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0João Diogo Manteigas tem dúvidas de que Bruno Lage tenha sido a primeira escolha de Rui Costa para suceder a Roger Schmidt no comando técnico do Benfica. Em entrevista exclusiva ao Glorioso 1904, o candidato à Presidência dos encarnados abordou o despedimento de Roger Schmidt, considerando que, ao dia de hoje, Rui Costa já estará arrependido de ter segurado o alemão para a temporada 2024/25.
"Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte"
Glorioso 1904 (G). Bruno Lage foi apresentado como novo treinador do Benfica. Seria a sua primeira escolha?
João Diogo Manteigas (JDM). Quando se abre a brecha relativamente a Roger Schmidt, têm de ser ponderados vários treinadores. Acredito que a Direção do Benfica o tenha feito. Não acredito que Bruno Lage tenha sido a primeira e única opção. O projeto desportivo foi todo construído com base na validação de um treinador que já não está no Benfica. Bruno Lage acaba por ser uma opção viável para entrar com o projeto em andamento. Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte.
Bruno Lage vai ter de reconquistar os adeptos porque foi despedido e teve uma série de derrotas que condicionaram completamente a sua passagem pelo Benfica. A segunda época de Bruno Lage tem uma primeira volta espetacular, renova contrato em dezembro, e, depois, no ano da COVID, é um desastre completo. Saiu de uma forma pouco elogiosa não para ele, mas sim por parte da Direção que estava na altura. Há uma sequência de atos poucos elogiosos da parte da Direção, à cabeça, Luís Filipe Vieira.
O regresso é surpreendente. Temos de olhar para Bruno Lage e perceber o que aprendeu nos últimos anos. Teve uma primeira experiência em Inglaterra, e depois no Brasil, que não correram nada bem, exceção feita ao primeiro ano no Wolverhampton. Mas a verdade é que conhece bem esta casa, tem vontade e vai ter de provar aos Sócios do Benfica que está preparado. Bruno Lage conhece o Benfica, é Benfiquista, e parece-me ter o perfil adequado. A questão é se é capaz de aguentar a pressão se as coisas começarem a correr mal.
"Há uma altura em que se percebe que era inevitável chegar a acordo com Roger Schmidt”
G. Teria mantido Roger Schmidt depois do final da época passada? Se sim, teria despedido o técnico alemão ao fim de quatro jornadas?
JDM. Para começar, não teria renovado com Roger Schmidt. O problema é criado aí porque Schmidt renova menos de um ano depois de ter assinado pelo Benfica: chega em junho e renova em março numa altura em que o Benfica não tinha ganhado nada. É verdade que a época estava a correr muito bem, era uma lufada de ar fresco, a comunicação era espetacular, louvei-o várias vezes.
Ao ter renovado com o Roger Schmidt, a Direção do Benfica torna-se muito dependente dos resultados desportivos. Ninguém conseguia garantir que Roger Schmidt iria fazer a mesma coisa no ano seguinte. O Benfica tinha feito a primeira fase da época com um brilhantismo enorme. As coisas começam a correr mal a partir do momento em que Enzo Fernández, que era um jogador essencial, sai e a equipa começa a perder alguns jogos. O final dessa época, já após a renovação, não é fantástico.
Há uma altura em que se percebe que era inevitável chegar a acordo com Roger Schmidt para não continuar nesta época. A Direção do Benfica tem sempre de escutar os adeptos. Não estou a falar de televisões, não estou a falar de programas de comunicação social, estou a falar da insatisfação dos Sócios no estádio. Ainda por cima Roger Schmidt criou um problema com os Sócios. Não interessa se foi encostado à parede – que foi – em determinados jogos. Havia uma insatisfação e estava em todo o lado. A partir daí, não poderia ter começado esta época.
Acho estranho que o projeto desportivo se tenha mantido o mesmo. O projeto desportivo tem de ser pensado para o caso de o treinador principal falhar. E o risco era enorme. Quando vemos a entrevista de Rui Costa, no Benfica Campus, percebe-se que é uma aposta pessoal dele e, a partir daí, está completamente dependente do treinador. Saindo o treinador, está ainda mais dependente do novo treinador, que é uma escolha pessoal. Foi um processo mal gerido, mas ao menos tomou uma decisão, assumiu-a publicamente e não se pode levar a mal Rui Costa por tê-lo feito. Foi um risco e está certamente insatisfeito com a decisão que tomou.
