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Rui Costa deixa recado a André Villas-Boas após ataque do Porto ao Benfica
28 Nov 2025 | 07:48
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15 Set 2024 | 11:00 |
João Diogo Manteigas defende que o Benfica deve avançar para a renegociação da dívida o mais rapidamente possível. Em entrevista exclusiva ao nosso Jornal, o candidato à Presidência do Clube da Luz fala em “amadorismo” na gestão da SAD e dá exemplo de … Otamendi.
“Benfica não tem outra hipótese se não reestruturar a dívida a nível transversal”
Glorioso 1904 (G). Qual é a sua posição sobre a dívida do Benfica?
João Diogo Manteigas (JMD). A cativação de receitas é obrigatória. Se o Benfica não cativa receita, como é que paga a dívida, se não há receitas extraordinárias? Temos de assumir que as vendas de jogadores se tornaram receitas ordinárias. Aliás, em abril, Luís Mendes disse que todos os clubes em Portugal têm de vender jogadores. Rui Costa está sempre a dizer isso. Há uma dependência de vendas. Apenas por aí, o projeto falhou.
Há outra questão que é, de vez em quando, o Benfica tem de ir buscar dinheiro. Tem duas formas de o fazer. Empréstimos obrigacionistas consideráveis, que tem vindo a acontecer nos últimos anos. O Benfica lança o empréstimo obrigacionista e depois reforça porque a procura é grande. É o Benfica. Quando o Benfica lança algo, as pessoas vão à procura, sejam ou não Benfiquistas. A maioria dos investidores, se calhar, nem são Benfiquistas. Há uma procura muito grande porque o Benfica é uma marca que cumpre.
Há outra forma de ir buscar dinheiro, que são contas correntes ou de apoio à tesouraria. Nas contas, vemos que há lá um banco estrangeiro, que é o LB Bank, alemão. Percebe-se que são contas correntes daquelas que, ao semestre, temos interesse em liquidar no imediato para não aparecerem nas contas.
O Benfica está constantemente a precisar de dinheiro. Há outras provas, como a antecipação da venda do Gonçalo Ramos. É evidente. A questão das vendas em cima do joelho. Todas umas atrás das outras. Um clube quando tem de vender porque está à beira do colapso e precisa de mascarar as contas, tem de o fazer (renegociar a dívida) obrigatoriamente, não pode esperar. Não vai fazer nada em termos comunicativos para os Sócios e Adeptos. É para vender, é para vender. Mais vale assumir imediatamente isso do que estar a esperar pelo tempo que vai ser sempre pernicioso e nocivo para a SAD. Há algum amadorismo na gestão do processo propriamente dito porque é inevitável quem mais se tem de valor em casa. Há uma comunicação que não é real relativamente àquilo que na realidade acontece.
O Benfica não tem outra hipótese se não reestruturar a dívida a nível transversal. Dentro da reestruturação, não sei se o Benfica não devia procurar um mercado emergente, com capital. Hoje em dia, temos os Estados Unidos e a Arábia Saudita, para poder convolar tudo num pacote e pagar a essa entidade e aliviar a carga que tem deste lado.
Cativações têm de ser uma projeção a médio/longo prazo. A receita não cai toda de uma só vez quando vendo um jogador. Os clubes nunca pagam os 60 milhões a pronto. As coisas são pagas em prestações de quatro/cino anos. As pessoas têm uma ideia de que o João Neves é vendido e caem logo os 60 milhões na conta. Não é assim. O PSG é muito rico, mas o dinheiro ainda tem de sair lá do país de onde sai, entrar em Paris e ir não sei para onde.
Acima de tudo, cortar em fornecimentos e serviços externos. Sou acionista da SAD e, se mandar uma carta ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, posso estar aqui cinco anos à espera que me digam e descrevam quem é que são os protagonistas dos FSE. Não me vão responder. Nem no Clube me respondem, quanto mais na SAD. Posso fazer uma queixa na CMVM. Vou fazer isso? Não me parece que seja o caminho a seguir.
Otamendi? “É uma renovação que não consigo entender”
G. E quanto à renovação com os jogadores de salários mais elevados?
JDM. O Di María até é um caso excecional porque beneficia de um determinado regime (fiscal) de regresso que permite ao Benfica poupar dinheiro, embora tenha um salário elevado. Desportivamente, não sei se esperamos do Di María aquilo de que precisamos.
