Fogo-fátuo
Ausente do vosso convívio vai para mais de um mês, permitam-me regressar num registo que está entre o cauteloso, o jocoso e o afirmativo
11 Dez 2025 | 21:48
Ausente do vosso convívio vai para mais de um mês, permitam-me regressar num registo que está entre o cauteloso, o jocoso e o afirmativo
Ausente do vosso convívio vai para mais de um mês, permitam-me regressar num registo que está entre o cauteloso, o jocoso e o afirmativo (só porque não rima com ‘oso’, embora também pudesse ser guloso…).
Foi um mês de altos e baixos no que ao nosso Benfica diz respeito. Para uns mais de baixos (derrota em casa frente ao Bayer Leverkusen, empate, também em casa, frente ao Casa Pia e mais um empate, este, no dérbi, mais recentemente) e, para outros, mais de altos (passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal, vitória em Amsterdão a contar para a Liga dos Campeões, vitória na Madeira nos últimos minutos – contrariando a tendência contrária – e nova vitória a contar para a Liga dos Campeões, desta feita frente ao Nápoles, na Luz).
Para mim, foi mais um mês de crescimento.
E, quando se cresce, há dores.
As dores provocadas pelo Dahl quando coloca a bola na cabeça do avançado do Bayer; as dores infligidas pelo árbitro que assinala um penálti ilegal que permitiu ao Casa Pia iniciar a reviravolta que lhe fez cair um ponto no colo; as dores alheias de uma equipa sem brio que se teve de esforçar para além do aceitável – e suposto – para vencer o Atlético; e as dores de uma bola mal colocada e dominada que caiu no Pote.
Mas, por outro lado, também há crescimento.
O crescimento de uma equipa que foi buscar forças que temíamos não ter, no meio do Atlântico, para resgatar uma vitória na Choupana; o assomo de uma equipa matreira e madura que bateu inapelavelmente o Ajax; a maioridade de um conjunto de jogadores feridos no orgulho (e com os pés furados, dos tiros dados no início do jogo), que vulgarizaram o bicampeão nacional; a consolidação de um plantel que, afinal, não é tão mau quanto o pintam, numa demonstração de superioridade inquestionável frente ao campeão italiano e atual líder da Série A.
Depois temos as masterclasses do Mourinho (ainda por cima, à borla), que alguns teimam em não acompanhar (para além do que perdem e podiam crescer, sem dores, evitavam a produção e verbalização de disparates a metro… já eu é que não perco nada por não lhes ligar nenhuma, até porque as dores são outras e eu não as vou reproduzir, pois não quero ser ofensivo).
Posto isto, alguns ainda poderão estar a pensar que tudo isto não passa de fogo-fátuo, na sua interpretação figurativa de um prazer ou brilho de curta duração, como se de algo ilusório ou enganador se tratasse.
Como eu sou um confesso entusiasta da linguística, com especial e natural afã para os caminhos – por vezes sinuosos e traiçoeiros – para onde nos leva e faz sonhar (ou ter pesadelos, depende dos altos e dos baixos) a língua portuguesa, prefiro debruçar-me (salvo seja) sobre o seu significado científico de um fogo que resulta da combustão espontânea de gases (metano e fosfina) que originam uma chama azulada ou esverdeada (nada é por acaso); e histórico, enquanto inspiração para lendas e mitos sobre espíritos e almas penadas (isto soa-me a mais certeiro que a ‘mira’ do Ivanovic).
Ouvindo e lendo muito do que se diz e escreve (por mote próprio e quase sempre antes das 8 e meia da manhã), mais uma vez se revela não ser por acaso que um dos gases que entra em combustão seja o metano… (se for preciso eu faço um desenho).
Ainda voltarei a tempo de desejar Boas Festas, até lá, espero que disfrutem do meu regresso e não o considerem fogo-fátuo, seja em que sentido for.
Fogo-fátuo
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