Nuno Campilho
Biografiado Autor

29 Dez 2022 | 15:07

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Nuno Campilho

Neste regresso ao futuro que se pretende amplamente vitorioso, algumas dúvidas pairam sobre o universo Benfiquista

Estamos a pouco dias do regresso à competição na primeira Liga de futebol profissional, mas a ansiedade tem mais dias do que aqueles que faltam para o jogo em Braga. Largos dias têm cem anos... (não confundir com o livro de Pinto da Costa – cruzes credo – quando muito, com o de Agustina Bessa-Luís. Em bom rigor, é apenas um adágio popular).


Neste mês e meio de penoso interregno (mais concretamente, 47 dias), tivemos dois campeões do Mundo, uma derrota num jogo amigável e um empate (com sabor a derrota) no desafio que nos afastou da disputa dos quartos-de-final da Taça da Liga.

Também tivemos o Natal e agora ansiamos por prendas de Ano Novo, que o mercado de inverno possa trazer no seu sapatinho.


Mas vamos por partes.

Neste regresso ao futuro que se pretende amplamente vitorioso, algumas dúvidas pairam sobre o universo Benfiquista, ao nível da sua equipa principal de futebol profissional, que importa dissipar.


Comecemos pelo Presidente que me parece sereno e convicto do caminho que está a traçar, no registo discreto (e presente) a que nos habituou.

O treinador revela-se aquela pessoa imperturbável e humilde que, mais do que preocupado com uma propalada (pelos habitués da comunicação social) renovação contratual, demonstra é uma sincera intenção de mostrar qualidade para estar no Benfica. Como os ‘mind games’ não parecem enquadrar-se no seu estilo, penso que está tudo dito.

Os jogadores, esses, demonstraram – nas poucas oportunidades que tiveram – a mesma dinâmica e disponibilidade física e tática para interpretar e aplicar no terreno de jogo, as ideias do treinador, por muito que todos lamentemos a eliminação precoce da Taça da Liga e por muito que outros queiram cavalgar uma onda, que não é mais que o mar a enrolar na areia, numa tarde primaveril, de baixa-mar.

Claro que não podemos, nem devemos, ficar indiferentes às ausências de quatro titulares (quase) absolutos, que muito influem nos ritmos de jogo da equipa e que ainda mais contribuem para que a criatividade nunca se esgote e para que os níveis de eficácia possam subir dos atuais 40% (concretização vs. oportunidades flagrantes de golo) para os mais consentâneos quase 50% verificados no final da época passada, ou não estivéssemos a falar de dois novéis campeões do Mundo (Otamendi e Enzo) e dos criativos João Mário e Neres (cuja condição física deste último ainda preocupa).

Não adianta que os nossos adversários gastem latim a proclamar um imaginário inatingível (e desejo, ardentemente, imutável), quando, por exemplo, a explicação (ou uma delas) para o desaire em Moreira de Cónegos, está bem vincada na ineficácia que acabei de comprovar. É isso e alguma incapacidade para desequilibrar e criar mais soluções de rotura que estendam o jogo, através da exploração dos corredores laterais. Vai daí, eu ter falado das prendas de Ano Novo... mas isso sou eu a dizer, que gosto de dizer coisas.

Não tenhamos receio do futuro que soubemos construir no passado e que estamos a saber consolidar e a antecipar no presente.

O nosso temor é reverenciado pelos outros, não vale a pena dar ajudas a quem não o merece, dar vida a quem está moribundo, ou dar tiros nos pés.

Como estamos mais que consagrados nessas artes da autoflagelação e da autocomiseração, leiamos as palavras daquele cujo nome se pode proferir, Enzo Fernández, qual ladainha para cada jogo que, semana após semana, iremos ter de enfrentar neste ansiado regresso ao futuro, “estou focado no Benfica. Vamos ter um jogo importante (...) e jogamos sexta-feira”. Como diria outro grande Benfiquista, ora bem!

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Nuno Campilho
Nuno Campilho

24 Jul 2024 | 16:47

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João Diogo Manteigas

23 Jul 2024 | 10:27

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Tozé Santos e Sá
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APONTAMENTO – Vermelho e Branco: Não dá para vender Rui Costa?

Num clube onde se vende tudo, à primeira oportunidade, o parceiro estratégico não quer mais uns 10% ou quem sabe 680% ou 980%.?

26 Jul 2024 | 08:59

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