Ninguém pára o Benfica! Águias ensinam Porto e Sporting a 'encher os cofres'

Glorioso 1904. Como é que se explicam estes resultados quando o Benfica tem vendido, ano após ano, vários jogadores por verbas bastante elevadas (João Neves, Enzo, Gonçalo Ramos, entre outros)?

João Duarte. Há duas explicações principais para o baixo resultado em transações de atletas no último triénio. Em primeiro lugar, ao mesmo tempo que o Benfica tem vendido jogadores por valores muito elevados, também tem comprado jogadores por valores elevados [empresa de João Neves, na foto]. No triénio pré-COVID, a venda anual em termos brutos era cerca de 112 milhões de euros, já no último triénio foi de 146 milhões de euros. As vendas brutas cresceram 30%. No entanto, simultaneamente, as compras passaram de 27 milhões de euros anuais para 81 milhões de euros. Um crescimento de 200% — triplicaram. O resultado disto foi uma redução de resultado bruto entre aquilo que é vendido e aquilo que é comprado de 85 milhões ano para 65 milhões ano. Em segundo lugar, como o volume de compras e vendas aumentou, os custos de intermediação aumentaram (o que pode acontecer mesmo que a taxa de intermediação seja a mesma, ou até inferior, por transação). Segundo os relatórios de intermediação publicados pela FPF, isto parece ser o caso. Segundo esses relatórios, o Benfica pagou um total de 40 milhões em comissões no triénio pré-Covid, ao passo que no último triénio pagou 53M.

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G. O Benfica devia adotar uma política diferente no que às contratações diz respeito? Investir menos em cada jogador (olhe-se, por exemplo, para o caso de Kokçu e Arthur Cabral)? Ou a solução é comprar e vender menos jogadores, e mantê-los mais tempo no plantel?

JD. Não sou especialista em estratégias desportivas. Apenas em economia e finanças. A informação que a minha análise acrescenta é a quantificação de quanto mais pode custar um modelo assente em elevados volumes de compras e de vendas de atletas. Um modelo com maior volume de compras e de vendas requer um retorno médio elevado em cada transação. Caso contrário, os custos de intermediação irão ganhar um peso significativo no resultado líquido do clube. Agora, pode ser que seja do interesse desportivo e estratégico seguir esse modelo. A minha análise apenas aponta que esse modelo enfrenta maiores custos de transação no curto prazo.

Ler estudo completo aqui: 

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Benjamín Rollheiser foi ontem apresentado no Santos, depois de ter sido oficializado na passada quarta-feira, 12 de fevereiro. Em entrevista aos meios do clube canarinho, o antigo extremo do Benfica teceu largos elogios a Neymar, que chegou a ser visto como um 'trunfo' para garantir a contratação do craque. 

Benjamín Rollheiser - Neymar é muito humilde. Está sempre disposto a ajudar os companheiros

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"Todos sabem a classe que o Neymar tem, o quão importante é, a nível mundial. Tê-lo como companheiro, é uma aprendizagem constante. Vamos aprender muito com ele. Neymar é muito humilde", começou por mencionar o antigo camisola 32 das águias, que divulgou também o motivo que o levou a rumar ao Santos, neste mercado de transferências de inverno. 

"Está sempre disposto a ajudar os companheiros. Acho que é a coisa que mais valorizo nele, a humildade que ele tem. Hoje estou ao lado dele, um dos grandes do futebol mundial. Vou aprender e continuar a evoluir", concluiu Benjamín Rollheiser. 

Benjamín Rollheiser - Todos sabem a classe que o Neymar tem. Tê-lo como companheiro, é uma aprendizagem constante

Esta temporada, com o Manto Sagrado do Benfica, Benjamín Rollheiser – atualmente com um valor de mercado fixado nos 10 milhões de euros – marcou presença apenas em 18 encontros: seis na Liga dos Campeões, nove na Liga Portugal Betclic e três na Taça de Portugal. Nos 373 minutos disputados dentro das quatro linhas, o extremo argentino somou um golo e ainda uma assistência, ambos na partida com o Gil Vicente. O atacante está agora à espera da oportunidade para se estrear com a camisola do Santos. 

O Benfica entra em campo esta noite, 18 de fevereiro, frente ao Monaco, para disputar uma das vagas de acesso aos oitavos de final da Champions League, onde as águias seguem em vantagem, depois de uma vitória tangencial no Principado. Face ao duelo, a imprensa nacional destaca Vangelis Pavlidis como o homem que pode fazer a diferença. 

No jornal Record, o atacante helénico mereceu destaque, depois de ter somado um bom registo nos últimos tempos. "O grego marcou nos últimos três jogos da Champions e quer manter o ritmo", pode ler-se no diário acima mencionado. 

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No entanto, a partida que irá decorrer no Estádio da Luz conta com muitas incógnitas, tanto para Bruno Lage e Adi Hutter. No lado dos encarnados é certo que Vangelis Pavlidis irá regressar à titularidade, depois de ter sido suplente utilizado, onde fez 19 minutos frente ao Santa Clara. Apesar da sua estreia a titular frente aos açorianos, é certo que Andrea Belotti volte ao banco, porém, o camisola 19 deve entrar no decorrer da partida frente aos monegascos.

A decisão do ataque é quase certa para Bruno Lage, o setubalense deve repetir o tridente ofensivo Akturkoglu-Pavlidis- Schjelderup, tal como tinha acontecido na 1.ª mão. Porém, a grande incerteza recai sobre o meio-campo do Glorioso, com as ausências confirmadas de Florentino e Manu, o setubalense apenas tem Barreiro e Kokçu disponíveis, mas na conferência de imprensa, Bruno Lage confirmou a presença de Aursnes.

No que diz respeito à defesa, a única mudança, comparativamente ao encontro frente ao Santa Clara, será o regresso de Tomás Araújo à titularidade, depois de ter sido rendido por Leandro Santos. No encontro desta noite, Bruno Lage deve lançar o possível onze: Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Carreras, Barreiro, Aursnes, Kokçu, Akturkoglu, Pavlidis e Schjelderup.

Recorde-se, que o avançado grego tem estado em grande forma, onde apontou oito golos, nos últimos sete encontros e marcou pelo menos um golos nas últimas três partidas da Liga dos Campeões. Vangelis Pavlidis - atualmente avaliado em 23 milhões de euros - chegou ao Benfica no início desta época e até à data já participou em 36 encontros oficiais. Ao todo, o camisola 14 somou 2320 minutos em campo, apontando 15 golos e sete assistências.