Mas temos o caso do Otamendi. É uma renovação que não consigo entender. Sou suspeito porque, quando foi renovado o contrato, disse publicamente que era um erro por causa da promoção do talento e era preciso lançar o António Silva e o Tomás Araújo. Tenho que lançar outros jogadores. Não tem a ver com o Otamendi em si, tem a ver com o custo que tenho com o Otamendi e com aquilo que ele me dá em campo. É capitão? Certo, mas há coisas que não justificam a manutenção de determinados jogadores.
Quando o Benfica contrata jogadores por 20 milhões de euros, esses atletas recebem bem e implica que não se consiga renovar com um Rafa, que está a pedir o mesmo que esses jogadores que acabei de trazer e estão a ganhar mais do que ele. Isto é política de gestão, desportiva e financeira. Não é científico, nem da NASA. É fácil, tem de se aplicar mediante aquilo que está a acontecer. Quem entrar lá dentro, vai ter muita dificuldade em reorganizar tudo isto, mas vai ter de se sentar com todos os credores.
“Benfica tem de ganhar com a centralização e não pode ser prejudicado”
G. Qual a sua posição sobre a centralização dos diretos televisivos do futebol português?
JDM. A pergunta que me foi fazer [risos]. Não sou contra a centralização. Sou contra um determinado tipo de centralização que não vá ao encontro daquilo que os clubes têm de receber. Não digo só do Benfica. Agora, há aqui uma questão. O Benfica é maior que todos os outros. Não estou a falar desportivamente, nem vou por aí. Falo puramente a nível económico e financeiro.
Há um problema relativamente à centralização. Foi um decreto-lei imposto no COVID sem pés nem cabeça. Aquilo foi ‘tem de ser, isto é bom para o futebol português, entendam-se, façam um projeto e mandem que depois vemos e validamos’. Isto não funciona assim.
A questão da centralização tem sido sustentada com base no sucesso que têm tido outros países e outras ligas. Não consigo entender como se compara o futebol português à liga inglesa, italiana, francesa… Não faz sentido nenhum comparar a liga portuguesa com as principais ligas europeias por duas razões. A primeira é que não temos a capacidade financeira que todas essas têm. A segunda é que, culturalmente, ninguém consegue enfiar na cabeça que Portugal tem três clubes que têm basicamente tudo o que é a atenção dos Sócios e adeptos.
O Governo devia colaborar com a Federação Portuguesa de Futebol e com a Liga para fazer um censo para saber qual a percentagem de sócios e adeptos do Benfica, Porto, Sporting e dos outros clubes. Há 10 anos, havia uma massa grande adepta do Vitória de Guimarães, o Braga estava a aumentar e havia um outsider fenomenal que era o Setúbal. Era o quinto classificado em termos de sócios e adeptos. Tinha uma massa associativa brutal e fidedigna.
A centralização só pode ser implementada se estes três clubes tiverem a noção de qual é a divisão de poder a nível cultural. Quando o Benfica vai jogar a Arouca, quem enche o estádio é o Benfica. Os clubes que estão na primeira liga – e na segunda com o Benfica B – ganham com isso. O Benfica tem de ganhar com a centralização e não pode ser prejudicado.
Qual é o modelo da centralização? É o espanhol? Parece-me o mais equilibrado. Porquê? Porque o Benfica não é tão prejudicado. Há uma questão relacionada com a massa adepta, com os Sócios, presença nas redes sociais, etc. Acho que esse é o modelo que a Liga Portugal quer tentar implementar. Perceber qual é o clube – e de que maneira é que isso se traduz económica e financeiramente – no futebol, ou seja, qual é a marca mais poderosa. Tudo me diz que é o Benfica.
Quanto é que temos de meter de dinheiro em todos os outros clubes? O que é que eles precisam? A questão aqui é mais complexa. Se aumentar os direitos televisivos do Arouca, eles vão pegar no dinheiro e fazer o quê? Vão formar jogadores? Melhorar as infraestruturas do estádio? Formar dirigentes? O dinheiro é para quê? É que em Espanha o dinheiro é canalizado para estas coisas que disse. Ninguém recebe 10 milhões de euros e faz o que quer. Não sou contra a centralização, mas deve respeitar a história e a realidade daquilo que são os clubes em Portugal, à cabeça, o Benfica.
