Na contagem decrescente para mais um ato eleitoral do universo encarnado, conhecido Benfiquista aborda losta de João Diogo Mamteigas

No próximo dia 25 de outubro, ou o mais tardar a 8 de novembro, os sócios do Sport Lisboa e Benfica terão a responsabilidade de decidir quem irá liderar o clube no quadriénio 2025-2029. É um momento decisivo: escolher entre a continuidade de um passado que tem deixado marcas ou a abertura de um novo ciclo de exigência, transparência e ambição.

Desde já, deixo clara a minha posição: sou apoiante e membro da candidatura de João Diogo Manteigas. Faço esta declaração de interesses com a frontalidade que o momento exige. Ainda assim, convido todos os benfiquistas, concordem ou não comigo, a refletirem sobre o que aqui exponho. Acredito que muitos se poderão rever em várias das ideias que defendo.

Um olhar sobre as candidaturas

Entre as seis listas apresentadas, há uma que, no meu entender, não deveria sequer ser admitida a eleições: a de Luís Filipe Vieira. Falo de alguém que terá de responder em tribunal por processos onde o Sport Lisboa e Benfica foi alegadamente lesado; alguém que abriu as portas do nosso estádio a um declarado inimigo do clube; alguém que agrediu um associado em plena Assembleia Geral e que foi sócio dos três maiores clubes nacionais. Tem legitimidade formal para se candidatar? Sim, fruto da inação dos atuais órgãos sociais, mas Benfiquista, verdadeiramente, não é.

Quanto a Rui Costa, soma 17 anos de funções diretivas (de 2008 a 2021 administrador na Benfica SAD), quatro deles como presidente (2021-2025). No currículo, um campeonato em quatro e quatro troféus em dezasseis possíveis. Um dia, Rui Costa olhará para trás e compreenderá que, apesar da sua história como jogador, prestou um mau serviço ao Sport Lisboa e Benfica como dirigente.

Relativamente a Cristóvão Carvalho e Martim Mayer, reconheço neles benfiquismo e vontade de servir. Contudo, custa-me entender como é possível ambicionar liderar o clube e, num ano em que se discutiram os novos estatutos do Sport Lisboa e Benfica, não terem participado ativamente nesse debate, sem propostas nem intervenções. O associativismo exige presença e responsabilidade, muito mais de quem o ambiciona liderar.

Assim, esta eleição devia ser um confronto programático entre João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes. Noronha Lopes é um Benfiquista com mérito e visão, com virtudes e defeitos, como todos. Se não vencer João Diogo Manteigas, que seja ele o 35.º presidente do Sport Lisboa e Benfica.

Mas explico de seguida porque acredito que João Diogo Manteigas é o homem certo para este momento do clube.

As razões do meu voto em João Diogo Manteigas

1.º Combativo

Precisamos de um Sport Lisboa e Benfica renovado, com coragem para romper com o passado. Uma auditoria aos últimos 20 anos é essencial, não para promover uma caça às bruxas, mas para fechar feridas e reconciliar o clube com a sua história.

2.º Visão

O Sport Lisboa e Benfica deve liderar pelo exemplo, não apenas pela grandeza, mas pela capacidade de propor soluções e elevar o desporto português em todas as modalidades. Liderar é inspirar, não impor.

3.º Associativismo

É fundamental trazer os sócios de volta ao centro da vida do clube, dar-lhes voz e responsabilidade. O Sport Lisboa e Benfica sempre foi, e deve continuar a ser, aquilo que os seus associados quiserem que seja.

4.º Exigência

Um clube da dimensão do Sport Lisboa e Benfica não se pode contentar com vitórias esporádicas. Ser o maior implica trabalhar mais e melhor que todos os outros. Como dizia o saudoso e um dos melhores Presidentes da nossa história, Joaquim Ferreira Bogalho, a grandeza do Benfica mede-se também pela vontade dos adversários em nos derrotar.

5.º Ambição

Queremos um Sport Lisboa e Benfica hegemónico em Portugal, mas com ambição europeia. Um clube que sonhe, com os pés assentes no chão, em ser feliz também fora de portas, no futebol e em todas as modalidades.

6.º União

O lema “E Pluribus Unum” deve voltar a ser vivido todos os dias. O Sport Lisboa e Benfica precisa de um Presidente que una, que respeite todas as sensibilidades internas e que saiba transformar a diversidade em força.

Conclusão: o Benfica nas mãos dos seus sócios

O Sport Lisboa e Benfica será sempre o reflexo da vontade dos seus sócios. Temos agora uma oportunidade histórica de romper com um passado que não honrou a nossa Gloriosa História e de escolher pessoas novas, competentes e verdadeiramente Benfiquistas.

No dia das eleições, vota Lista C para a Direção e Conselho Fiscal, e vota Lista A para a Mesa da Assembleia Geral, liderada por João Leite, do movimento Servir o Benfica, alguém que tanto fez pelo associativismo e pelos estatutos do clube nos últimos anos.

Viva o Incomparável, o Sport Lisboa e Benfica!