfica recebeu o Rio Ave na passada terça-feira, dia 23 de setembro. As águias sofreram o primeiro deslize na era de José Mourinho, após um empate a uma bola no que foi um encontro de reposição da primeira jornada da Liga Portugal Betclic. 

Iturralde González considera que Nicolás Otamendi cometeu falta sobre o defensor vila condense, no lance que resultou em golo anulado a António Silva, no Benfica - Rio Ave. Os encarnados empataram a uma bola na partida da primeira jornada (adiada) da Liga Portugal Betclic, num jogo com alguns lances polémicos.

Iturralde González: "É bem anulado porque é falta clara. Otamendi pisa Vrousai na disputa da bola"

"É bem anulado porque é falta clara. Otamendi pisa Vrousai na disputa da bola. Se não existisse o pisão, seria uma disputa normal, mas ao pisar o adversário, faz com que este não consiga continuar a disputar a bola", começou por explicar Iturralde González.

Questionado pelo jornal Record, o antigo árbitro internacional não teve dúvidas na análise ao lance polémico que teria resultado no 1-0 para o Benfica, na partida frente ao Rio Ave: "Ganha vantagem com esse pisão. É um pisão claro e o VAR esteve muito bem ao avisar o árbitro".

"Uma coisa é uma disputa em que estás a lutar pela bola usando os braços, o que se pode, porque mesmo assim o defensor pode continuar na jogada", explicou, de seguida, Iturraldez González, revelando como Otamendi deveria ter abordado o lance na área do Rio Ave.

No entanto, segundo o entendimento de Iturralde González, não foi isso que aconteceu, pelo que o árbitro do encontro esteve correto em anular o golo do Benfica: "Mas com o pisão, já não consegue continuar a disputar a bola. Ganhas uma vantagem com a falta. É falta e o VAR esteve muito bem".

Adrian Bajrami foi, esta quarta-feira, foi oficializado como reforço do Lucerna, isto após ter sido emprestado pelo Benfica ao emblema suíço. Em comunicado, o clube tornou público que chegou a acordo com os encarnados para a transferência a título definitivo do central albanês, que tinha contrato até 2029.

"O Adrian integrou-se perfeitamente connosco num período muito curto e é já uma peça importante da nossa defesa. Estamos muito satisfeitos por termos conseguido garantir o contrato definitivo do Adrian com o Lucerna logo no início – em consulta com o Benfica, conseguimos encontrar uma solução adequada", anunciou o Lucerna nas suas redes sociais. 

O negócio, que consistiu inicialmente na cedência do internacional de 23 anos via empréstimo, culminou na sua transferência em definitivo pouco tempo depois. Apesar de não terem sido revelados os valores do negócio, o mesmo deverá ter sido concretizado por 5 milhões de euros, tendo em conta que era esse o valor da cláusula de opção de compra contemplada no empréstimo. 

Adrian Bajrami assina assim um contrato com o Lucerna válido até 2028, sendo que até ao momento foi titular em todas as partidas oficiais do Lucerna. Em seis jogos na liga suíça, o central soma, até à data, 496 minutos, não contando com qualquer golo ou assistência. Já na Schweizer Cup, o defesa soma um jogo, que disputou na totalidade. 

Em 2024/25, com o Manto Sagrado do Benfica, Adrian Bajrami - atualmente avaliado em 1,5 milhões de euros - marcou presença em quatro jogos no plantel principal: três na Taça de Portugal (Farense e Tirsense) e um na Liga Portugal Betclic (Famalicão). Nos 194 minutos disputados pela antiga formação de Bruno Lage, o defesa conta com o um golo. Já pela equipa secundária dos vermelhos e brancos, o central foi a jogo em dois encontros, disputando 148 minutos às ordens de Nélson Veríssimo.