“A um ano do final do mandato, reestruturar o Conselho de Administração é grave. Significa que alguma coisa falhou redondamente”
G. Nos últimos dias, foi conhecida a nova constituição da administração da Benfica SAD. Que comentário pode fazer sobre os nomes escolhidos, em particular ao de Nuno Catarino, que ficará com a área financeira
JDM. Desconheço por completo quem é Nuno Catarino. Não sabemos nada de mau, nem nada de bom. Vamos dar a possibilidade de ser uma coisa nova.
A um ano do final do mandato, reestruturar o Conselho de Administração é grave. Significa que alguma coisa falhou redondamente naquilo que é a gestão da SAD. O Benfica não tinha, desde a saída de Luís Mendes, um interlocutor para o mercado – e é obrigatório por lei –, mas houve uma recomposição e temos de dar a mão à palmatória e acreditar que vão fazer um bom trabalho até ao final do mandato.
Seria muito mais grave se não se resolvesse, se houvesse eleições antecipadas, se houvesse uma crise ainda mais grave. Não concordando, reconheço que há algum alinhamento em quem está lá dentro. Viu-se uma entrevista de Jaime Antunes a validar isso. Relembro que, em abril, Luís Mendes, antes de sair do Benfica, tinha dado uma entrevista em que disse que o Benfica não precisava de vender jogadores e que estava bem financeiramente.
Confira aqui as declarações de João Diogo Manteigas:
Entrevista exclusiva de João Diogo Manteigas ao Glorioso 1904:
- Parte 1: Exclusivo Glorioso 1904 - “Tenho a certeza que Noronha Lopes e Benitez vão-me apoiar”
Comentador analisou demissão do Presidente da Mesa Assembleia Geral do Clube da Luz e apontou dedo ao líder máximo das águias
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0Rui Santos culpa Rui Costa pela demissão de Fernando Seara de Presidente da Mesa Assembleia Geral do Benfica. Num comentário na CNN Portugal, o jornalista afirmou que a imagem do líder máximo dos encarnados não é a melhor e que esse terá sido um dos fatores para a saída do advogado.
"Não estava a ver que apenas insultos levassem Fernando Seara a demitir-se"
“Na década de 90, também fui vítima de alguns enxovalhos. Na nossa profissão, também passamos por esses momentos. Não estava a ver que apenas questões relacionadas com insultos levassem Fernando Seara a demitir-se”, começou por afirmar Rui Santos.
“Do meu ponto de vista, há uma leitura política que está relacionada com tudo o que está à volta do Benfica neste momento. Do ponto de vista da dignidade, gostava de dar conta deste sinal, que é um bocadinho resultado de uma imagem que Rui Costa criou de não ser um líder”, continuou Rui Santos.
"Estas coisas ferem a dignidade das pessoas"
“Houve uma imagem que circulou na internet que está relacionado com o banco do bananistão. Estas coisas ferem a dignidade das pessoas e Fernando Seara sentiu-se visado com esta situação porque o que se quer dar a entender é que os interesses do Benfica acabam por capturar e influenciar o posicionamento de determinadas figuras. Isto está relacionado com dignidade”, finalizou Rui Costa.
Importa lembrar que, na última Assembleia Geral do Benfica, e perante o clima tenso que se vivia no pavilhão, Fernando Seara acabou mesmo por se demitir. Até ao momento, o advogado ainda não deu qualquer esclarecimento sobre a sua decisão.
Confira as declarações de Rui Santos sobre a demissão de Fernando Seara de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica:
Conhecido adepto do Glorioso anunciou, recentemente, a sua candidatura à presidência do Clube da Luz
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0João Diogo Manteigas, que anunciou recentemente a candidatura à presidência do Benfica, deu, esta segunda-feira, uma entrevista à Antena 1. O conhecido Benfiquista colocou os pontos nos is relativamente à confusão em que se viu envolvido na Assembleia Geral Extraordinária, chamando ainda o Porto ao barulho.
