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João Diogo Manteigas defende que o Benfica deve avançar para a renegociação da dívida o mais rapidamente possível. Em entrevista exclusiva ao nosso Jornal, o candidato à Presidência do Clube da Luz fala em “amadorismo” na gestão da SAD e dá exemplo de … Otamendi.
“Benfica não tem outra hipótese se não reestruturar a dívida a nível transversal”
Glorioso 1904 (G). Qual é a sua posição sobre a dívida do Benfica?
João Diogo Manteigas (JMD). A cativação de receitas é obrigatória. Se o Benfica não cativa receita, como é que paga a dívida, se não há receitas extraordinárias? Temos de assumir que as vendas de jogadores se tornaram receitas ordinárias. Aliás, em abril, Luís Mendes disse que todos os clubes em Portugal têm de vender jogadores. Rui Costa está sempre a dizer isso. Há uma dependência de vendas. Apenas por aí, o projeto falhou.
Há outra questão que é, de vez em quando, o Benfica tem de ir buscar dinheiro. Tem duas formas de o fazer. Empréstimos obrigacionistas consideráveis, que tem vindo a acontecer nos últimos anos. O Benfica lança o empréstimo obrigacionista e depois reforça porque a procura é grande. É o Benfica. Quando o Benfica lança algo, as pessoas vão à procura, sejam ou não Benfiquistas. A maioria dos investidores, se calhar, nem são Benfiquistas. Há uma procura muito grande porque o Benfica é uma marca que cumpre.
Há outra forma de ir buscar dinheiro, que são contas correntes ou de apoio à tesouraria. Nas contas, vemos que há lá um banco estrangeiro, que é o LB Bank, alemão. Percebe-se que são contas correntes daquelas que, ao semestre, temos interesse em liquidar no imediato para não aparecerem nas contas.
O Benfica está constantemente a precisar de dinheiro. Há outras provas, como a antecipação da venda do Gonçalo Ramos. É evidente. A questão das vendas em cima do joelho. Todas umas atrás das outras. Um clube quando tem de vender porque está à beira do colapso e precisa de mascarar as contas, tem de o fazer (renegociar a dívida) obrigatoriamente, não pode esperar. Não vai fazer nada em termos comunicativos para os Sócios e Adeptos. É para vender, é para vender. Mais vale assumir imediatamente isso do que estar a esperar pelo tempo que vai ser sempre pernicioso e nocivo para a SAD. Há algum amadorismo na gestão do processo propriamente dito porque é inevitável quem mais se tem de valor em casa. Há uma comunicação que não é real relativamente àquilo que na realidade acontece.
O Benfica não tem outra hipótese se não reestruturar a dívida a nível transversal. Dentro da reestruturação, não sei se o Benfica não devia procurar um mercado emergente, com capital. Hoje em dia, temos os Estados Unidos e a Arábia Saudita, para poder convolar tudo num pacote e pagar a essa entidade e aliviar a carga que tem deste lado.
Cativações têm de ser uma projeção a médio/longo prazo. A receita não cai toda de uma só vez quando vendo um jogador. Os clubes nunca pagam os 60 milhões a pronto. As coisas são pagas em prestações de quatro/cino anos. As pessoas têm uma ideia de que o João Neves é vendido e caem logo os 60 milhões na conta. Não é assim. O PSG é muito rico, mas o dinheiro ainda tem de sair lá do país de onde sai, entrar em Paris e ir não sei para onde.
Acima de tudo, cortar em fornecimentos e serviços externos. Sou acionista da SAD e, se mandar uma carta ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, posso estar aqui cinco anos à espera que me digam e descrevam quem é que são os protagonistas dos FSE. Não me vão responder. Nem no Clube me respondem, quanto mais na SAD. Posso fazer uma queixa na CMVM. Vou fazer isso? Não me parece que seja o caminho a seguir.
Otamendi? “É uma renovação que não consigo entender”
G. E quanto à renovação com os jogadores de salários mais elevados?
JDM. O Di María até é um caso excecional porque beneficia de um determinado regime (fiscal) de regresso que permite ao Benfica poupar dinheiro, embora tenha um salário elevado. Desportivamente, não sei se esperamos do Di María aquilo de que precisamos.