“Se amanhã tivesse de entrar no Benfica, a SAD estaria completamente composta”
G. Já tem algum nome pensado para CFO do Clube? Como será a sua relação com o CFO?
JDM. Vou-lhe responder politicamente porque não posso avançar com nomes. Sabia que ia ser confrontado com este tema porque antecipando muito tempo uma candidatura, corro o risco de ser confrontado com essa pergunta, que é uma que as pessoas mais querem saber.
Esta é uma candidatura que tenho pensada ao longo de muitos anos. Não nasceu ontem e fui falando com pessoas ao longo do tempo. Se amanhã tivesse de entrar no Benfica, a SAD estaria completamente composta com nomes assegurados, todos Benfiquistas, todos trabalhadores na área. Tenho assegurado um projeto losango: um CFO, um diretor desportivo para a equipa A e B, um diretor geral para o Benfica Campus. Todos eles teriam uma ligação direta. Isto está fechado. Tenho o ok dessas pessoas, que conheço muito bem e há muitos anos. Acompanharam o meu percurso, alguns até são mais velhos do que eu. Conhecem-me, sabem o que quero fazer e eu sei o que quero deles. Isto na SAD.
No Clube, é diferente. Posso assegurar que tenho já nomes seguros contratualizados para me acompanhar. Quero, com o progresso desta candidatura, que mais pessoas venham ter connosco. Quero fazer algo que acho que nunca foi feito no Benfica ou noutros clubes: conhecer mais pessoas, saber as suas capacidades e conhecê-las profissionalmente e juntar, na parte do clube, aos cargos de dirigente pessoas que venham de fora, ou seja, não programar uma equipa para os três órgãos sociais, mas juntar alguns elementos de fora para dentro. Sócios que se queiram juntar, e que se entrosem bem, para lhes dar oportunidade de estar connosco na nossa direção. Sei que é difícil, mas é exatamente por causa disso que estou aqui um ano e um mês antes para lhes dar essa oportunidade e conhecer pessoas.
Entrevista exclusiva de João Diogo Manteigas ao Glorioso 1904:
- Parte 1: Exclusivo Glorioso 1904 - “Tenho a certeza que Noronha Lopes e Benitez vão-me apoiar”
- Parte 4: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
- Parte 5: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
- Parte 6: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
- Parte 7: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
- Parte 8: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
Confira aqui as declarações de João Diogo Manteigas, em exclusivo, ao Glorioso 1904:
Em comunicado, Clube da Luz fez importante apelo aos adeptos dos encarnados para evitar castigo pesado por parte da UEFA na prova milionária
04 Dez 2025 | 11:29 |
O Benfica anunciou que está proibido pela UEFA de vender bilhetes para a deslocação ao reduto da Juventus (21 de janeiro, 20h00, Itália). Em comunicado, o Clube da Luz apela aos adeptos para que tenham um “comportamento exemplar” no próximo embate da Liga dos Campeões para evitar qualquer castigo.
“O Sport Lisboa e Benfica informa que, na sequência do acendimento de tochas ocorrido no jogo frente ao Ajax, em Amesterdão, o Clube está impedido pela UEFA de proceder à venda de ingressos para o próximo jogo fora na Liga dos Campeões, diante da Juventus”, revelam os encarnados, em comunicado.
“Para além disso, pende ainda sobre o Benfica uma partida de pena suspensa por um período de dois anos, pelo que qualquer novo incidente relacionado com pirotecnia resultará numa nova interdição de venda de bilhetes para encontros fora de portas e numa possível interdição de acesso a determinados sectores nos jogos em casa”, acrescentam os encarnados.
Na mira da UEFA, Benfica faz apelo aos adeptos: "Comportamento exemplar"
Por fim, a Direção de Rui Costa deixa um pedido aos adeptos: “O Sport Lisboa e Benfica volta, por isso, a apelar aos seus adeptos para que tenham um comportamento exemplar no apoio à equipa, protegendo o Clube de sanções adicionais e garantindo que todos continuamos a viver o Benfica com a paixão e o entusiasmo que a nossa história merece”.