"O Benfica não é o Porto, não tem nada a ver com o Porto"
"Essa situação não foi dirigida a mim, mas a outros dois sócios, que começaram a conversar com esse sócio. Eu até lamento que alguns dos jornalistas que estavam lá, naquela altura, tenham passado a mensagem contrária ao que se passou. Houve, de facto, um sócio que me dirigiu algumas palavras. É normal, as pessoas não têm de gostar umas das outras, ninguém as obriga a isso, mas eram palavras", começou por afirmar o advogado.
"Aconteceu, no momento, também não queria dar grande relevância a isso, não foi nada comigo. Queria dizer uma coisa, para que fique bem assente. O Benfica não é o Porto, não tem nada a ver com o Porto", prosseguiu João Diogo Manteigas. "O Porto tem a sua forma de gerir, o Benfica tem outra completamente diferente, e as pessoas têm direito à manifestação, são cordiais. Mesmo que tenham de levantar a voz contra outros sócios, podem fazê-lo, não há problema nenhum", completou o candidato à presidência do Glorioso.
Recorde-se que, na Assembleia Geral, Fernando Seara acabou por pedir a demissão. O requerimento de prosseguir a reunião num prazo máximo de 30 dias foi votado positivamente, depois de ter sido apresentado por João Diogo Manteigas, com o intuito de acelerar os trabalhos. Foi nesse seguimento que se deu a demissão do presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Agora, com José Pereira da Costa ao leme, o Benfica terá de encontrar um dia compatível para a realização de outra Assembleia Geral Extraordinária no prazo de 30 dias, para, evidentemente, concluir o trabalho começado ontem no Pavilhão da Luz.
Candidato às eleições de 2025 discursou no dia da Assembleia Geral Extraordinária, onde já foi aprovado o primeiro ponto da proposta da direção de Rui Costa
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0João Diogo Manteigas discursou em dia de Assembleia Geral Extraordinária do Benfica. O primeiro candidato às eleições da Presidência do Clube da Luz, que acontecem em 2025, apontou para o "dia histórico", mas deixou críticas à direção de Rui Costa.
"Benfiquistas, hoje é um dia histórico para o Sport Lisboa e Benfica. Chegou finalmente o dia em que vamos debater e votar o documento mais importante desde a nossa fundação. Passaram-se 14 anos da última aprovação de uns estatutos que não estão à altura do nosso Clube", começou por afirmar o jurista português.
"Na realidade: fizeram-nos esperar tempo demais para esta revisão estatutária"
"Na realidade: fizeram-nos esperar tempo demais para esta revisão estatutária; o processo não foi transparente conforme se exige no Sport Lisboa e Benfica; e foram ultrapassados prazos estatutários. E até foram disponibilizados publicamente dados privados dos Sócios sem autorização. Ainda assim, hoje começa um novo futuro para o Sport Lisboa e Benfica", disse o candidato a Presidente do Clube encarnado, 'apontando o dedo' pela decisão tardia.
"Apelo a todos os sócios que aprovem a proposta global a apresentar no 1. ponto da assembleia. Sabemos que não é a proposta perfeita, mas não há tempo a perder! É um passo em frente que nós vamos poder melhorar na discussão individual de todos os artigos, como por exemplo: alteração do número de votos por categoria de sócio; o papel das casas; a criação de uma assembleia geral para discutir a época desportiva; implementar a necessária 2 volta nos atos eleitorais", continuou.
"Caros Benfiquistas, não há Benfica sem voz e poder dos sócios! Não há Benfica sem democracia! Desejo a todos um dia à Benfica! Viva o Glorioso! Viva o Sport Lisboa e Benfica!", concluiu João Diogo Manteigas.
Vale destacar que o primeiro ponto da proposta geral de revisão dos Estatutos foi aprovada por maioria durante a manhã deste sábado, 21 de setembro, na Assembleia Geral Extraordinária do Benfica. Os trabalhos irão retomar após a pausa para almoço, existindo mais pontos a serem analisados pelos Sócios juntos da direção de Rui Costa.