Mas temos o caso do Otamendi. É uma renovação que não consigo entender. Sou suspeito porque, quando foi renovado o contrato, disse publicamente que era um erro por causa da promoção do talento e era preciso lançar o António Silva e o Tomás Araújo. Tenho que lançar outros jogadores. Não tem a ver com o Otamendi em si, tem a ver com o custo que tenho com o Otamendi e com aquilo que ele me dá em campo. É capitão? Certo, mas há coisas que não justificam a manutenção de determinados jogadores.
Quando o Benfica contrata jogadores por 20 milhões de euros, esses atletas recebem bem e implica que não se consiga renovar com um Rafa, que está a pedir o mesmo que esses jogadores que acabei de trazer e estão a ganhar mais do que ele. Isto é política de gestão, desportiva e financeira. Não é científico, nem da NASA. É fácil, tem de se aplicar mediante aquilo que está a acontecer. Quem entrar lá dentro, vai ter muita dificuldade em reorganizar tudo isto, mas vai ter de se sentar com todos os credores.
“Benfica tem de ganhar com a centralização e não pode ser prejudicado”
G. Qual a sua posição sobre a centralização dos diretos televisivos do futebol português?
JDM. A pergunta que me foi fazer [risos]. Não sou contra a centralização. Sou contra um determinado tipo de centralização que não vá ao encontro daquilo que os clubes têm de receber. Não digo só do Benfica. Agora, há aqui uma questão. O Benfica é maior que todos os outros. Não estou a falar desportivamente, nem vou por aí. Falo puramente a nível económico e financeiro.
Há um problema relativamente à centralização. Foi um decreto-lei imposto no COVID sem pés nem cabeça. Aquilo foi ‘tem de ser, isto é bom para o futebol português, entendam-se, façam um projeto e mandem que depois vemos e validamos’. Isto não funciona assim.
A questão da centralização tem sido sustentada com base no sucesso que têm tido outros países e outras ligas. Não consigo entender como se compara o futebol português à liga inglesa, italiana, francesa… Não faz sentido nenhum comparar a liga portuguesa com as principais ligas europeias por duas razões. A primeira é que não temos a capacidade financeira que todas essas têm. A segunda é que, culturalmente, ninguém consegue enfiar na cabeça que Portugal tem três clubes que têm basicamente tudo o que é a atenção dos Sócios e adeptos.
O Governo devia colaborar com a Federação Portuguesa de Futebol e com a Liga para fazer um censo para saber qual a percentagem de sócios e adeptos do Benfica, Porto, Sporting e dos outros clubes. Há 10 anos, havia uma massa grande adepta do Vitória de Guimarães, o Braga estava a aumentar e havia um outsider fenomenal que era o Setúbal. Era o quinto classificado em termos de sócios e adeptos. Tinha uma massa associativa brutal e fidedigna.
A centralização só pode ser implementada se estes três clubes tiverem a noção de qual é a divisão de poder a nível cultural. Quando o Benfica vai jogar a Arouca, quem enche o estádio é o Benfica. Os clubes que estão na primeira liga – e na segunda com o Benfica B – ganham com isso. O Benfica tem de ganhar com a centralização e não pode ser prejudicado.
Qual é o modelo da centralização? É o espanhol? Parece-me o mais equilibrado. Porquê? Porque o Benfica não é tão prejudicado. Há uma questão relacionada com a massa adepta, com os Sócios, presença nas redes sociais, etc. Acho que esse é o modelo que a Liga Portugal quer tentar implementar. Perceber qual é o clube – e de que maneira é que isso se traduz económica e financeiramente – no futebol, ou seja, qual é a marca mais poderosa. Tudo me diz que é o Benfica.
Quanto é que temos de meter de dinheiro em todos os outros clubes? O que é que eles precisam? A questão aqui é mais complexa. Se aumentar os direitos televisivos do Arouca, eles vão pegar no dinheiro e fazer o quê? Vão formar jogadores? Melhorar as infraestruturas do estádio? Formar dirigentes? O dinheiro é para quê? É que em Espanha o dinheiro é canalizado para estas coisas que disse. Ninguém recebe 10 milhões de euros e faz o que quer. Não sou contra a centralização, mas deve respeitar a história e a realidade daquilo que são os clubes em Portugal, à cabeça, o Benfica.