Depois da receção ao Sporting, que está a fazer correr muita tinta, o Benfica volta a entrar em cena na Liga dos Campeões, diante do Nápoles. O jogo está agendado para a próxima quarta-feira, às 20h00, no Estádio da Luz, e, em caso de novos incidentes, a turma de José Mourinho pode mesmo vir a ser penalizada.
Protocolo presidencial para o dérbi eterno já está definido. Saiba onde vão sentar-se os líderes dos dois rivais no Estádio da Luz na próxima sexta-feira
04 Dez 2025 | 07:39 |
O Sport Lisboa e Benfica já fechou os detalhes protocolares para a receção à comitiva leonina no próximo dérbi. Ao contrário do que o clima de tensão que se vive no futebol português poderia fazer prever, a decisão tomada pela estrutura encarnada para a Tribuna Presidencial revela uma normalidade institucional.
Onde vão sentar-se os presidentes? Rui Costa vai ocupar o seu lugar habitual no camarote Presidencial do Estádio da Luz. Por sua vez, Frederico Varandas irá sentar-se nos lugares indicados pelos encarnados, devidamente reservados para a direção visitante na mesma zona.
Como está a relação entre os dirigentes? Apesar do ambiente crispado que envolve o futebol nacional, com trocas de galhardetes frequentes entre clubes, a relação pessoal e institucional entre Rui Costa e Frederico Varandas é descrita como cordial. Os presidentes de Benfica e Sporting têm sabido separar as águas, mantendo o respeito mútuo fora das quatro linhas.
Apesar da normalidade nas relações institucionais entre os clubes, o Benfica não ficou agradado com a nomeação de António Nobre para o dérbi. É que foi este mesmo árbitro que optou por não reverter uma alegada grande penalidade de Nicolás Otamendi no empate a duas bolas diante do Arouca, que viria a ser decisivo para as contas do título.
O Benfica – Sporting está agendado para a próxima sexta-feira, 4 de novembro, às 20h15, no Estádio da Luz. O dérbi eterno, relativo à 13.ª jornada da Liga Portugal Betclic, terá transmissão na BTV e é essencial para as aspirações da turma de José Mourinho - que contará com importante regresso - na luta pelo título, que está a três pontos dos leões e seis do Porto.
Perguntas frequentes sobre o Benfica – Sporting:
Através de um comunicado partilhado no site oficial, Mesa da Assembleia Geral decretou que Sócios se vão reunir para apreciar e votar projeto
03 Dez 2025 | 20:24 |
O Benfica District vai ser discutido numa Assembleia Geral Extraordinária. A informação surgiu na tarde desta quarta-feira, 3 de dezembro, quando a Direção, liderada por Rui Costa, revelou que o projeto apresentado pela estrutura encarnada será votado na referida reunião, que ficou agendada para 3 de janeiro de 2026.
A dita Assembleia Geral Extraordinária, como o próprio Benfica a denominou, vai decorrer dentro de um mês e terá lugar no Pavilhão n.º 2 da Luz. Segundo o comunicado enviado pela Mesa da Assembleia Geral das águias, o ponto de trabalho será a apreciação e consequente votação do Benfica District.
O Benfica District consiste num projeto de requalificação do Estádio da Luz e de toda a sua zona envolvente, focado em desporto, cultura, lazer e receitas extradesportivas, com conclusão prevista para perto de 2030. O plano foi apresentado aos Sócios poucos meses antes das eleições, que decorreram entre 25 de outubro e 8 de novembro.
A ideia central é modernizar a infraestrutura, criar novas valências e reforçar a sustentabilidade financeira do clube, sem alterar a essência do Estádio da Luz nem da sua envolvente. Este é um dos projetos que Rui Costa tem em mente — ao mesmo tempo, o Presidente quer acelerar o tema dos direitos televisivos.
Entre as principais novidades, o plano prevê a construção de novos pavilhões, uma arena multiusos, uma nova praça cívica e unidades comerciais, hoteleiras e residenciais, com um investimento estimado a rondar os 220 milhões de euros. Está previsto que a Assembleia Geral Extraordinária seja transmitida no site oficial do Benfica.