Fogo-fátuo
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07 Dez 2022 | 09:00
Jorge Jesus com a sua bazófia e Veríssimo com a sua apatia tiveram o mérito de permitir que adversário perdesse o respeito pelo Benfica.
Quando, em finais de março, surgiram os primeiros rumores que Roger Schmidt estava muito próximo de ser o novo treinador do Benfica para a época de 2022/2023, nada fazia prever que estivesse aqui hoje de peito feito, pleno de confiança, a ansiar que o Mundial do Qatar termine e que sejam retomadas as competições nacionais e internacionais de clubes.
Não escondo a desconfiança inicial que senti, em particular sobre as motivações para a contratação de um treinador alemão, desconhecido e sem um palmarés digno de poder aspirar a um lugar de treinador do nosso clube. Schmidt teve uma carreira modesta enquanto jogador. Licenciou-se em engenharia, trabalhou durante oito anos numa empresa e começou a carreira bem lá no fundo do futebol alemão. Teve passagens pelo Red Bull Salzburg, Bayer Leverkusen, Beijing Guoan e pelo PSV Eindhoven, antes de tomar, nas suas palavras, “uma das melhores decisões da sua vidas”.
Para ele e, até ver, para os Benfiquistas.
Desde a “longínqua” época de 2018/2019 onde celebrámos a Reconquista do 37.º campeonato, com Bruno Lage no comando, que o Benfica entrou num período de forte recessão, no caso, de títulos. O medo e a insegurança apoderaram-se da equipa em inúmeros jogos. A ausência de uma liderança forte e empática empurrou a equipa para a deriva, fazendo-nos desesperar tal era banalidade do futebol praticado.
Jorge Jesus com a sua bazófia e Veríssimo com a sua apatia tiveram o mérito de permitir que adversário perdesse o respeito pelo Benfica. A certa altura, perder, empatar, jogar pouco ou quase nada tornou-se um hábito.
O Glorioso 1904 fez recentemente uma análise comparativa aos números de Jesus e Schmidt no campeonato e nas competições europeias (ver aqui) e os números falam por si, o alemão arrasa Jesus em todos os critérios.
Contrariando a ideia de Luís Filipe Vieira, em que um treinador português serviria muito melhor o Benfica e compreenderia muito melhor o futebol português, este K.O. de Schmidt a Jorge Jesus prova que para se treinar em Portugal não é preciso ser português.
Schmidt foi uma agradável surpresa e uma lufada de ar fresco. Sem vedetismos, frustrações nem ódios de estimação, chegou com uma visão muito clara do que pretendia. Mudar a ideia de jogo. Em poucos meses introduziu uma nova dinâmica, com um futebol de ataque e de intensidade, contagiante, que enche estádios e que devolveu aos Benfiquistas aquele o orgulho muito seu.
Que bom que está a ser até agora. Como diria Roger Schmidt, “I sink” que estamos no caminho certo, mas é preciso manter o foco e não nos podemos deslumbrar.
Eu, na bancada ou sentado no meu sofá, não faria melhor. Gut gemacht, Mr. Schimdt!*
*Muito bem, Sr. Schimdt!
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