“Se amanhã tivesse de entrar no Benfica, a SAD estaria completamente composta”
G. Já tem algum nome pensado para CFO do Clube? Como será a sua relação com o CFO?
JDM. Vou-lhe responder politicamente porque não posso avançar com nomes. Sabia que ia ser confrontado com este tema porque antecipando muito tempo uma candidatura, corro o risco de ser confrontado com essa pergunta, que é uma que as pessoas mais querem saber.
Esta é uma candidatura que tenho pensada ao longo de muitos anos. Não nasceu ontem e fui falando com pessoas ao longo do tempo. Se amanhã tivesse de entrar no Benfica, a SAD estaria completamente composta com nomes assegurados, todos Benfiquistas, todos trabalhadores na área. Tenho assegurado um projeto losango: um CFO, um diretor desportivo para a equipa A e B, um diretor geral para o Benfica Campus. Todos eles teriam uma ligação direta. Isto está fechado. Tenho o ok dessas pessoas, que conheço muito bem e há muitos anos. Acompanharam o meu percurso, alguns até são mais velhos do que eu. Conhecem-me, sabem o que quero fazer e eu sei o que quero deles. Isto na SAD.
No Clube, é diferente. Posso assegurar que tenho já nomes seguros contratualizados para me acompanhar. Quero, com o progresso desta candidatura, que mais pessoas venham ter connosco. Quero fazer algo que acho que nunca foi feito no Benfica ou noutros clubes: conhecer mais pessoas, saber as suas capacidades e conhecê-las profissionalmente e juntar, na parte do clube, aos cargos de dirigente pessoas que venham de fora, ou seja, não programar uma equipa para os três órgãos sociais, mas juntar alguns elementos de fora para dentro. Sócios que se queiram juntar, e que se entrosem bem, para lhes dar oportunidade de estar connosco na nossa direção. Sei que é difícil, mas é exatamente por causa disso que estou aqui um ano e um mês antes para lhes dar essa oportunidade e conhecer pessoas.
Entrevista exclusiva de João Diogo Manteigas ao Glorioso 1904:
- Parte 1: Exclusivo Glorioso 1904 - “Tenho a certeza que Noronha Lopes e Benitez vão-me apoiar”
- Parte 4: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
- Parte 5: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
- Parte 6: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
- Parte 7: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
- Parte 8: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
Confira aqui as declarações de João Diogo Manteigas, em exclusivo, ao Glorioso 1904:
Segundo informações apuradas, apesar de estarem fora de Portugal, Direção encarnada continua a trabalhar no processo relacionado com o antigo Presidente
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Com a temporada a terminar, faltando apenas concluir a participação no Mundial de Clubes, Rui Costa, juntamente com a restante Direção do Benfica está a avaliar uma decisão final em relação a Luís Filipe Vieira. Pelo que foi apurado, a estrutura encarnada pondera encontrar uma solução em relação aos atos que o antigo dirigente teve enquanto desempenhava funções de Presidente.
Segundo o que foi revelado pelo canal de notícias NOW, este sábado, com a ajuda de um instrutor externo, que foi nomeado para avaliar a complexidade da situação, Rui Costa, com o apoio dos restantes dirigentes, pondera expulsar Luís Filipe Vieira, por causa dos comportamentos que teve numa Assembleia Geral, em 2019.
O mesmo canal, durante o dia de hoje, 21 de junho, adiantou que o dito encontro só se irá realizar na próxima segunda-feira, 23 de junho. Tal como tinha sido referido anteriormente, o único ponto de trabalho será o debate sobre a expulsão do ex Presidente que, nessa altura, a 27 de setembro de 2019, agrediu um Sócio das águias, ao apertar-lhe o pescoço.
A mesma fonte também explica que o atraso da reunião está relacionado com o facto de muitos dos elementos da Direção encarnada, a par de Rui Costa, se encontrarem nos Estados Unidos da América, para acompanharem de perto a participação do Benfica no Mundial de Clubes.
Vale a pena recordar que a equipa encarnada, orientada por Bruno Lage, derrotou na última noite os neozelandeses do Auckland City por seis bolas a zero. No entanto, apesar do triunfo gordo, o mesmo ficou manchada por uma tensa altercação protagonizada entre o setubalense e Orkun Kokçu, depois do turco ter sido substituído à passagem do minuto 61.
