João Antunes
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05 Nov 2025 | 13:25

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João Antunes

A rutura exige um nível de confiança e clareza. O futuro do Benfica deve assentar em segurança, competência e visão estratégica — não em saltos no desconhecido.


A segunda volta das eleições no Sport Lisboa e Benfica representa uma circunstância excecional na vida do clube. Para além de prolongar o maior processo democrático do mundo em Clubes, obriga os sócios a refletirem com rigor sobre o modelo de liderança e gestão que pretendem para o futuro próximo.


Na primeira volta ficou claro que os sócios se mobilizaram, valorizaram o debate e a pluralidade de ideias — um sinal estrondoso de vitalidade institucional. Agora, o desafio é escolher entre duas vias:


1. Uma segunda hipótese de continuidade, que implica dar sequência ao projeto atual, reconhecendo alguns progressos na estabilidade mediática ou jurídica do Clube, mas exigindo simultaneamente maior eficácia desportiva, uma efetiva comunicação institucional e uma liderança mais assertiva nos momentos críticos.

2. Uma mudança cuja natureza e capacidade de implementação permanecem, em parte, indefinidas, acompanhada de energia e intenção renovadora, mas sem clareza total quanto ao modelo de governação, prioridades estratégicas e garantias de execução. O Benfica, pela sua dimensão e responsabilidade no panorama desportivo nacional e internacional, não pode servir como espaço de experimentação ou de roturas mal preparadas.

Neste contexto, a decisão tem de assentar em perguntas objetivas:

    • Conhecemos de forma suficiente o plano alternativo?

    • Existe experiência, conhecimento e capacidade de gestão comprovada para liderar um clube desta dimensão?

    • A solução proposta assegura continuidade estrutural ou introduz um grau de risco excessivo?

Responsabilidade e Estabilidade como Eixos Decisórios

A segunda volta não é apenas uma nova votação — é um exercício de responsabilidade. O resultado determinará a estratégia, o ritmo e a credibilidade do Benfica para os próximos anos, tanto no plano desportivo como institucional.

Independentemente do desfecho, a unidade interna será essencial. O foco comum deve ser o mesmo de sempre: consolidar o Benfica como referência no futebol nacional e europeu, com uma liderança estável, uma estratégia clara e uma cultura orientada para resultados.

Mais importante do que nomes ou circunstâncias conjunturais está — e estará sempre — o clube e a sua sustentabilidade futura.

A evolução exige continuidade com correções profundas.

A rutura exige um nível de confiança e clareza que, nesta fase, não está plenamente demonstrado.

O futuro do Benfica deve assentar em segurança, competência e visão estratégica — não em saltos no desconhecido.

Viva o Benfica.

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João Antunes
Bernardo Alegra

07 Nov 2025 | 07:26

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Que futuro, Benfica?

E para onde vai? Tenho poucas duvidas que não será nos próximos quatro anos que vamos ver o Benfica a reverter este ciclo negativo.

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Bernardo Alegra
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E para onde vai? Tenho poucas duvidas que não será nos próximos quatro anos que vamos ver o Benfica a reverter este ciclo negativo.

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