Através das redes sociais, candidato à Presidência do Glorioso deixou juras de amor às águias e um pedido para todos os adeptos dos vermelhos e brancos
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Tal como Mauro Xavier, João Noronha Lopes também se encontra em Miami para acompanhar o Benfica na sua participação no Mundial de Clubes. Rodeado de Benfiquistas, o empresário e candidato às eleições, agendadas para 25 de outubro, deixou um apelo a todos os adeptos do Clube da Luz.
Noronha Lopes: “Os Benfiquistas merecem um Benfica mais próximo dos seus Sócios”
Em modo campanha eleitoral, João Noronha Lopes aproveitou a viagem até a Miami, não só para apoiar o Glorioso, mas também para confraternizar com os adeptos presentes em terras americanas. Numa publicação feita na sua conta de Instagram, começou por falar do seu amor ao Clube: “Passei muitos anos fora de Portugal por motivos profissionais, e foi à distância que o meu amor pelo Benfica se fortaleceu”
Noronha Lopes: “Foi à distância que o meu amor pelo Benfica se fortaleceu”
Na mesma publicação, o candidato à Presidência dos encarnados mostrou-se rendido ao amor e união que os Benfiquistas têm vindo a demonstrar nos EUA: “Estes dias em Miami, com Benfiquistas que viajaram de Portugal e emigrantes que nos receberam de braços abertos, foram mais uma prova da força única desta família, unida por uma mística que resiste ao tempo e à distância”.
Depois de ter passado bons momentos na companhia de muitos Sócios das águias, Noronha Lopes deixou uma promessa aos seus apoiantes e aos indecisos: “Regresso com a convicção reforçada de que os Benfiquistas merecem um Benfica mais próximo dos seus Sócios, mais participativo e fiel aos seus valores”.
Noronha Lopes: “Venham refletir connosco sobre o futuro do associativismo no nosso Clube”
Por fim, o empresário anunciou que vai realizar um evento para debater ideias para o futuro do Glorioso e apelou para que os Sócios se inscrevam: “No próximo sábado, em Campo Maior, damos mais um passo nesse caminho. Inscrevam-se no primeiro fórum Benfica em Discussão e venham refletir connosco sobre o futuro do associativismo no nosso Clube”
Confira aqui a publicação de João Noronha Lopes:
Encarnados emitiram, este domingo, 15 de junho, um comunicado, através dos meios de comunicação oficiais, onde se queixaram das decisões dos juízes
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É notícia de última hora! Depois da equipa de futsal do Benfica ter batido o Sporting nas grandes penalidades, o Clube da Luz emitiu um comunicado onde se queixou da arbitragem do Dérbi desta tarde. As águias consideram que foram prejudicadas, em beneficio dos leões, saindo em defesa da "verdade desportiva".
"Favorecimento da equipa do Sporting"
"A vitória conquistada pela equipa de futsal do Benfica, no Pavilhão João Rocha, não pode apagar tudo o que a antecedeu e que voltou a evidenciar uma total desigualdade de tratamento dos clubes, por parte da equipa de arbitragem", começaram por escrever os encarnados na nota emitida.
Em seguida, as águias apontaram os erros da equipa de arbitragem, tendo como destaque a continuidade de Zicky na partida: "Critérios disciplinares díspares e com prejuízo do Benfica, uma grande penalidade cometida sobre Raúl Moreira, que nem o visionamento das imagens permitiu que fosse assinalada – daria expulsão do jogador adversário Zicky –, e um golo do Sporting, antecedido de uma grosseira cotovelada do jogador que o marcou, foram lances que tiveram sempre a mesma consequência: o favorecimento da equipa do Sporting".
"Infelizmente, estes comportamentos das equipas de arbitragem não são novos e refletem uma tendência para alterar a verdade desportiva que não são consentâneos com uma competição onde todos os clubes devem ser tratados de uma forma igual", acrescentaram os encarnados, que à semelhança de João Diogo Manteigas se pronunciaram sobre as decisões dos juízes.
"Infelizmente, estes comportamentos das equipas de arbitragem não são novos"
Por fim, a Direção do Benfica deixou um apelo ao Conselho de Arbitragem: "A Direção do Sport Lisboa e Benfica apela ao Conselho de Arbitragem para que exerça uma influência positiva sobre os árbitros, de forma a que os próximos jogos da final do Campeonato possam decorrer com normalidade e sem razões de queixa dos clubes que a disputam. A bem da verdade desportiva e da credibilidade da competição".